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Dois torcedores do Boca detidos por gestos racistas pagam fiança e são liberados

Três pessoas ficaram presas no CDP Pinheiros 3 após serem flagradas na partida contra o Corinthians, nesta terça-feira (28)

Futebol|

Torcedores do Boca passaram a noite detidos após casos de racismo
Torcedores do Boca passaram a noite detidos após casos de racismo Torcedores do Boca passaram a noite detidos após casos de racismo

Dois dos três torcedores do Boca Juniors-ARG detidos durante o empate sem gols com o Corinthian, pelo confronto de ida das oitavas de final da Libertadores, pagaram cada um uma fiança estipulada em R$ 20 mil. A dupla aguarda o alvará da sede do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) para ser liberada.

O único que segue detido é um morador de rua argentino que está no Brasil há alguns dias. Ele não tinha o valor de fiança estipulado e foi deslocado para um Centro de Detenção Policial não especificado.

Ele estava no setor onde o primeiro vídeo de racismo filmado pela torcida corintiana se espalhou, mas não apareceu nesse material fazendo os gestos. No entanto, seguranças e os corintianos próximos ao setor em que eles estavam viram as ações e deram o flagrante. A cena foi registrada também no sistema de monitoramento da Neo Química Arena.

Um dos hinchas que pagaram o valor da fiança alega que o gesto feito não visava a imitação de um macaco, mas sim a expressão de um "sobe e desce" com as mãos, em alusão ao rebaixamento corintiano, em 2007, seguida de uma gesticulação de cunho sexual, algo que, segundo eles, é bastante comum, até para zoar o rival River Plate. No entanto, uma das testemunhas afirmou ter ouvido um som semelhante ao de macaco durante a partida em questão.

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Por fim, o segundo torcedor que pagou o valor para ser solto havia sido flagrado fazendo uma suposta saudação nazista. Ele alega que mandava beijos aos torcedores adversários.

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Inicialmente, ele seria liberado horas após o ocorrido, por falta de prova, mas foi detido quando os vídeos do episódio, gravados por torcedores corintianos, chegaram até os policiais. O torcedor seria enquadrado em crime de apologia, que é inafiançável, mas foi autuado por racismo.

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Outros três torcedores foram levados ao posto do Jecrim (Juizado Especial Criminal), espécie de delegacia montada dentro do estádio, mas foram soltos por ausência de provas substanciais. Eles não tiveram registros de imagem obtidos pela polícia.

Um torcedor que foi flagrado em vídeo filmado por corintianos fugiu e não foi encontrado.

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Na fase de grupos da Libertadores, tanto no duelo na Neo Química Arena como no jogo da Bombonera, foram registrados gestos racistas por parte de torcedores da equipe xeneize.

A Conmebol multou o Boca em 30 mil dólares (R$ 144 mil, na cotação atual) por conta de gestos racistas dirigidos pelo torcedor Leonardo Ponzo à torcida do Corinthians, durante a vitória por 2 a 0 dos brasileiros.

No último dia 9 de maio, a Conmebol aumentou a punição para casos de racismo de 30 para 100 mil dólares (R$ 480 mil, na cotação atual). No entanto, como o episódio da fase de grupos ocorreu antes da mudança no Código Disciplinar, o caso foi julgado internamente nos moldes antigos.

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