Arboleda e Ferraresi formam primeira dupla de zaga estrangeira do São Paulo depois de 83 anos
Desde 1940, com Juárez e Squarza, o sistema defensivo do Tricolor não era composto por gringos
Futebol|Do R7
No último domingo (15), o São Paulo abriu a temporada com um empate em 0 a 0 contra o Ituano no Morumbi, pelo Campeonato Paulista. O sistema defensivo do Tricolor, nessa partida, contou com o equatoriano Arboleda e o venezuelano Ferraresi. Dois estrangeiros formando a dupla de zaga do time foi um fato não visto desde o final de 1940, quando o argentino Juárez e o uruguaio Squarza eram os titulares das posições.
As informações são de Michael Serra, historiador oficial do São Paulo.
De lá, para cá, o São Paulo teve outros grandes defensores estrangeiros, como Renganeschi, de 1944 a 1948; Darío Pereyra, de 1980 (como zagueiro) a 1988; e Diego Lugano, de 2003 a 2006 e de 2016 a 2017. E passagens curtas, como as de González, no final de 1950 e início de 1951; Ayala, em 2000; e Amelli, em 2002. Nenhum, porém, conseguindo formar dupla com outro zagueiro estrangeiro.
Mesmo Lugano, que por alguns meses esteve no mesmo elenco de Arboleda, em 2017, não chegou a jogar junto do atual camisa 5 são-paulino.
Squarza foi um zagueiro uruguaio formado no Ferro Carril Oeste, de Buenos Aires, na Argentina, mas que fez carreira, por longos anos, no Deportivo Maipú, da cidade homônima, naquele país.
Chegou no Tricolor para concorrer com o veterano Iracino pela posição na defesa. Com o tempo, venceu a disputa e assumiu a titularidade, tendo obtido o vice-campeonato paulista de 1941 como o grande resultado da carreira no clube – então em fase de reconstrução.
Depois do Tricolor, atuou por algumas temporadas pela Portuguesa Santista.
Pelo São Paulo fez 40 jogos, conquistando 20 vitórias, oito empates e 12 derrotas. Não marcou nenhum gol.
O argentino Juárez foi outro experiente zagueiro que chegou ao Tricolor em 1940, a princípio, para render ao consagrado Anníbal, e fazer par com o colega estrangeiro Squarza. Juárez começou a carreira pelo Rosario Central, em 1929, mas só chegou à primeira divisão argentina defendendo as cores do Chacarita Júniors, em 1932. Passou ainda por River Plate, Atlético de Madrid (curta passagem), Tigre e Racing, antes de se transferir para o Tricolor, em 1940.
No São Paulo, foi tão bem que rapidamente tomou a posição para si, o que chamou a atenção do Palestra Itália, clube para onde se transferiu em 1941.
Pelo São Paulo foram 19 jogos, com oito vitórias, três empates e oito derrotas.
Nenhum dos dois conquistou títulos oficiais com a camisa tricolor.
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