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Incêndio do Ninho: Defensoria pede volta de pensões às famílias

Tribunal de Justiça reduziu pagamento mensal de R$10 mil para cerca de R$5 mil, mas Defensoria Pública não aceita

Futebol|

Garotos do Ninho foram homenageados com mural próximo ao Maracanã
Garotos do Ninho foram homenageados com mural próximo ao Maracanã Garotos do Ninho foram homenageados com mural próximo ao Maracanã

A Coordenação Cível da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) acionou a Justiça, na noite da última segunda-feira (18), e pediu "o deferimento de efeito suspensivo e restabelecimento das pensões de R$10 mil pagas aos familiares" das 10 vítimas do incêndio que atingiu o Ninho do Urubu, CT do Flamengo, em 8 de fevereiro de 2019. Em dezembro, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou o recurso do clube para reduzir o pagamento da pensão mensal de R$10 mil para cerca de R$5 mil.

A DPRJ argumenta que, ao extinguirem parte da ação por ilegitimidade do MP, os julgadores não se atentaram para o fato de que a Defensoria era autora dos pedidos, motivo pelo qual o processo deve prosseguir. Além disso, a instituição sustenta que não houve fundamentação adequada por parte do TJRJ.

Subcoordenadora cível da DPRJ, Beatriz Cunha lamentou a situação das famílias das vítimas com o trágico acontecimento próximo de completar dois anos.

- Às vésperas de se completarem dois anos dessa tragédia, é fundamental que a justiça suspenda a decisão do Tribunal que revogou a pensão destinada aos familiares dos jovens falecidos. É lamentável que, transcorrido tanto tempo, essas pessoas ainda tenham que lutar para obter uma reparação mínima pelo terrível dano que sofreram - afirmou Beatriz Cunha.

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O incêndio no Ninho do Urubu matou10 atletas das divisões de base do Flamengo. No fim de 2020, o clube anunciou acordo de indenizações com "8 famílias e meia", as de Arthur Vinícius, Pablo Henrique, Samuel, Athila Paixão, Bernardo Piseta, Gedson Santos, Jorge Eduardo, Vitor Isaías e com o pai de Rykelmo.

A família de Christian Esmério ainda não entrou em acordo com a diretoria, enquanto a mãe de Rykelmo acionou o clube na Justiça.

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Na última semana, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou à Justiça 11 pessoas pelo crime de incêndio culposo qualificado. Entre os apontados como responsáveis está o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello.

Confira, na íntegra, a nota publicada pela da Defensoria Pública nesta segunda:

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"A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), por meio de sua Coordenação Cível, acionou a justiça para solicitar a suspensão de decisão que determinou o fim do pagamento de pensão às famílias dos garotos vitimados no incêndio do Ninho do Urubu.

O novo pedido da DPRJ solicita o deferimento de efeito suspensivo e restabelecimento das pensões de R$10 mil pagas aos familiares. A instituição argumenta que, ao extinguirem parte da ação por ilegitimidade do Ministério Público, os julgadores não se atentaram para o fato de que a Defensoria Pública era autora dos pedidos, motivo pelo qual o processo deve prosseguir. Além disso, a instituição sustenta que não houve fundamentação adequada por parte do TJRJ.

O incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento das categorias de base do Clube de Regatas do Flamengo, ocorreu no dia 8 de fevereiro de 2019. Na ocasião, 10 jovens morreram e três ficaram feridos. Desde dezembro do mesmo ano, após ações em parceria da Defensoria e Ministério Público do Estado, são pagas as pensões de R$10 mil de forma obrigatória e provisória para garantir a recomposição financeira das famílias. A Defensoria entende que o valor deve ser mantido, diante dos altos salários pagos pelo clube."

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