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Futebol e finanças: entenda a importância da classificação na Copa do Brasil para o Santos

Além do benefício esportivo, Peixe conta com o avanço às quartas de final do torneio para ter um "respiro" monetário

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Envolto em um mar de dívidas, a classificação do Santos às quartas de final da Copa do Brasil, decidida nesta quarta-feira (04), às 19h, contra o Ceará, no estádio do Castelão, em Fortaleza, será importante tecnicamente e financeiramente ao Peixe.

Quando assumiu interinamente a presidência do clube, Orlando Rollo abriu as contas santistas com um rombo superior a R$ 300 milhões em dívidas em curto, médio e longo prazo. As mais preocupantes representavam cerca de R$ 50 milhões, fruto de pendências com outros clubes por contratações passadas feitas, não pagas e que poderiam acarretar até mesmo em perda de pontos pela Fifa.

A maior dessas dívidas, referente a um débito de 4,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 30 mi) com o Hamburgo (ALE) pelo não pagamento dos santistas pela contratação do zagueiro Cléber Reis, em 2017, ainda na administração presidida por Modesto Roma Júnior, foi sanada após um acordo com os alemães no dia 09 de outubro. A segunda, com o Huachipato (CHI), no valor de 3,5 milhões de dólares (R$ 20 mi), devido a inadimplência na aquisição do atacante Soteldo, está sendo negociada com os chilenos para "devolução" dos 50% dos direitos econômicos, perdão da dívida, cancelamento de possíveis pendências futuras e acerto de R$ 1,2 milhão em dívidas que o Santos tem com o Soteldo. O Conselho Deliberativo santista já aceitou o acordo, que está sendo discutido entre as partes para que o "martelo seja batido". A última, que gira em torno e R$ 7 milhões, é com o Atlético Nacional (COL), por conta da não quitação pela compra dos direitos do zagueiro Felipe Aguilar, vendido em março ao Athletico-PR por R$ 10 milhões por 50% do passe. As conversas com o clube colombiano ainda não iniciaram pela atual gestão, que aguarda o levantamento de R$ 2 milhões na campanha "Virada Santista", vaquinha entre torcedores santistas, para pagamento do valor original da dívida, acrescido por multas e juros, e iniciar as negociações com o time de Medellín. Até o momento, pouco mais de R$ 1 milhão já foi levantado.

Agora, o Alvinegro chega a um compromisso decisivo, na competição que mais paga em premiações na América Latina, pensando no bônus esportivo que é estar entre os oitos melhores times do torneio, mas também contando com o retorno monetário que a classificação pode gerar.

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Os salários referentes ao mês de outubro estão previstos para serem pagos na próxima segunda-feira (09), mas até o então o Peixe não tem receitas previstas para isso. Em entrevista coletiva concedida no dia 30 de outubro, Orlando Rollo afirmou que caso o Santos avance na Copa do Brasil sairá de Fortaleza, onde acompanhará o clube, direto à sede da CBF, no Rio de Janeiro, solicitando a antecipação da cota ao presidente da entidade, Rogério Caboclo. Ainda assim, mesmo conseguindo essa liberação, a quantia de R$ 3,3 milhões representa aproximadamente a metade da folha salarial santista atual que gira em torno de R$ 7 e 7,5 milhões.

Somada a falta de previsão de caixa, as dívidas a curto prazo, que têm o sanamento tratado como prioridade pela "gestão de transição", o Peixe ainda possui pendências com atletas do elenco, principalmente referentes aos três meses de redução salarial de 70% dos vencimentos não consentidas pelos jogadores durante o período de paralisação do futebol brasileiro por conta da pandemia do novo coronavírus.

O vencedor do confronto entre Santos e Ceará, nesta quarta-feira (04), automaticamente estará classificado às quartas de final da Copa do Brasil. Isso, porque no confronto de ida,

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