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Nenê minimiza jejum de gols no Fluminense e vê injustiça em críticas

Meia ainda disse como se sente em um novo posicionamento na ponta direita e na maratona de jogos desde o início do Campeonato Brasileiro

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Escolhido para a entrevista coletiva desta segunda-feira após marcar os dois gols da vitória do Fluminense contra o Internacional, o meia Nenê apareceu bem humorado e rebateu as críticas que vem recebendo com relação ao rendimento nas partidas. O veterano de 39 anos evitou falar sobre como estão as conversas de renovação, apesar de garantir que ainda se vê com mais dois ou três anos de bom futebol pela frente, mas minimizou o jejum de gols que vinha tendo. Ele marcou 11 vezes no ano, sendo nove antes da paralisação causada pela pandemia.

- Não digo jejum. Para um meia era normal. Vocês acostumam mal, a torcida também. Minha obrigação é dar assistência. Os gols eram um bônus. Não tenho preocupação de fazer gols. O importante é ganhar, se não ganho eu fico bravo. A questão é dar o melhor a cada dia para o Fluminense conquistar as vitórias e ficar onde merece. Não tinha essa ansiedade, eu não estava preocupado. Eu estava tentando ajudar o máximo possível da maneira que estava sendo proposto. Mas pude fazer os gols, conquistar o resultado importante e tirar isso de lado da ansiedade de vocês e da torcida - afirmou.

- Se eu não faço gol, estou rendendo pouco. Não concordo, acho injusto. Temos que pensar no time. Essa volta e o posicionamento que eu estava era a maneira que o Odair encontrou de equilibrar defensivamente, para não tomarmos contra-ataques. Deu certo muitos jogos. Acredito que eu estou muito bem. Acho que é muito cedo para falar se teve troca de momento. São só três jogos do Brasileiro. No geral acho positivo. Não estava fazendo gols, mas fisicamente muito bem. Ajudando da forma como estavam me pedindo. Estou tranquilo. Faz parte se a gente não ganha. Vão associar ao meu nome porque eu estava marcando muito antes da parada - completou Nenê.

Diferentemente do que vinha acontecendo antes da pandemia, Odair Hellmann tem usado Nenê na ponta direita e não no meio, mais próximo ao centroavante. O posicionamento gerou a queda no número de gols e também motivou as críticas que ele vem recebendo por não participar tanto das partidas. O camisa 77 disse o que acha sobre jogar mais aberto e garantiu que as variações no sistema o fazem aparecer mais pela área onde se sente mais confortável de atuar.

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- Não tem problema nenhuma das posições. Mas como o futebol brasileiro é tudo imediatista, tem que ter o resultado, senão está ficando ruim, não está rendendo. Eu estava tranquilo. É o Odair que decide dependendo do adversário. O time já estava mais acostumado, mas é bom ter o poder de variação. Eu já tinha conversado com o Odair sobre isso, ele me perguntou se estava bem. Conversamos sempre, temos liberdade. O que ajustamos é a hora da marcação, já foi muito melhor. Caso precisasse eu poderia trocar na hora do jogo e aconteceu. Tivemos mais liberdade para sair com a bola, ter outro jogador para dar o passe. Ontem o time melhorou e eu também. Não que estava rendendo mais, mas apareci mais. Peguei mais na bola. Eu sou muito fominha, quero participar o tempo todo. Por isso que pode dar a impressão. Eu mesmo às vezes pensava nisso, mas só estava pegando menos na bola. Pensamos no coletivo, o que importa é o Fluminense e não eu - disse o jogador.

MARATONA DE JOGOS

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O que chamou a atenção no confronto do Fluminense contra o Internacional foi a ausência do técnico Odair Hellmann no banco de reservas. O treinador acabou afastado por suspeita de Covid-19. O treinador foi submetido a três testes, sendo que no segundo deles um dos exames deu negativo e o outro deu reagente. No dia 13, Odair realizou novamente um teste, feito pelo Flu, que deu negativo. No entanto, por uma demora no sistema da CBF, o comandante ficou fora do jogo.

- Acabou um jogo em Porto Alegre, depois chega e já tem gente esperando para fazer um teste 23h para saber se você pode jogar o outro. No seguinte a mesma coisa. Hoje chegamos ao CT e já tinha gente novamente. É doido. Temos que priorizar a vida, o ser humano para estarmos aptos a fazer nossa profissão. Estamos sendo obrigados a fazer em prol da segurança de todos. É para o bem maior. Quando sair a vacina espero que se normalize. Isso do Odair foi confuso. Uma coisa deu positivo, contraprova negativa, ficou no pode ou não pode, nos pegou de surpresa. Ainda bem que o Dulac estava preparado. Já sabíamos o que tinha que fazer e acabou dando tudo certo - explicou.

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Sobre a falta de treinamentos com a maratona de partidas desde o começo do Brasileirão, Nenê falou sobre a dificuldade de acertar os problemas, mas exaltou o trabalho da comissão técnica.

- Isso se ajusta nos jogos. No treino podemos ajustar certos posicionamentos, mas temos que recuperar para o próximo jogo. Não dá para trabalhar no dia a dia do treino se tem jogo a cada três dias. Mas é na base da conversa, ver os vídeos. Isso o Odair tem bastante com a gente, nos indica o que precisa melhorar. Cada um recebe os vídeos do seus lances e vê onde pode melhorar. Vai ter que ser na base da conversa e nos jogos - finalizou.

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