Fornecimento e segurança jurídica: os trunfos da Nike para renovar com o Corinthians
Timão bateu o martelo na terça-feira (24)
Lance|Do R7

O Corinthians, enfim, definiu seu fornecedor esportivo para a próxima década. Nesta terça-feira (24), a diretoria alvinegra bateu o martelo e seguirá com a Nike até 2036. O contrato, entretanto, é novo, com uma oferta maior e a promessa de mais qualidade na distribuição de materiais.
A decisão ocorre após o Corinthians ficar perto de um acordo com a Adidas. A empresa alemã negociou diretamente com Augusto Melo por meses, e tinha uma oferta na mesa por um valor fixo de R$ 50 milhões por ano, que poderiam totalizar até R$ 1 bilhão em dez anos.
As negociações se tornaram uma bandeira de Augusto Melo em meio ao processo de impeachment, mas colocaram o Corinthians em risco de enfrentar problemas jurídicos com a Nike, parceira desde 2003, com contrato vigente até 2029 e uma cláusula que impedia tratativas com outros fornecedores.
A principal crítica à Nike nos bastidores era sobre a distribuição de materiais aos lojistas. Desde 2020 a operação no Brasil é feita pela FISIA, o que acabou encarecendo não só os produtos aos torcedores, mas também aos donos de lojas de produtos oficiais, que reclamavam do preço, e da falta de produtos.
No novo contrato, a Nike garante que irá melhorar o acordo para distribuição. Além disso, prometeu atualizações e reajustes anuais. O contrato pode render R$ 1.3 bilhão em uma década, além de um adiantamento de R$ 100 milhões.
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Segurança jurídica
O contrato do Corinthians com a Nike tinha uma cláusula de renovação automática até 2029, que o clube alvinegro chegou a contestar após a parceria da fornecedora norte-americana com a FISIA. Entretanto, o temor por um impasse jurídico facilitou a negociação. A Adidas, por sua vez, nunca garantiu que lidaria com o valor de um eventual litígio.