O que tinha tudo para ser uma 'jogada de mestre' do Santos acabou se resumindo em uma grande falha. O clube reverteu punição da obrigatoriadade de ter portões fechados na Vila Belmiro para o jogo contra o Botafogo-SP, na última quarta-feira (26), pela Copa do Brasil — e conseguiu que mulheres, crianças até 12 anos e pessoas com deficiência (PCD's) pudessem ir ao estádio. No entanto, o Peixe registrou seu pior público de todo período em que Andres Rueda é o presidente.
E a culpa não é das torcedoras e dos santistas mirins. Mas, sim, do próprio Alvinegro Praiano. O clube cobrou R$ 40,00 pelo ticket em todos os setores do local, sendo R$ 20,00 a meia entrada e o ingresso para sócios.
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Após baixa adesão, o Santos comunicou alteração no preço dos ingressos na última terça-feira (25), um dia antes do jogo. Resultado: 1.788 pessoas foram à Vila Belmiro, para uma renda de R$ 39.740,00.
Em toda a 'gestão Rueda', entre 2021 e 2023, a Vila recebeu seu pior público há dois anos, durante fase mais grave da pandemia da Covid-19.
Em 10 de outubro de 2021, contra o Grêmio, a casa alvinegra pôde receber 30% de sua capacidade total. 4.644 torcedores compareceram, mais que o dobro da última quarta (26), contra o Botafogo-SP.
Até então, em 2023, a quantidade mais baixa de torcida que a Vila Belmiro teve foi na vitória sobre o São Bento, pelo Paulistão (6.539 pessoas).
TINHA EXEMPLO MELHOR
A partida entre Athletico-PR e Foz do Iguaçu, pelo campeonato estadual, também foi exclusiva para mulheres e crianças. O Furacão estava sob punição do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) — por uma briga com torcedores do Coritiba no ano passado. O time paranaense teria que jogar sem público na Arena da Baixada e reverteu a pena.
O clube mandante cobrou um quilo de alimento pela entrada, e o estádio recebeu mais de 37 mil pessoas. Este foi o maior público total do Athletico no ano e um dos maiores da história da Arena da Baixada.
Arena da Baixada em Athletico x Foz do Iguaçu (Foto: José Tramontin/athletico.com.br)