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Legado de Jorge Jesus vai além dos títulos; cabe ao Flamengo aproveitá-lo

Os 13 meses de trabalho do Mister no Flamengo resultaram em mudanças significativas no dia a dia do futebol do clube, e podem seguir beneficiando o clube nos próximos anos

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A transformação e a alta performance da equipe, os títulos e os recordes de Jorge Jesus são notórios e colocaram o treinador na história do clube para sempre. Em seus 13 meses de trabalho no Rio de Janeiro, o técnico colocou em prática o "DNA Rubro-Negro", um projeto exaustivamente trabalhado nos bastidores que tem como fim um time ofensivo e vibrante, como deseja a Nação. As taças têm seus valores, mas o legado do Mister supera as quatro linhas, e cabe ao Flamengo aproveitá-lo para seguir hegemônico no Brasil.

Deixando de lado o desempenho do time, o principal mérito de Jorge Jesus foi ter identificado a história do Flamengo como um clube vencedor e, desde o primeiro momento, ter trabalhado e se manifestado sempre com o intuito de resgatar essa cultura. "É ganhar, ganhar e ganhar", disse ao elenco em seu primeiro treino, e foi isso que o time fez, com méritos a todos envolvidos.

A reestruturação financeira pela qual o clube passou desde 2013 permitiu que Jorge Jesus, ao ser contratado em junho de 2019, encontrasse no CT do Ninho do Urubu uma estrutura física do nível dos grandes clubes europeus. O Mister, por sua vez, trouxe a metodologia de treino - a qual o próprio orgulhosamente diz ter desenvolvido por conta própria - e a expertise na parte logística do jogo.

MUDANÇAS NO DIA A DIA

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Foram várias as mudanças no dia a dia do treino. Ao ser questionado, não houve jogador do Flamengo que não citasse a "intensidade" dada por Jorge Jesus às atividades no Ninho do Urubu. O treinador tem como característica participar ativamente das atividades, orientando ou correndo junto aos atletas.

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Com sua comissão técnica - formada por seis portugueses -, o Mister também trouxe outras novidades ao cotidiano do elenco profissional do Flamengo, como as orientações dada antes dos treinos com o auxílio do carrinho tático e o uso de drone durante os trabalhos, cujas imagens seriam analisadas depois.

A pedido de Jorge Jesus, o Flamengo também investiu em melhorias no CT nesta temporada, com a instalação de refletores, a criação de uma área de treinamentos para goleiros e a instalação de grama sintética em um campo.

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A partir da ausência do Mister e dos colegas que o acompanharão de volta a Portugal, cabe ao Flamengo tirar proveito do que foi deixado por Jorge Jesus - sejam bens materiais, sejam ideias incorporadas pelos profissionais do clubes.

MUDANÇA NA LOGÍSTICA DAS VIAGENS

Com as longas distâncias do Brasil e da América do Sul - especialmente se comparadas à Europa -, o Flamengo passou a investir mais na logística de transporte do time em 2019. Na Libertadores, por exemplo, todas viagens foram em voos fretados, nos quais os atletas têm mais conforto e privacidade, o que ajuda na recuperação física dos mesmos. A delegação também passou a contar com mais profissionais da área médica para auxiliar nesta questão.

No segundo semestre de 2019, já sob o comando do técnico Jorge Jesus, o Flamengo também passou a realizar o processo de embarque e desembarque em áreas exclusivas nos aeroportos do Brasil, evitando o contato desordenado com as centenas de pessoas que acabavam se juntando para receber o time.

INTEGRAÇÃO AO MODELO DE JOGO DA BASE

A saída de Jorge Jesus, um mês após a renovação de seu contrato por mais um ano, mostra que o técnico português jamais cogitou um projeto de longo prazo no Flamengo. Contudo, os 13 meses em que esteve à frente do time principal seriam suficientes para os profissionais terem absorvido parte a experiência e conhecimento do Mister a fim de repetir, mesmo que parcialmente, o estilo de jogo e a metodologia de treino nas divisões de base do clube, adaptadas às necessidades das categorias e respeitando a fase de formação dos jogadores.

A maior interação de Jorge Jesus neste período foi com o técnico Maurício Souza, do time Sub-20 e responsável por comandar o Flamengo no início do Carioca, com um time alternativo, enquanto o elenco principal retornava de férias e realizava a pré-temporada no Ninho do Urubu sob direção do Mister.

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