Atlético-GO passeia pelo Flamengo em noite tenebrosa do campeão
Rubro-Negro carioca conhece a segunda derrota em dois jogos pelo Brasileiro. Dragão aproveitou para enfiar 3 a 0, em sua casa
Futebol|Do R7
Um filme de terror para o lado carioca. Nesta quarta-feira (12), o Flamengo passou longe de responder à altura o tropeço na estreia. E foi vexatório. Mandante, no Estádio Olímpico, o Atlético-GO desfrutou da surpreendente fragilidade dos rivais e venceu por 3 a 0, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
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Hyuri, Jorginho e Gustavo Ferrareis construíram o placar na estreia do Dragão na competição. Já o Fla conheceu a segunda derrota em dois jogos com Domènec Torrent, alvo de muitas críticas pelo futebol (ou falta de) apresentado.
FLAMENGO, É VOCÊ?
No início, Dome optou por uma equipe com um lateral-direito improvisado, o que viria a ser letal: Rodrigo Caio no lugar de Rafinha. Para atacar, posicionou três atacantes, com Gabigol de referência e dois pontas: Vitinho e Bruno Henrique. Deu tudo errado. A estratégia corajosa do Atlético-GO, de abafar a saída de bola dos cariocas, surtiu efeito desde os minutos iniciais.
'BAFO' DO DRAGÃO
O "bafo" do Dragão culminou em um gol num local onde o Fla deixava mais espaços: o lado direito. Ferrareis encontrou Hyuri entre os perdidos defensores, que já viam batendo cabeça e discutindo posicionamento: 1 a 0.
Isso com 15 minutos. A expectativa ficou para a postura de ambos após o placar inaugurado. E o cenário se manteve. O Atlético seguiu explorando os espaços deixados entre as linhas do Fla e, até com certa facilidade, ampliou o marcador. Golaço em petardo de Juninho, do lado esquerdo do ataque. Novamente o lado direito flamenguista sucumbiu. Aliás, não só o direito...
NOVA ESTRATÉGIA
Antes do intervalo, Gabigol desperdiçou uma chance frente ao goleiro Jean. Por ali, o Flamengo já se desenhava com uma esquema similar ao de Jorge Jesus. O Atlético ainda marcou o terceiro, anulado pelo VAR. O fato é que o catalão precisava mudar as peças para não ser massacrado por Vágner Mancini.
No segundo tempo, pôs Pedro e tirou Rodrigo Caio da lateral (Rafinha foi para o jogo na vaga de Gustavo Henrique). O início de segundo tempo do Rubro-Negro carioca foi de criação e impetuosidade, diferente de uma equipe frustrada e apática nos 45 minutos iniciais. Mas nada de o Flamengo, que teve Gabigol acumulando chances desperdiçadas, diminuir o prejuízo. Pelo contrário.
PINTURA DE FERRAREIS
A pressão do Flamengo com o pontapé de reinício teve um curto prazo de validade. É bem verdade que teve mais a bola, mas o fator psicológico foi gradualmente pesando contra. E os mandantes não tinham nada com isso.
Na base do conforto e ainda com um tremendo terreno para desbravar, Ferrareis puxou um contra-ataque e fez uma pintura, depois de um lindo arremate do meio da rua: golaço, sem chance para Diego Alves.
EXPULSÃO E FIM PROTOCOLAR
Por falar em Diego Alves, ele se descontrolou e agrediu Matheus Vargas após ambos se embolarem na área. Cartão vermelho para o camisa 1, diante de um jogo que tinha esfriado. Os movimentos finais foram protocolares e de mais descontrole do Rubro-Negro carioca, em noite tenebrosa.
Em suma, o Atlético-GO passeou sobre um trôpego time comandado por Torrent, que não ficava sem marcar gols em dois jogos seguidos desde 2018.
ATLÉTICO-GO 3X0 FLAMENGO
Estádio: Estádio Olímpico, Goiânia (GO)
Data: 12/8/2020, às 20h30
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (Fifa-SP)
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)
VAR: Jose Claudio Rocha Filho (SP)
Cartões amarelos: Edson (ATG) / Rafinha (FLA)
Cartões vermelho: Diego Alves (FLA)
GOLS: Hyuri, 15'/1ºT (1-0), Jorginho, 31'/1ºT (2-0), Ferrareis, 16'/2ºT (3-0)
ATLÉTICO-GO (Técnico: Vágner Mancini)
Jean; Dudu (Moacir, 31'/2ºT), Éder, Gilvan e Nicolas; Edson, Marlos Freitas e Jorginho (Willian Maranhão, 23'/2ºT); Everton Felipe, Gustavo Ferrareis (Chico, 31'/2ºT) e Hyuri (Matheus Vargas, 35'/2ºT).
FLAMENGO (Técnico: Domènec Torrent)
Diego Alves; Rodrigo Caio, Léo Pereira, Gustavo Henrique (Rafinha, intervalo) e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson e Everton Ribeiro; Bruno Henrique, Vitinho (Pedro, intervalo) e Gabigol (César, 39'/2ºT).
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