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Barroca fala em 'ligação afetiva' e explica motivo por retorno: 'Eu acredito no Botafogo'

No retorno ao clube de General Severiano, novo treinador afirma que sentimento foi fundamental para acerto e reitera que elenco precisa ser blindado em momento difícil

Futebol|

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Eduardo Barroca está de volta ao Botafogo. Com passagem de destaque pelas categorias de base e no profissional em 2019, o comandante foi apresentado para a segunda passagem pelo Alvinegro neste sábado, na sala de imprensa do Estádio Nilton Santos.

- Estou muito feliz com a oportunidade de estar aqui mais uma vez. Todos sabem que minha ligação com o Botafogo nunca foi apenas profissional, tem uma ligação afetiva. Aproveito essa fala inicial a fazer um agradecimento ao Paulo Carneiro, presidente do Vitória, que entendeu minha decisão de ter vindo ao Botafogo. Agora, à frente do Botafogo, assumo uma responsabilidade frontalmente para, todo o corpo funcional e a direção do grupo e jogadores, para que a gente possa reverter uma situação adversa no momento e possa atingir o objetivo de permanência e planejar um 2021 mais cristalino - comemorou.

Na 19ª colocação do Campeonato Brasileiro, o Botafogo vive uma situação dramática contra a zona de rebaixamento. Mesmo assim, Eduardo Barroca não pensou duas vezes antes de aceitar o desafio para retornar ao clube de General Severiano.

- Primeiro, é o meu sentimento pelo clube. Minha relação com o Botafogo nunca será profissional. E eu acredito no Botafogo, trabalhei com mais de 80% no grupo. Eu queria estar aqui, me sinto bem dentro do clube, tenho certeza que o sentimento dos jogadores é recíproco. Juntando tudo isso não tem outro caminho a não ser assumir esse compromisso de frente - completou.

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Com uma semana livre para treinamentos, Barroca já realizou a primeira atividade como novo treinador neste sábado. O comandante afirma que, em um momento de turbulência, precisa blindar o clube de tudo que venha de forma negativa de fora.

- Vou pautar esse primeiro momento em alguns critérios bem claros. Vou ter sete dias para treinar a equipe para o primeiro jogo. Estou vindo aqui com três objetivos: blindagem externa. Desde que eu acertei minha vinda para cá eu vejo uma órbita externa muito negativa e eu preciso blindar isso, os jogadores precisam trabalhar sem isso. O segundo ponto é entregar qualidade de trabalho e dedicação plena, seremos pautados em cima de critérios e coerência. O terceiro, e principal, será restabelecer um critério de confiança. Se não trabalhamos com confiança e alegria, a gente não consegue trabalhar na nossa plenitude - analisou.

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O treinador também tocou no ponto de estimular os jogadores. Para ele, é importante que o jogador enxerque eu existem diferentes competições dentro do próprio clube. Barroca afirmou que tentará colocar isso na cabeça de todos os atletas.

- O jogador de futebol tem três competições que precisa superar. A primeira é a dele com ele mesmo, ele precisa superar os números dele dia após dia, isso é responsabilidade única e exclusivamente do jogador. A segunda é a competição interna, são os jogadores da mesma posição, é muito importante que a gente atinja um nível de competitividade alta e que o jogador que esteja em campo veja um atleta no retrovisor. O Babi precisa ter receio do Pedro Raul e o Pedro Raul precisa ter receio do Babi, vou estimular isso em todos eles. A terceira é o dia de jogo, os nossos jogadores se sobreporem aos adversários. Vou ser um elemento que tudo que eu falei antes fique vivo e intenso - bradou.

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Esperança por melhora

- Posso elencar uma série de elementos que me fazem ter critérios. O primeiro é o tamanho da instituição que eu estou, em diversos jogos desse Campeonato Brasileiro, como Flamengo e Corinthians, que levamos gols no final, e Goiás, que jogamos muito bem, estou falando de seis pontos que estão no meio do caminho. Questão de arbitragem, fizemos gols nos últimos três jogos, temos jogadores de nível de Copa do Mundo, jovens jogadores que foram campeões de tudo comigo na base. A minha crença no objetivo alcançado está pautada em cima de confiança.

Flamengo

- É um adversário difícil. Mas meu foco nessa primeira semana de trabalho será em todas as questões internas, nossa questão de confiança, melhora da nossa bola parada ofensiva, a gente tem condição, pela qualidade de batedores que temos, de entregar mais nesse sentido. Meu foco nessa semana vai ser no Botafogo.

Trabalho

- Temos que fazer um campeonato de recuperação. Não podemos pensar em longo prazo, temos que pensar na melhor preparação possível para o jogo contra o Flamengo. Nós da comissão técnica precisamos entregar os melhores treinamentos, dá ao jogador a volta da confiança, sem isso não dá pra pensar em alto nível. A gente tem que pensar em jogo a jogo. O jogo contra o Flamengo começa hoje com o melhor treinamento.

Parte mental

- A confiança está ligada totalmente aos resultados. Tiveram vários jogos que o Botafogo jogou melhor mas não venceu. O jogador de Série A de Campeonato brasileiro precisa acreditar na qualidade individual e da equipe quando veste uma camisa como a do Botafogo. Precisam acreditar na individualidade deles. Por circunstâncias de jogos poderíamos estar em uma situação melhor, não estamos. Agora eu tenho que assumir qualquer responsabilidade externa, virar uma equipe sólida e entregar os resultados que a gente precisa.

Táticas e estilo de jogo

- Vamos ter uma semana para o jogo contra o Flamengo. Dentro desse período vou avaliar uma série de circunstâncias. Só posso dar certezas após os estímulos, as conversas. Mas sei que esse grupo vai reagir a curto prazo, esse grupo tem personalidade, ninguém desaprende a jogar futebol. Ninguém joga Copa do Mundo, vai para a Seleção Brasileira, joga Série A há tanto tempo e desaprende;

Contato com jogadores

- Não posso falar nada sobre forma de jogar sem ter contato com os jogadores. Não vou partir do nada, preciso aproveitar coisas boas que o trabalho que me antecedeu deixou. Preciso ter uma conversa direta para ver. Mesmo distante, venho acompanhando o trabalho do Ricardo no sub-20, tanto no Estadual quanto no Brasileiro, vejo muitos jogadores, Andrew, Wesley, Maxuel, Ênio... Todos os jogadores serão importantes.

Kalou

- Para falar individualmente de qualquer jogador eu preciso de dois cenários. Um deles é como eu acompanhava externamente, que é não tão fidedigno. O segundo é como ele vai reagir a minha cobrança, como ele sente que pode nos ajudar. Qualquer avaliação individual, vendo externamente, não será fiel. A partir do momento que eu tiver com eles, aí sim terei melhores informações sobre a individualidade sobre a qualidade dos jogadores.

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