Fifa estuda suspender Luis Rubiales do futebol por 15 anos

Chefe da federação espanhola está sendo investigado após beijar Jenni Hermoso em celebração do título da Copa do Mundo

29/08/2023 - 09h59 (Atualizado em 29/03/2024 - 08h48)

O jornal inglês Daily Mail informou, nesta terça-feira (29), que a Fifa está estudando impor a sanção máxima permitida pela entidade ao presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales. O mandatário está sendo acusado de violência sexual após beijar Jennifer Hermoso durante a comemoração do título da Roja na Copa do Mundo Feminina.

Segundo o periódico, caso o plano do órgão mundial seja executado, Rubiales ficaria suspenso de qualquer função executiva no esporte pelos próximos 15 anos, tempo permitido pelo regulamento da Fifa como punição.

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A entidade já puniu Luis Rubiales por 90 dias, mas quer aplicar uma punição mais rigorosa. Ao longo dos anos, a Fifa fez diversas campanhas em favor das mulheres, especialmente na Copa do Mundo Feminina. No caso do dirigente espanhol, a entidade busca passar uma mensagem clara depois do episódio.

No ocorrido, Luis Rubiales deu um beijo na boca da meia Jenni Hermoso, campeã do mundo com a Espanha, durante a entrega das medalhas. As imagens do beijo à força viralizaram nas redes sociais, e foram inúmeros os protestos contra o dirigente. Entidades, membros do governo espanhol, atletas e treinadores se posicionaram e repudiaram o ato de Rubiales.

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Fora o episódio com Hermoso, o presidente da Federação Espanhola de Futebol também foi visto fazendo gestos obscenos com a parte genital, ao lado da rainha da Espanha Letizia Ortiz, depois do gol marcado por Olga Carmona, que deu o título para as espanholas.

Não é só Rubiales: veja outros dirigentes que foram acusados de assédio sexual

O presidente da RFEF (Federação Espanhola de Futebol) foi suspenso pela Fifa após ter beijado à força Jenni Hermoso na cerimônia de premiação da Copa do Mundo e se recusado a se demitir. Depois de uma mobilização da vice-presidente da Espanha, Yolanda Díaz, e de outras autoridades, o Ministério Público espanhol abriu uma investigação preliminar contra o cartola por assédio sexual. No entanto, o espanhol não é o primeiro dirigente acusado. Veja a lista:

Rogério Caboclo, ex-presidente da CBF, foi acusado de assédio sexual e moral. O Conselho de Ética da federação chegou a analisar mais de três denúncias feitas por ex-funcionários. Os advogados do ex-cartola afirmavam a inocência do cliente: "A defesa de Rogério Caboclo responde que ele nunca cometeu nenhum tipo de assédio. E vai provar isso na investigação da Comissão de Ética da CBF"

Acusado de assédio sexual e moral, Noel Le Graet começou a ser investigado por um pedido da ministra dos Esportes da França, Amélia Oudéa-Castéra, no início de 2023. Mulheres que fizeram denúncias contra o francês alegavam "ambiente tóxico" na federação e pediram demissão. Em fevereiro, ele renunciou o cargo

Uma funcionária do apart-hotel onde o ex-coordenador do Santos Paulo Roberto Falcão mora denunciou o ex-jogador por importunação sexual na Delegacia de Defesa da Mulher de Santos, no litoral de São Paulo. No mesmo dia da denúncia, Falcão negou a acusação, mas pediu demissão para ser investigado

Depois de a Zâmbia ter sido eliminada na fase de grupos da Copa do Mundo, o treinador da seleção, Bruce Mwape, passou a ser investigado pela Fifa por assédio sexual. Segundo relato das atletas, o técnico teria tocado os seios de uma jogadora. Em 2018, Mwape foi investigado por ter abusado sexualmente de jogadoras na concentração do time

Ex-treinador do time americano North Carolina Courage, Paul Riley foi demitido por um escândalo de assédio sexual. Duas jogadoras reportaram um comportamento inapropriado por parte do técnico, que retrucou as acusações dizendo que elas eram "completamente não verdadeiras" e que nunca "fez sexo ou cometeu avanços sexuais com as jogadoras"

Ex-técnico da seleção de Malta, o italiano Devis Mangia foi demitido em setembro de 2022 do comando do time por suspeita de abuso sexual. Mais de dois atletas relataram a questão. No comando do Ascoli, time da segunda divisão da Itália, Mangia foi acusado do mesmo crime

Após duas semanas da contratação, o ex-diretor comercial do Chelsea Damian Willoughby foi demitido por assédio sexual. Ele teria enviado mensagens inapropriadas e conteúdos adultos para Catalina Kim, agente financeira de futebol do clube

O presidente da RFEF (Federação Espanhola de Futebol) foi suspenso pela Fifa após ter beijado à força Jenni Hermoso na cerimônia de premiação da Copa do Mundo e se recusado a se demitir. Depois de uma mobilização da vice-presidente da Espanha, Yolanda Díaz, e de outras autoridades, o Ministério Público espanhol abriu uma investigação preliminar contra o cartola por assédio sexual. No entanto, o espanhol não é o primeiro dirigente acusado. Veja a lista: