De Gatito Fernández herói na Libertadores a muita luta: lembre os duelos do Botafogo com equipes do Paraguai
Com camisa 1 cotado como titular, Alvinegro se prepara para novo duelo decisivo contra equipe paraguaia
Futebol|Do R7
O Botafogo deposita nesta quarta-feira (9) suas fichas na luta para se classificar às quartas de final da Copa Sul-Americana. Após terem vencido o Guaraní, do Paraguai, no jogo de ida no Nilton Santos, o Glorioso vai a campo no Defensores del Chaco às 19h (de Brasília) com a vantagem do empate.
A ligação alvinegra com o Paraguai, porém, é extensa. De confrontos em excursões até momento de consagração de Gatito Fernández, não faltam batalhas marcantes na história botafoguense. O camisa 1 deve estar em campo novamente logo mais na meta alvinegra.
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Os primeiros encontros aconteceram em uma viagem do Glorioso ao país. Comandada por Carvalho Leite, a equipe tinha nomes como Dino da Costa, Jayme e Zezinho. O Botafogo estreou amargando uma derrota por 4 a 3 para o Cerro Porteño. Em seguida, se redimiu vencendo por 3 a 1 o Olimpia e o Nacional, pelo placar de 2 a 0. No último jogo, a equipe reencontrou o Olimpia e sofreu uma derrota por 3 a 2.
TENSÃO NA COPA LIBERTADORES
O Botafogo voltou a encarar uma equipe paraguaia na Copa Libertadores de 1973. A equipe mediu forças com o Cerro Porteño na semifinal da competição e lidou com um duro desafio no Defensores del Chaco.
Jairzinho e Zequinha abriram vantagem para os alvinegros. Entretanto, uma confusão tomou conta na reta final e fez a equipe sofrer a virada para 3 a 2, em gols marcados por Osorio, Ortiz Aguino e Jorge Escobar.
- Estávamos ganhando bem o jogo mas aí começou a catimba, a torcida amedrontando os jogadores. Aí o Jairzinho foi expulso e começaram a intimidar a gente. A bola não rolava, davam tapa nos jogadores e deixavam por isso mesmo - recordou o ex-jogador Roberto Miranda, ao Lance!.
O atacante avaliou como foram os confrontos.
- O Cerro era o melhor do Paraguai, tinha um bom time. Mas éramos bem organizados. Tanto que conseguimos vencer o segundo jogo - disse.
No Maracanã, o Botafogo venceu por 2 a 0, com gols de Dirceu e Fischer. A equipe, porém, viu a vaga na final ficar com o Colo-Colo.
Somente em 2009, na Copa Sul-Americana, os destinos dos botafoguenses cruzaram com os dos paraguaios novamente nas quartas de final. A frustração, porém, tomou conta da equipe que tinha Jefferson, Emerson, Thiaguinho, Reinaldo e Victor Simões. No Paraguai, Recalde abriu o placar. Reinaldo ainda igualou, mas Nanni definiu a vitória por 2 a 1. No Nilton Santos, o Glorioso teve um desfecho doloroso. Nuñez havia aberto o marcador para o Cerro e André Lima empatou. No finzinho, Irrazábal e Cáceres decretaram o 3 a 1 para o adversário.
GATITO BRILHA EM NOITE DE LIBERTADORES
Na edição de 2017 veio um momento de euforia botafoguense. À época comandada por Jair Ventura, a equipe fez 1 a 0 no jogo de ida, com gol de Rodrigo Pimpão no Nilton Santos. No Defensores del Chaco, o fantasma de uma eliminação na segunda fase da Copa Libertadores pairou em campo.
Porém, Gatito Fernández saiu do banco de reservas e ratificou o fato de ser ídolo do Glorioso. O goleiro pegou três pênaltis e assegurou a vitória por 3 a 1.
Remanescente daquele grupo e designado pelo técnico Bruno Lage como titular no jogo de ida do confronto com o Guaraní, do Paraguai, pela Copa Sul-Americana, o atual camisa 1 recordou o confronto e falou sobre a possibilidade de encarar uma nova disputa de pênaltis no Defensores del Chaco.
- Bom, primeiro, vamos com todo sonho de fazer um grande trabalho para não chegar nessa situação. Se houver, vou dar o meu melhor, como sempre fiz para a gente passar. Claro que eu já vivenciei uma decisão por pênaltis no Defensores del Chaco. Se tiver, tomara que seja da mesma forma e que a gente lá vença - afirmou, após o jogo de ida da competição.
Em confrontos pela Copa Sul-Americana, a equipe também guarda boas lembranças contra paraguaios. Comandada por Marcos Paquetá, a equipe teve um susto no jogo de ida contra o Nacional, ao ser derrotada por 2 a 1. No jogo de volta, sob o comando de Zé Ricardo, Rodrigo Lindoso e Léo Valencia definiram a classificação com uma vitória por 2 a 0 na edição de 2019.
No ano seguinte, os alvinegros que tinham Gatito, Carli, Cícero, Alex Santana, Erik e Diego Souza superaram com sobras o Sol de América. Além da vitória por 1 a 0 na ida, o Botafogo goleou por 4 a 0 no Nilton Santos, com gols de Cícero, Luiz Fernando, Bochecha e Diego Souza.
Para os comandados de Bruno Lage manterem o bom retrospecto do Botafogo contra paraguaios na Sul-Americana, o goleiro exige atenção redobrada diante de uma disputa tensa.
- A gente tem que ficar atento na parte psicológica, na carga excessiva, no estresse que traz nos jogos. Estamos vindo de uma competição de alto nível e é uma competição muito grande. Acredito que a gente não possa relaxar inconscientemente nesse tipo de jogo, e em coisas que a gente precisa estar mais atento, ficar mais focado porque enfrentamos adversários bastante qualificados. Precisamos estar atentos para não correr tanto risco - e destacou:
- No jogo de lá, eles vão buscar o resultado. Sabemos que eles vão buscar bolas longas. Acreditamos que será isso. Não deve fazer muito do que fizeram no nosso campo - completou.
O Botafogo tenta manter seu sonho vivo na competição continental nesta quarta-feira (9).