Chile: Armas do bi continuam sendo esperança para o tricampeonato
Time que entrou em campo contra a Colômbia tinha sete titulares que iniciaram a primeira das finais contra a Argentina, em 2015
Futebol|Do R7
Bravo; Isla, Silva, Medel e Beausejour; Marcelo Díaz, Vidal, Aránguiz e Valdivia; Sánchez e Eduardo Vargas. Essa é a escalação inicial do Chile que venceu a final da Copa América de 2015 sobre a Argentina, nos pênaltis, em casa. Quatro anos depois, sete dos onze jogadores que iniciaram aquela final contra a Alviceleste, em Santiago-CHI, foram titulares novamente na última sexta-feira, no confronto de quartas-de-final contra a Colômbia, em São Paulo - também vencida por La Roja nas penalidades.
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Isla, Medel, Beausejour na defesa, Vidal e Aránguiz no meio, além da eterna dupla Alexis e Sánchez e Eduardo Vagas, formam o grupo de "sete mosqueteiros" inoxidáveis na escalação do chile.
Seleção Chilena: Chile x Argentina - 2015
No meio desta trajetória, houve ainda a Copa América de 2016, que comemorou o centenário do torneio, nos Estados Unidos. Naquela oportunidade, o Chile ampliou a freguesia sobre os hermanos, sagrando-se campeão em cima time de Messi e companhia, mais uma vez nos pênaltis. Em relação ao ano anterior, apenas duas mudanças em relação à escalação que iniciou a final em Santiago: Jara no lugar de Silva, e na vaga de Valdivia, Fuenzalida, que também estava no grupo em 2015, e foi titular contra a seleção colombiana em Itaquera.
Seleção Chilena: Argentina x Chile - 2016
COMANDO SEMPRE MUDOU
Se as mudanças no elenco foram mínimas, a alternância do comando de La Roja foi uma constante. Em 2015, Jorge Sampaoli foi o responsável por levar o Chile à sétima conquista da Copa América. No ano seguinte, Juan Antonio Pizzi era o treinador. Agora, Reinaldo Rueda, ex-Flamengo, busca o tricampeonato em terras brasileiras.
Nesta sexta-feira, o treinador colombiano escalou o time com Arias no gol; Isla, Gary Medel, Maripán e Beausejour formando a defesa; Pulgar, Aránguiz e Arturo Vidal e Fuenzalida no meio, e a conhecida dupla Vargas e Alexis Sánchez no ataque. Entre os jogadores de linha, apenas Maripán e Pulgar são novidades em relação aos campeões de 2016. No gol, Claudio Bravo, aos 36 anos e no banco do Manchester City, deu lugar a Gabriel Arias, do Racing-ARG.
ARMAS SE REPETEM
As principais armas do bicampeonato chileno, porém, continuam valendo para 2019. La Roja ainda depende da força e das infiltrações do meio-campista Arturo Vidal. Foi assim, por exemplo, com o camisa 8 pisando na área, que saiu o segundo dos gols anulados do Chile na última sexta-feira.
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A articulação de Gary Medel e Aránguiz na saída de bola vermelha continua sendo outro ponto alto quatro anos depois. O primeiro, desde 2015, apesar da baixa estatura, é o "pitbull" da defesa andina e inicia as jogadas com muita qualidade a partir da defesa. O jogador ex-Internacional, por sua vez, com qualidade e dinâmica, é o elo de ligação entre os três setores do campo.
Alexis Sánchez e Eduardo Vargas formam o ponto desequilibrante ao longo de toda essa geração chilena. Os atacantes de velocidade compensam a ausência de um centroavante de alto nível na atual geração com muita movimentação e intensidade no campo ofensivo. Por característica, a dupla faz um movimento importante: ao cair pelas pontas, abrem espaço para as chegadas de Vidal e Aránguiz na grande área adversária.
AUMENTO DA ESTATURA É A NOVIDADE
A altura da seleção chilena sempre um problema. Em 2015, Medel e Francisco Silva formavam uma zaga de 1,745 m de média de altura. Em 2016, Jara, com a mesma altura de Silva (1,78m), não mudou muita coisa.
Para esta Copa América 2019, o elenco chileno tem uma média de altura de 1,798 metros, superando os esquadrões campeões 2015 (1,756 metros) e 2016 (1,775 metros). Guillermo Maripán, do Alavés-ESP, novo companheiro de Medel na defesa, por exemplo, tem 1,93m. Erick Pulgar, do Bologna-ITA, que assumiu o papel de primeiro volante, tem 1,87m.
SEGUINDO A CORRENTE
É bem verdade que, apesar do estilo de jogo que começou a ser implantado por Jorge Sampaoli, que ficou à frente da equipe do Chile entre 2012 e 2015, a seleção do oeste sul-americano adaptou-se as tendências do futebol. Se antes o time do treinador argentino, hoje no Santos, prezava pelo controle paciente da posse de bola, o time de Ronaldo Rueda apresenta um jogo mais vertical em relação aos antecessores.
A equipe atual não tem vergonha de manter uma postura conservadora de suas linhas quando necessário, oferecendo campo vazio para Sánchez e Vargas correrem. Assim, apesar do menor protagonismo na construção do jogo, a equipe chilena oferece um contra-ataque perigoso, que pode ser uma arma fatal contra adversários mais poderosos, como Argentina e Brasil, em uma eventual final.
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