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'Jamais vão diminuir a nossa cor', desabafa Gerson em rede social

Meia do Flamengo postou mensagem em novo tom de desabafo, por conta do lastimável episódio envolvendo Índio Ramírez, meia colombiano do Bahia

Futebol|

Gerson publicou uma mensagem comovente após episódio de racismo
Gerson publicou uma mensagem comovente após episódio de racismo Gerson publicou uma mensagem comovente após episódio de racismo

O jogo deste domingo entre Flamengo e Bahia, no Maracanã, foi vencido pelo Rubro-Negro por 4 a 3, mas o embate pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro extrapolou a esfera esportiva. Houve um triste episódio de racismo apontado por Gerson, que relatou uma injúria racial proferida por Índio Ramírez, meia colombiano do Tricolor, durante o segundo tempo.

Através de suas redes sociais, Gerson publicou uma mensagem comovente a respeito da luta contra o preconceito que trava desde a infância - como é realidade para todos os negros em uma sociedade racista.

E Gerson também foi cirúrgico ao cobrar a necessidade do "antirracismo", além de realçar o seguinte:

- É nojento conviver com o racismo e ainda mais com os que minimizam esse crime - diz parte da mensagem.

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Confira a postagem na íntegra:

"Amo minha raça e luto pela cor."

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- O "cala boca, negro" é justamente o que não vai mais acontecer. Seguiremos lutando por igualdade e respeito no futebol - o que faltou hoje do lado contrário. Desde os meus 8 anos, quando iniciei minha trajetória no futebol, ouço, às vezes só por olhares, o “cala a boca, negro”. E eles não conseguiram. Não será agora.

"Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista". Não adianta ter o discurso, fazer campanha, e não colocar em prática em todos os aspectos da vida, inclusive dentro de campo. O futebol não é algo fora da sociedade e um ambiente onde barbaridades como o “cala a boca, negro” podem ser aceitas.

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É uma pena nós, negros, termos que falar sobre isso semanalmente e nenhuma atitude no esporte ser tomada a respeito. E é mais triste ainda ver a conivência de outras pessoas que estão dentro de campo e que minimizaram e diminuíram o peso do ato de hoje no Maracanã. É nojento conviver com o racismo e ainda mais com os que minimizam esse crime.

Não vou "calar a minha boca". A minha luta, a luta dos negros, não vai parar. E repito: é chato sempre termos que falar sobre racismo e nada ser feito pelas autoridades.

Racismo é crime. E deve ser tratado desta maneira em todos os ambientes, inclusive no futebol.

Não me calaram na vida, não me calaram em campo e jamais vão diminuir a nossa cor - escreveu o meio-campista do Flamengo.

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