Fluminense e Al-Hilal se enfrentam em jogo de xadrez sem favoritos
Duelo de estratégias promete jogo equilibrado entre brasileiros e sauditas
Lance|Do R7

ORLANDO (EUA) — O Fluminense enfrenta o Al-Hilal pelas quartas de final do Mundial de Clubes nesta sexta-feira (4), às 16h (de Brasília, 15h local), no estádio Camping World, em Orlando. Depois de ambos derrotarem gigantes europeus, os times se encontram em um confronto em que, na opinião de Renato Gaúcho, não há favoritos.
Nas duas partidas, a estratégia dos treinadores se sobressaiu e deu ritmo ao enredo do jogo. Foi usando essa inteligência e a aplicação tática que as equipes conseguiram desbancar Inter de Milão e Manchester City ao inibir seus pontos fortes e explorar as brechas que deixaram.
O que esperar de Fluminense x Al-Hilal
Primeiro é importante destacar que Simone Inzaghi assumiu o time saudita há poucos dias do Mundial de Clubes, de forma que teve pouco tempo para treinar e conhecer seu elenco. Diferentemente, Renato está no Fluminense desde março e realizou uma "pré-temporada" de dez dias nos Estados Unidos antes da estreia na competição.
Um ponto explorado pelo City foi o espaço deixado entre o zagueiro e o lateral, permitindo infiltração e profundidade. O Fluminense pode utilizar isso ao seu favor, especialmente pelo lado direito, por onde Samuel Xavier e Jhon Arias costumam jogar. A dupla desenvolveu entrosamento nas jogadas pelo corredor, conseguindo abrir espaços para que o outro avance.
O Tricolor, por sua vez, precisa se preocupar com os contra-ataques e transições ofensivas do Al-Hilal. Assim como foi contra a Inter, será importante que as coberturas sejam bem feitas e que os zagueiros não disputem na velocidade com os atacantes adversários, pois podem ser superados. Foi assim que Malcolm marcou o gol da virada — e assim que o Fluminense sofreu um dos gols do Ulsan.
Outra arma saudita é a saída de bola. Ao atrair a marcação para o seu campo, o time abre espaço no meio ao deixar a primeira linha de defesa "ocupada" com seus atacantes (no caso, Marcos Leonardo e Malcolm), que não aproximavam para ajudar na construção. Assim, um grande espaço era gerado pelo setor, possibilitando a progressão do ataque e bolas longas nas costas da defesa.
No entanto, um erro nessa saída pode ser fatal. Contra o Borussia, o Flu fez uma marcação individual eficiente — o que não funcionou tão bem contra o Mamelodi —, dificultando o jogo dos meio-campistas alemães. Tendo volantes agressivos e zagueiros com boas antecipações, o Tricolor pode recuperar a bola em superioridade e com a defesa adversária desarrumada.
O ponto chave, contudo, será o foco. O time que conseguir manter a concentração por mais tempo, terá maior chance de sucesso. Em um jogo que promete equilibrio, a balança vai pender para o lado que cometer menos erros.
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