Ex-jogador de Fluminense e Inter, Bobô relembra final da Copa do Brasil de 1992 e diz para quem vai torcer
Bobô conquistou um Campeonato Brasileiro com o Bahia no Beira-Rio
Futebol|Do R7
Um dos principais jogadores do Fluminense no início dos anos 1990, Bobô relembrou da decisão da Copa do Brasil entre o Tricolor e Internacional, em 1992. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o ex-jogador comentou sobre o duelo entre as equipes na semifinal da Libertadores e contestou uma decisão da arbitragem naquela final.
Após uma vitória no jogo de ida por 2 a 1 em Laranjeiras, a equipe carioca comandada por Sergio Cosme precisava de apenas um empate no Beira-Rio para conquistar até então um título inédito para o clube. No entanto, o Colorado conseguiu abrir o placar de pênalti nos minutos finais e levou a melhor por conta do critério do gol fora de casa.
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- O que eu posso garantir é que se tivesse o VAR hoje, anularia o pênalti marcado lá. Eu lembro pela importância do jogo, o Fluminense chegou a final da Copa do Brasil com uma campanha muito boa, mas foi muito difícil no Beira-Rio. O Zé Teodoro foi expulso no início do segundo tempo, mas mesmo assim jogávamos por um empate. Se não fosse a arbitragem, nós ganharíamos o título. Fizemos um jogo muito bom, com muita marcação, fugindo um pouco das nossas características daquele Fluminense até por conta da expulsão. Tenho muita memória, pois queria ser muito campeão com o Fluminense. Meu pai era tricolor e queria que ele experimentasse o sabor de ter um filho campeão com a camisa do Fluminense. Era um clube que eu gostava muito, então me apaixonei, mas infelizmente acabou acontecendo esse pênalti que garantiu a conquista do Internacional .a Copa do Brasil.
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Embora uma parte da opinião pública aponte um certo favoritismo no confronto para o Time de Guerreiros, Bobô vê o Internacional com uma leve vantagem justamente por fazer o segundo e decisivo jogo em casa. O Colorado espera receber quase 50 mil pessoas para apoiar o clube em busca de mais um título continental.
- É difícil enfrentar o Inter no Beira-Rio. Tive o privilégio de jogar por esses dois clubes, disputar um titulo nacional, como a Copa do Brasil, que eu considero a mais importante, porque ela é democrática, mas vai ser um jogo muito difícil para o Fluminense e também para o próprio Internacional. Mas eles têm a vantagem de jogar em casa, com a maior parte da torcida. É muito difícil o Fluminense mudar suas características. Se o time encaixar seu jogo, ele pode vencer o Inter no Beira-Rio. Não será simples, é um jogo de decisão, são duas equipes cascudas, mas eu acredito no trabalho desenvolvido pelo Diniz e na força do trabalho técnico do Fluminense.
Admirador de Fernando Diniz, Bobô não escondeu sua torcida e afirmou que o Tricolor das Laranjeiras terá seu apoio para avançar à final em busca de um título inédito na história da entidade. O ex-jogador também acredita em um grande apoio dos torcedores que viajaram do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Sul.
- O fator torcida é importante. Você ter seu torcedor em um jogo difícil, em um estádio diferente, é fundamental. Eu acredito que a torcida do Fluminense vai fazer sua parte. É um jogo de todos, da torcida e sua energia, como dos jogadores com a intensidade. O Fluminense tem a possibilidade de vencer um titulo inédito, o que eu não consegui vestindo a camisa do clube. Mesmo na Bahia, o Fluminense vai ter uma torcida grande e eu serei um desses acompanhando e torcendo pro Fluzão.
CONFIRA OUTRAS RESPOSTAS DE BOBÔ AO LANCE!:
CONFRONTO COM INTER
- Jogar contra um time que tem uma camisa forte, que já conquistou títulos importantes, como o Internacional, em qualquer situação é difícil. Ainda mais quando se trata de uma semifinal de campeonato. Será um jogo muito difícil pro Fluminense. Uma pressão imensa de uma torcida apaixonada. Não será igual, comum. Será como uma final de campeonato, mas com um simbolismo muito grande.
FERNANDO DINIZ
- Essa enxurrada de técnicos estrangeiros prejudica a ascensão de novos treinadores brasileiros. Mas alguns estão muito bem e o Diniz é dessa safra nova. É de uma safra de muita ousadia na forma de jogar, resgatando e valorizando a verdadeira característica do futebol brasileiro. Ele extrai muito isso do seu jogador, por isso eu gosto do trabalho dele. Pouco antes dele assumir o comando da Seleção, eu falei que meu treinador para o resgate da essência do futebol brasileiro, do drible, a ousadia, a forma de jogar, a improvisação, seria o Diniz. Ele resgata um pouco a forma de jogar do passado. O Brasil precisa recuperar isso. Pelo trabalho que ele desenvolve, vou torcer pro Fluminense vencer esse jogo, pois ele merece esse título.