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Afastado, Jean explica briga com Mancini e cita rivalidade do Ba-Vi

Goleiro foi cobrado por Mancini e abandonou reunião na última segunda-feira. Ele diz que interino o trata de maneira diferente desde que assumiu

Futebol|Do R7

Jean treinará longe do restante do grupo até segunda ordem
Jean treinará longe do restante do grupo até segunda ordem

O goleiro Jean manifestou-se nesta quarta-feira sobre a briga que teve com Vagner Mancini na última segunda-feira (18). Cobrado pelo técnico interino por ter ido tomar banho assim que o clássico contra o Palmeiras acabou, sem esperar a tradicional roda de oração dos jogadores, ele se irritou e abandonou a reunião com todo o grupo. A diretoria o multou e o afastou por tempo indeterminado.

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Em sua conta no Instagram, Jean publicou texto em que diz que não foi o único atleta a ir para o chuveiro logo que o jogo acabou, mas que foi o único a ser cobrado nominalmente por Mancini. Ele ainda citou a rivalidade do Ba-Vi como uma das razões para, segundo ele, nunca ter sido tratado da melhor forma pelo interino. O goleiro jogava no Bahia e o técnico já treinou o Vitória.

"É bom explicar que desde a sua chegada ao São Paulo, Mancini não me trata da mesma forma que todo o restante do grupo de jogadores, motivado por uma rivalidade nos clubes que trabalhamos anteriormente. Quando ele foi colocado na posição de técnico, mesmo tendo prometido que não assumiria esta posição, eu já sabia que eu começaria a ser renegado e dificilmente poderia entrar em campo, fazer meu papel e ajudar o São Paulo da melhor forma possível", escreveu Jean.

"Infelizmente, quando fui cobrado e apontado com culpado por uma derrota mesmo sem ter entrado em campo, não consegui me conter e aceitar ser execrado dessa forma. Não considerei justo e me retirei. Como eu disse anteriormente, sei que cometi um erro e me desculpo por isso", diz um outro trecho da publicação.


Veja todo o texto do goleiro:

"Diante das coisas que li, vi e que chegaram até mim via imprensa nos últimos dias, gostaria de esclarecer e dizer a verdade sobre alguns pontos referentes ao ocorrido na última segunda-feira. Antes de mais nada, reconheço o meu erro ao ter deixado o campo de treinamento após o ocorrido e me desculpar publicamente com a instituição São Paulo Futebol Clube, meus companheiros de time e, principalmente, os torcedores são-paulinos. Respeito muito este clube e ajo de forma profissional desde o dia em que cheguei aqui.


Na segunda-feira, em conversa com todo o grupo de jogadores, o técnico interino Vagner Mancini se dirigiu a todo o grupo e apontou que eu, mesmo sem ter atuado, era um dos grandes responsáveis pela derrota do São Paulo no clássico contra o Palmeiras, no último fim de semana. Em nenhum momento fui cobrado em quesitos técnicos e táticos, já que nem eu campo eu estava. Segundo ele, o motivo era que eu, ao término do jogo, fui tomar banho. Quando o jogo terminou, eu e cerca de sete ou oito jogadores fomos para os chuveiros (alguns inclusive que haviam participado do jogo), fato absolutamente rotineiro. Neste meio tempo, alguns atletas chamaram a reza final no vestiário. Saí do chuveiro prontamente e fui para o "fechamento", como chamamos. Cheguei, inclusive, antes de outros jogadores para participar da roda e da última conversa. Mas, na segunda, no CT, fui cobrado de forma individual por ter ido tomar banho ao chegar no vestiário, o que não fez nenhum sentido para mim.

É bom explicar que desde a sua chegada ao São Paulo, Mancini não me trata da mesma forma que todo o restante do grupo de jogadores, motivado por uma rivalidade nos clubes que trabalhamos anteriormente. Quando ele foi colocado na posição de técnico, mesmo tendo prometido que não assumiria esta posição, eu já sabia que eu começaria a ser renegado e dificilmente poderia entrar em campo, fazer meu papel e ajudar o São Paulo da melhor forma possível. Ainda assim continuei trabalhando e dando meu melhor nos treinos, como é minha obrigação.


Infelizmente, quando fui cobrado e apontado com culpado por uma derrota mesmo sem ter entrado em campo, não consegui me conter e aceitar ser execrado dessa forma. Não considerei justo e me retirei. Como eu disse anteriormente, sei que cometi um erro e me desculpo por isso. Novamente, respeito a instituição, os torcedores e meus companheiros de equipe. Entendo completamente, também, a briga por posição na equipe titular. Respeito muito o goleiro Tiago Volpi, hoje sendo escalado. Além de um grande goleiro e profissional, Volpi hoje é um amigo no dia a dia de clube. Logo, o que aconteceu em nada teve a ver com o fato de eu estar reivindicando uma vaga na equipe, como também li nos últimos dias.

Para finalizar, estou e estarei sempre à disposição do São Paulo Futebol Clube para cumprir meu dever. Sou feliz neste clube e sempre pretendi brilhar aqui, fazer uma história cumprindo meu contrato, só entendi que era necessário esclarecer uma injustiça que sofri. Desejo sorte aos meus companheiros na partida de hoje em busca da classificação no Campeonato Paulista. Sempre que puder estarei no Morumbi torcendo por eles e pelo São Paulo".

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