Goulart revela infância palmeirense e se acha um bom reforço no Brasil

Camisa 11 foi apresentado à imprensa na sede da patrocinadora do time e destacou seus números e caminho desde a China para jogar no clube

06/02/2019 - 13h00 (Atualizado em 21/02/2024 - 12h48)

No final da manhã desta quarta-feira, finalmente, Ricardo Goulart foi apresentado à imprensa no Palmeiras. O evento ocorreu em uma unidade da Faculdade das Américas, patrocinadora do clube, e coube a Leila Pereira, conselheira e proprietária da empresa, entregar a camisa 11 ao jogador. Mas o meia-atacante, que se coloca entre os principais reforços da temporada no Brasil, avisou que já usa verde desde quando era criança.

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- Eu vestia (essa camisa na infância). Minha família inteira é palmeirense. Hoje, vestindo a camisa, com certeza (o clube) ganhou mais um torcedor. Fico muito feliz. Sou de São José dos Campos, minha proximidade com o futebol de São Paulo era grande. Peguei o caminho totalmente inverso, fui para a China e voltei para vestir essa camisa. Olhar para trás e ver todo esforço que fiz para estar vestindo essa camisa me deixa muito, mas muito feliz - declarou Goulart, emprestado pelo Guangzhou Evergrande até o fim do ano, mas que chegou a dizer na entrevista que seu "ciclo na China acabou".

Com esse espírito, Ricardo Goulart chega com a maioria dos torcedores lembrando do seu desempenho no Cruzeiro bicampeão brasileiro, em 2013 e 2014, quando foi chefiado e criou amizade com Alexandre Mattos, hoje diretor de futebol do Palmeiras. E o meia-atacante é sincero ao dizer que é, sim, uma das principais contratações feitas por clubes brasileiros em 2019.

- Não me coloco como grande reforço do futebol brasileiro. Tenho que respeitar outros profissionais envolvidos. Hernanes tem sua carreira brilhante, Gabigol... Mas me coloco em um patamar muito importante do futebol. Desde 2013, meus números sempre foram altos. Depois de ganhar dois Brasileiros conseguir se manter em quatro anos na China é uma dificuldade imensa, mas me consegui me manter lá em cima. Por onde eu passei, meus números foram ótimos, espero que nessa temporada eu consiga manter - falou, sonhando em retornar à seleção brasileira.

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- Com certeza. Eu me coloco em uma posição considerável pelos meus números. Não vou falar que meus números são péssimos. Meu futebol, nesses quatro anos de China, diziam por aí que sumiu, estava apagado, mas sempre tinha alguém olhando. E a Seleção hoje está mais próxima, estou vestindo uma camisa muito vitoriosa. Vou fazer de tudo para retomar meu futebol em alto nível. Parei em outubro, vou me adaptar ao futebol brasileiro novamente e fazer meu melhor. Quando tiver a oportunidade de vestir a camisa da Seleção vou ficar muito feliz.

Palmeirense de infância e com discurso de acordo com a repercussão que sua contratação teve entre os torcedores, Goulart aproveitou sua primeira entrevista coletiva como jogador do Verdão para agradecer a todos os envolvidos na sua contratação e, também, na sua recuperação. O meia-atacante passou por artroscopia no joelho direito no fim de outubro e teve todo o tratamento feito sob supervisão do Palmeiras, muito com a ajuda de Luiz Felipe Scolari, que o comandou na China.

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- O Felipão é um cara fenomenal. Quem o conhece sabe o tamanho do coração que ele tem. É um cara vitorioso no futebol. Tive uma conversa franca com ele. Ele disse assim: 'Se você conseguir a liberação dos chineses, vou falar com o Alexandre e a diretoria para te trazer para cá, está afim?' Falei que estava. Não é fácil negociar com os chineses, mas, graças a Deus, deu certo e espero retribuir da melhor maneira: fazendo gols, conquistando títulos e fortalecendo a nossa amizade - declarou, citando também Alexandre Mattos.

- Consegui construir uma amizade muito forte com o Alexandre Mattos, é um cara que respeito muito. Desde quando estava no Goiás, foi um cara que sempre apostou no meu futebol e acreditou em mim. Eu já tinha em mente, depois de três anos e meio na China, voltar para o futebol brasileiro. Em 2017, já teve uma leve conversa, e também de outros clubes, mas, com a nossa amizade e nosso conhecimento, isso acabou ajudando. Quero agradecer a todos envolvidos, ao Avanti, aos palmeirenses, ao presidente e a Leila. Estou feliz em estar vestindo essa camisa tão vitoriosa.

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Relembre craques brasileiros que fracassaram no futebol europeu

Paulo Henrique Ganso não conseguiu mostrar o seu talento com a camisa do Sevilla, foi emprestado ao Amiens, da França, e agora tentará retomar a boa fase no Brasil — com a camisa do Fluminense. O atacante Gabigol também precisou voltar ao futebol nacional para afastar a má fase que viveu depois da badalada contratação pela Inter de Milão. No caso dele, deu certo, pois o jogador voltou, foi artilheiro do Brasileirão de 2018 pelo Santos e está em alta no Flamengo. Entretanto, grandes craques da história do futebol brasileiro também não tiveram boas experiências na Europa. Relembre algumas histórias:

Ídolo no Grêmio e com passagens pela seleção brasileira, o ponta-direita Renato Gaúcho foi negociado com a Roma, da Itália, em 1988. A contratação prometia ser um sucesso, mas se transformou em um dos grandes fiascos da história do clube romanista. Renato acabou ridicularizado pelos torcedores italianos e retornou ao Brasil

Renato mantém. Foi melhor do que Cristiano Ronaldo

O atacante Edmundo era o "Animal", apelido carinhoso pelo talento e a personalidade forte que cativou a torcida do Palmeiras. Em 1998, o craque foi contratado pela Fiorentina. Depois de algumas polêmicas, Edmundo deixou o time italiano para ser campeão novamente

Sócrates chegou à Fiorentina em 1984. Tinha no currículo os títulos e a história construída no Corinthians, além da campanha pelo Brasil na Copa do Mundo da Espanha, dois anos antes, quando a seleção foi considerada a "campeã moral" do torneio ( vencido pela Itália). No entanto, as dificuldades de adaptação no exterior e a vida desregrada do craque foram fatores que prejudicaram a passagem de Sócrates pelo futebol italiano

Depois do estourar no Corinthians ao marcar o gol do título paulista de 1988, Viola chegou à seleção brasileira, foi tetracampeão mundial (1994) e, um ano depois da Copa dos Estados Unidos, desembarcou no Valencia. No entanto, o atacante se envolveu em algumas polêmicas e saiu do clube espanhol sem deixar saudades

O camisa 7 que se tornou ídolo do Corinthians também teve uma passagem curta e apagada pelo Valencia, em 1997. O craque voltou para o Timão no mesmo ano — em uma ação de marketing promovida pela FPF (Federação Paulista de Futeobl) — e retomou a boa fase na carreira

O craque que marcou época no chamado time dos "Menudos" do São Paulo, entre 1985 e 1987, se envolveu em diversas polêmicas quando vestiu a camisa do Perugia, da Itália

Paulo Henrique Ganso era apontado como um dos grandes craques do futebol brasileiro no início da década de 2010. A parceria com Neymar rendeu muitos títulos ao Santos, convocações pela seleção e, claro, visibilidade. No entanto, o craque deixou o Santos em um episódio que desgastou a imagem dele com a torcida santista para jogar no São Paulo. Do time tricolor, Ganso saiu para o Sevilla, mas o desempenho não agradou. Acabou emprestado ao modestíssimo Amiens, da França. Durante todo esse período, teve o nome ventilado em possíveis negociações que o trariam de volta ao Brasil. Finalmente, o meia terá a oportunidade de resgatar a boa fase no Fluminense

Ganso deixa Sevilla e assina com Fluminense por cinco temporadas

Robinho

A segunda acusação contra o atacante surgiu em 2013, quando o brasileiro atuava pelo Milan. A suposta vítima tinha 22 anos e, segundo as investigações, o crime teria contado com a participação de Robinho e mais cinco pessoas. Em 2017, o craque foi condenado a nove anos de prisão pelo caso, mas aguarda em liberdade a conclusão do processo. Ele garante não ter cometido violência sexual

Campeão olímpico com o Brasil no Rio-2016, Gabigol deixou o Santos para jogar pela Inter de Milão. O atacante chegou com muita moral, mas não correspondeu em campo, além de irritar os torcedores e dirigentes com uma postura considerada arrogante. Gabriel Barbosa também tinha tudo para ser um dos grandes nomes do time de Tite na Copa da Rússia, em 2018, mas perdeu espaço. Foi emprestado pela Inter ao Benfica, mas também decepcionou. De volta ao Santos, o atacante se tornou artilheiro do Brasileirão do ano passado. Após dias de expectativa sobre uma possível volta à Itália, Gabigol terminou como uma das estrelas do supertime montado pelo Flamengo para a temporada 2019

Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2008 pelo Coritiba, o atacante Keirrison foi contratado pelo Palmeiras para a temporada seguinte e era um das grandes promessas daquela época no país. Pouco tempo depois, o centroavante recebeu uma proposta do Barcelona e optou por deixar o time alviverde. A saída foi um tanto quanto polêmica. Tanto que se tornou um dos fatores decisivos na demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo do Palmeiras. Porém, Keirrison nem vestiu a camisa do Barça. Foi emprestado a times europeus (Benfica e Fiorentina), onde não rendeu o esperado. De volta ao Brasil, o atacante viveu uma tragédia pessoal com a morte do filho, rodou por vários times, teve várias lesões e não retomou o desempenho do início da carreira

Paulo Henrique Ganso não conseguiu mostrar o seu talento com a camisa do Sevilla, foi emprestado ao Amiens, da França, e agora tentará retomar a boa fase no Brasil — com a camisa do Fluminense. O atacante Gabigol também precisou voltar ao futebol nacional para afastar a má fase que viveu depois da badalada contratação pela Inter de Milão. No caso dele, deu certo, pois o jogador voltou, foi artilheiro do Brasileirão de 2018 pelo Santos e está em alta no Flamengo. Entretanto, grandes craques da história do futebol brasileiro também não tiveram boas experiências na Europa. Relembre algumas histórias: