Flamengo treina com aval da prefeitura e espera volta do carioca

Com autorização para treinos a partir desta terça, equipe participará de debate com Ferj e outros clubes, para definição da retomada do estadual

02/06/2020 - 07h05 (Atualizado em 05/04/2024 - 06h33)

Antes respaldado por declarações, agora, o Flamengo passa a contar com o aval da prefeitura do Rio de Janeiro para realizar as atividades no Ninho do Urubu, mas sem "imprensa e público, sendo vedados o uso da sauna, piscina e banheira de hidromassagem", de acordo com o plano de ação oficial da reabertura gradual da cidade (veja abaixo).

Tal decisão do município está inserida na "Fase 1" da reabertura. E, para que a "Fase 2" (com jogos com portões fechados) seja catapultada, haverá uma nova reunião, agendada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), para esta terça-feira. O objetivo é a discussão dos últimos detalhes para que o protocolo de segurança ("Jogo Seguro"), em prol da retomada do Campeonato Carioca, seja finalizado.

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O doutor Márcio Tannure, chefe do deparamento médico do Flamengo, encabeçará a reunião em nome dos clubes, em debate a ser realizado por videoconferência e que contará com médicos das outras equipes que apoiam o retorno do Estadual ainda este mês.

Terceira semana no ninho

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Visando ser referência Brasil afora, o Flamengo, agora autorizado oficialmente, já está em sua terceira semana de atividades no CT. Na última segunda, o clube revelou que os testes rápidos semanais constataram resultado negativo para todos os jogadores e membros da comissão técnica.

Também nesta semana está prevista a chegada do PortCov, sistema de desinfecção que será instalado no CT. O aparelho, desenvolvido em Portugal, medirá a temperatura dos colaboradores, desinfetará sapatos, roupas e as mãos de atletas de funcionários.

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Internamente, dá para afirmar que o Flamengo se vê cada vez mais confiante para a iminente confirmação do retorno dos jogos - o que deve agilizar a renovação com Jorge Jesus, em tempo.

Imagens da atividade da última segunda-feira:

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Atletas apoiam movimento contra racismo após morte de George Floyd

Com as recentes manifestações contra o racismo após a morte do norte-americano George Floyd, atleta de diferentes esportes mostram apoio aos movimentos contra o racismo. Mas os brasileiros não ficaram só na violência policial nos Estados Unidos. O menino João Pedro, de 14 anos, morto em São Gonçalo (RJ), também foi lembrado

Uma das primeiras estrelas a se mostrar indignado, LeBron James publicou uma foto em seu Instagram, na qual ele aparece com uma camiseta escrito: "eu não consigo respirar". O protesto relembrava a morte de outro negro pela polícia americana, Eric Garner, em 2014

Colin Kaepernick também se pronunciou sobre as manifestações: "Quando a civilidade leva à morte, se revoltar é a única reação lógica". O ex-quarterback do San Francisco 49ers também disse: "Os gritos de paz vão chover, e quando o fizerem, eles vão cair em ouvidos surdos, porque sua violência trouxe essa resistência. Temos o direito de revidar! Descanse George Floyd"

Companheiro de LeBron, Kyle Kuzma também fez questão de mostrar sua manifestação contra o racismo. Em suas redes sociais, o atleta escreveu: "Violência nunca é a resposta de ambos os lados, mas como quer que digamos o suficiente? Ajoelhar? Não é bom o suficiente?"

Outro craque que se posicionou foi o francês Kylian Mbappé. O atacante do Paris Saint Germain compartilhou em seu Instagram um desenho, no qual aparece com outras pessoas e a frase: "Polícia conosco, não contra nós"

Neymar em suas redes sociais postou uma foto de sua tatuagem "Fé", em resposta aos eventos que acontecem nos Estados Unidos, e escreveu: "Vidas Negras Importam"

Melhor do mundo e craque da seleção argentina, Lionel Messi postou uma foto com fundo preto e usando #BLM #blackouttuesday

O também francês, Paul Pogba, postou foto fazendo um gesto que o grupo "Panteras Negras" tornou famoso. Os punhos para o alto, representam a luta contra o racismo. Leia mais

Na última rodada do Campeonato Alemão, Jadon Sancho após fazer o gol, na vitória do Borussia Dortmund, mostrou uma mensagem que pedia por justiça para George Floyd, jovem negro morto por policial na cidade de Minneapolis

Michael Jordan, como dono do Charlotte Hornets, informou que cerca de 500 funcionários estão elegíveis para receber ajuda financeira. A equipe não divulgou o valor que será dado

Outra lenda da NBA, Kareem Abdul-Jabbar disse: "Talvez a principal preocupação da comunidade preta não seja se os protestantes estão a um ou a dois metros de distância uns dos outros, ou se algumas almas desesperadas roubem algumas camisetas, ou mesmo queimem um prédio da polícia, mas se seus filhos, maridos, irmãos e pais serão assassinados por policiais apenas por saírem para caminhar, correr ou dirigir. Ou se ser preto significa ficar entocado em casa pelo resto de suas vidas porque o vírus do racismo que infecta o país é mais mortal do que a covid-19”

Ex-jogador do Flamengo e um dos talentos do Real Madrid, Vinícius Júnior compartilhou em seu Instagram um desenho que dizia que "vidas negras importam"

Atacante do Everton, Richarlison postou uma foto que George Floyd e João Pedro aparecem lado a lado. Os dois fora mortos pela violência policial, George foi morto sufocado por oficial e João Pedro vitima de uma bala perdida

Douglas Costa foi outro brasileiro que comentou sobre a morte do americano. Atacante compartilhou um vídeo com celebridades pedindo por justiça para George Floyd

Philippe Coutinho usou uma foto de mãos negra e branca dadas e duas fotos com a mesma frase (em inglês e português) do sul-africano Nelson Mandela, que sempre lutou pela igualdade de raça. "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar"

O Internacional compartilhou uma foto com a legenda: "No país que viveu séculos de escravidão, importam por serem as que menos sonham e mais morrem. Importam por Ágatha, João Pedro e cada nome que virou estatística" e complementou "Por isso, o Clube do Povo precisa se manifestar e lutar contra o racismo. Aqui, desde sempre"

O Flamengo usou suas redes sociais para mandar uma mensagem: "Não podemos nos calar! Ficar em silêncio é estar ao lado do opressor"
"Precisamos ser antirracismo hoje e sempre"

Gabigol fez suas famosas placas, que normalmente tem a frase "Hoje tem gol de Gabigol", e colocou "Black Lives Metter", em português: Vidas Negras Importam

Gabriel Jesus publicou um foto de manifestação com as #vidasnegrasimportam, #vidasfaveladasimportam, #notoracism e #blacklivesmatter

Ao lado do pai, Dani Alves defendeu a igualdade social, mas alertou sobre os protestos violentos:
"Respeito é base de tudo....sem defender bandeiras, apenas defendendo os direitos do seres humanos. Qualquer tipo de racismo deve ser punido, sem exceções e em qualquer parte do mundo. Exijam justiça, mas não proclamem ódio por favor! O mundo precisa de AMOR e de PAZ."

O goleiro do Flamengo, Diego Alves também usou a ilustração do americano Floyd ao lado do menino João Pedro com a legenda: "Hoje, amanhã e sempre! #VidasNegrasImportam"

Bruno Henrique também fez referência ao menino João Pedro, morto em São Gonçalo, e afirmou: "Até quando nós negros seremos discriminados, menosprezados pela cor de nossa pele ou então encarados com desdém e desconfiança da cabeça aos pés? Quando um negro poderá sair da sua casa pela manhã sem nenhuma preocupação, sem temer pela sua vida? Gostaria de poder criar o meu filho num mundo em que de fato a vida dele tenha valor. São inúmeros George Floyd, João Pedro e tantos outros a cada dia, a cada hora, a cada segundo. Chega! #blacklivesmatter"

Diego, o camisa 10 do Fla, colocou a foto de duas mãos se ajudando, uma negra e outra branca, com a legenda: "Não são brancos contra negros, ou negros contra brancos, são todos contra o racismo! #diganaoaoracismo"

O capitão do Flamengo, Everton Ribeiro usou uma foto da ativista do morro do Alemão, Tiê Vasconcelos e fez um longo texto em que pede a igualdade de raças.
"Não é normal que em um país onde a maioria da população é negra, eles sejam minoria em universidades e grandes empresas. Estou disposto a aprender mais sobre isso a cada dia e disposto a usar minha influência para dar voz a pessoas negras que lutam por um país com mais igualdade. Não quero ficar em silêncio e compactuar com um país que mata um negro a cada 23 minutos"

O meia Dudu, do Palmeiras, usou uma foto para se manifestar com a legenda: "#VidasNegrasImportam"

Também do Palmeiras, o zagueiro Luan usou esta ilustração para protestar

Marcelo afirmou que 'Vidas Negras Importam" com o espaço para foto como se estivesse de luto. Esse manifesto usa a #BlackOutTuesday (apagão na terça-feira negra) e foi criado pela indústria da música. Dybala, da Juventus, e as super estrelas David Beckham, Zidane e o campeão olímpico Usain Bolt fizeram a mesma postagem que o lateral-esquerdo brasileiro

O atacante Rodrygo postou uma foto sua com o filtro preto e branco, em apoio ao movimento contra o racismo

Atacante Willian do Chelsea também postou com a #BlackOutTuesday e usou um coração para protestar

Atual campeão da Liga dos campeões, o Liverpool mostrou seu apoio ao movimento contra o racismo no treino desta segunda (1). O elenco se ajoelhou no meio de campo, alguns usavam a camisa vermelha e outros estavam com roupas pretas

O Chelsea também seguiu o Liverpool e fez uma postagem com o elenco ajoelhado no meio campo, neste caso fazendo a letra H de humano. Talvez uma referência para lembrar que somos todos iguais

Outra equipe que demonstrou apoio em suas redes sociais foi o Manchester United, que postou foto dizendo que a equipe luta contra o racismo

O bicampeão mundial de surfe, Gabriel Medina publicou um vídeo em que uma menina negra norte-americana contava que era tratada diferente só por causa da cor da sua pele e pedindo igualdade de raça, com a legenda: #BlackLivesMatter

Com as recentes manifestações contra o racismo após a morte do norte-americano George Floyd, atleta de diferentes esportes mostram apoio aos movimentos contra o racismo. Mas os brasileiros não ficaram só na violência policial nos Estados Unidos. O meni...