Atacante brasileiro relata caos na Ucrânia: 'Está um pânico total'
Lucas Rangel, jogador do Vorskla Poltava, está em casa, mas vive próximo de Kharkiv, onde ocorreu explosão durante invasão russa
Futebol|Do R7
Lucas Rangel, atacante do Vorskla Poltava, está na Ucrânia, e relatou o pânico e o caos vivido no país. Em entrevista, o camisa 73 afirmou que muitas pessoas tentam sair do país e disse estar com as mãos e os pés atados, sem saber o que fazer.
"Estou tentando fazer de tudo (para sair), mas está um pânico total porque não tem voo, não tem como pegar estrada, pois está tudo bloqueado, todo mundo decidiu sair e eu não sei o que fazer, eu estou preso no país."
O atleta explicou também como está a situação em Poltava, cidade que fica a uma hora e 20 minutos de Kharkiv, onde ocorreu uma explosão: "A cidade está um caos, pois todo mundo está tentando abastecer os carros, mas você tem que ficar de três a quatro horas na fila e só tem direito a 20 litros de gasolina. Com isso, você não vai muito longe. Nos bancos, há filas enormes com gente tentando tirar dinheiro para sair do país, mas eles só estão dando 200 dólares e não dá para fazer nada com isso."
Rangel pediu ajuda ao Governo e ao presidente Jair Bolsonaro, assim como os jogadores do Shakhtar Donetsk e Dínamo Kiev, e tentou passar um recado para tranquilizar a família, que está no Brasil.
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"Eu peço a maior ajuda possível, principalmente para nosso Governo, para o nosso presidente, pois não temos o que fazer. Estamos com os braços e as pernas amarradas. Não sou só eu de brasileiro. Peço para a minha família ter calma, pois Deus vai me tirar dessa situação."
ENTENDA O CASO
Desde 2014, a região de Donetsk se declarou independente da Ucrânia e por conta dos conflitos geopolíticos, o Shakhtar teve que deixar a cidade de origem e atuar em Kiev. O mesmo acontece com a região de Luhansk. Na última segunda-feira, Vladimir Putin, presidente da Rússia, reconheceu a independência das duas províncias.
Nesta quinta-feira, a Rússia decidiu invadir militarmente a Ucrânia com o argumento de que está atuando em defesa das reivindicações territoriais. No entanto, há pouco esclarecimento se a nação de Putin busca apenas garantir a soberania de Donetsk e Luhansk ou se planeja se expandir territorialmente.
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