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Como sequência de El Clásicos moldou a paixão de um brasileiro pelo Rayo Vallecano

Relação de Eduardo Baptista com o Rayo surgiu em 2011, em meio a grandes embates entre Real e Barça, mas foi após um jogo entre Catalães e Franjirrojos que tudo mudou

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Há dez anos, o mundo se deparou com uma sequência impressionante de duelos entre Real Madrid e FC Barcelona, no chamado ElClásico. Foram nada menos que quatro confrontos em um intervalo de 18 dias, pela LaLiga Santander, final da Copa do Rei e semifinal da Liga dos Campeões. Foi nesse ínterim que Eduardo Baptista, de 23 anos e natural de Bangu no Rio de Janeiro - conhecido como ‘Gol do Rayo’ nas redes sociais -, se apaixonou pelo futebol espanhol e por seu clube atual, o Rayo Vallecano.

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- A vontade e a paixão de acompanhar a LaLiga e o futebol espanhol surgiu em torno de 2011, bem quando aconteceram muitos jogos de ‘ElClásico’, entre Real Madrid e FC Barcelona, pela Copa do Rei, pela Liga dos Campeões. E foi bem aí que começou a aflorar a minha vontade de assistir ao Campeonato Espanhol, e conhecer também outros times, cujas partidas passavam em um canal de TV que eu assistia. E foi muito por conta disso, que eu comecei a assistir os jogos dos chamados ‘pequenos’ de lá. Foi exatamente nesse momento que começou meu amor pelo futebol espanhol - disse em entrevista especial à LaLiga no Brasil.

Pode-se dizer que o futebol europeu, e até o mundial, presenciou um ‘antes e depois’ daquela série épica de confrontos entre Real e Barça, na temporada 2010/2011. Na ocasião, o lado Blanco festejou a conquista da copa nacional, enquanto a equipe Blaugrana triunfou na LaLiga Santander e ainda chegou à finalíssima da Champions - onde foi campeão sobre o Manchester United. Para o contexto ficar completo, ainda houve a chegada de Mourinho ao clube de Madrid, e a inesquecível goleada catalã em pleno Santiago Bernabéu.

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Carioca acompanhava jogos do Barcelona (Foto: Divulgação)

- Na verdade, comecei torcendo para o FC Barcelona. Gostava muito do Messi, peguei o auge da ‘Era Guardiola’. E eu costumava assistir todos os jogos do clube, em todas as competições. Até que teve um dia que isso não aconteceu, não consegui ver o jogo do Barça. Curiosamente, era um embate contra o Rayo Vallecano. Depois, quando cheguei em casa e fui saber as notícias do jogo, me deparei com diversas matérias falando que o Rayo havia quebrado uma escrita de quatro temporadas - por ter vencido o Barcelona na posse de bola, embora tenha perdido por 4-0. E isso me chamou muito a atenção pelo clube, onde passei a ver todos os jogos até o fim da temporada. E aí começou meu amor pelo clube - falou.

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Sediado em Vallecas, um bairro de Madrid, e fundado no dia 29 de maio de 1924, o Rayo Vallecano nunca foi campeão na elite da Espanha - possuindo, em seu currículo, apenas títulos da Terceira divisão, também chamada de Segunda B (2007/2008), e da LaLiga SmartBank, o segundo nível nacional (2017/2018). Ainda assim, tendo disputado apenas 12 temporadas na LaLiga Santander, o modesto clube da capital se tornou famoso por ser o primeiro clube presidido por uma mulher - Teresa Rivero - na Espanha, e por adotar posturas firmes em defesa de causas sociais. Muitos, aliás, consideram o Rayo o ‘verdadeiro clube operário de Madrid’, sendo ‘pequeno no esporte e grande nos valores’.

- Parafraseando o próprio Barcelona, o Rayo é mais que um clube. Ele tem causas sociais muito bacanas. Em 2015/2016, o time Vallecano fez dois uniformes para apoiar a luta contra a homofobia, com a faixa do arco-íris; o clube também apoiou quem luta contra o câncer de mama. Então, além de ser um clube muito querido, está sempre presente lutando em favor dessas causas, e é bastante conhecido por isso. Muitos na internet nem torcem para o Rayo, mas acompanham e gostam do clube por conta disso, de sempre se posicionar. E isso me fez gostar ainda mais deles - continuou o Eduardo.

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- Não existem muitos benefícios de se torcer por um clube ‘pequeno’ europeu aqui no Brasil, e não apenas falando do Rayo Vallecano. É difícil conseguir informação, de clubes que estão fora da grande mídia, como Getafe e Granada por exemplo. Infelizmente, os jogos do Rayo não são transmitidos com tanta frequência na TV [...] o que pode ajudar bastante a ter um maior acompanhamento desses clubes por parte dos torcedores do Brasil, por exemplo, é esse fator transmissão. Nesses dois jogos das semifinais, a audiência foi bacana - acrescentou o carioca.

O Rayo Vallecano ainda está vivo na busca pela última vaga na LaLiga Santander. Depois de terminar em sexto lugar com 67 pontos somados, o clube de Madrid viu RCD Espanyol - como campeão - e RCD Mallorca - como vice - subirem direto à primeira divisão. Para se juntar a eles, terá de derrotar o Girona no duelo de volta do playoff final da LaLiga SmartBank - marcado para a tarde deste domingo (20). Apesar de muito confiante em relação à conquista do acesso, Eduardo sabe que a partida em questão não será nada fácil.

- Contra o Girona será um duelo crucial, que vale a vaga final à LaLiga Santander. E o Girona tem um time melhor que o do Rayo, que não perde há dez jogos - principalmente depois que mudou seu esquema tático, derrubou o Almería que era o melhor time da divisão. Eles vêm muito bem mesmo, e apesar o Rayo ter eliminado o Leganés nas semifinais (que era favorito para o confronto), ainda é um time mais inconstante do que o rival de agora. Será um duelo bem difícil, que será decidido nos detalhes. Mas estou confiante - concluiu.

O time de Vallecas luta pela última vaga na elite da Espanha, encarando o Girona neste domingo (20), na volta do playoff final da LaLiga SmartBank 2020/2021.

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