Filipe Luis: 'Voltar para o Brasil? Somente se for para o Flamengo'

Jogador falou sobre os próximos passos da carreira após o título da Copa América com a seleção brasileira. Lateral conversará com o Atlético de Madrid

07/07/2019 - 22h05 (Atualizado em 20/04/2024 - 12h41)

Após o título da Copa América com o Brasil no domingo (7), no Maracanã, Filipe Luis, durante a zona mista, admitiu que tem proposta do Flamengo. O lateral lembrou que decidirá nos próximos dias o futuro da carreira, ressaltando que conversará primeiro com o Atlético de Madrid, da Espanha, pelo respeito devido ao longo período que defendeu o clube. Mas garantiu: se for voltar para o Brasil, será somente para defender as cores do Rubro-Negro, seu time do coração.

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"Agora acabou a Copa América, vou para Jaraguá do Sul com minha família, e primeira coisa que vou fazer é ligar para o dono do Atlético e decidirmos o futuro, o que o clube e eu estamos precisando. Depois tomarei uma decisão de escolher onde vou. Tenho algumas ofertas, vou pensar. Não tenho um prazo para definir, mas espero que na próxima semana se resolva", disse o jogador.

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"Voltar para o Brasil? Somente se for para o Flamengo. Esse é o peso. Sou flamenguista desde pequeno. O Flamengo está em um momento que pode brigar por tudo, a melhor decisão que tenho que tomar é ficar na Europa ou voltar para o Brasil, disputar a Liga dos Campeões ou esse desafio. É o que vou pensar nos próximos dias", revelou o atleta.

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Filipe Luis ainda falou que fará um balanço para decidir o futuro da carreira.

"Depois deste título da Copa América, o qual trabalhamos muito para conquistar, pensarei nisso. Vou tomar a melhor decisão com a cabeça fria, com o coração. São oito anos no Atlético, tenho um dever de escutar eles. Vou pensar com calma. A partir daí tomar uma decisão. Flamengo é um clube que eu viria se eu viesse para o Brasil. Não decidi ainda. Tenho outras propostas e farei um balanço", finalizou.

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Com a conquista, o Brasil chegou ao nono título na Copa América (1919, 1922, 1949, 1989, 1997, 1999, 2004, 2007 e 2019). O Peru continua com dois títulos (1939 e 1975). A próxima edição da competição será realizada já no próximo ano, com sedes na Argentina e Colômbia.

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A manutenção de Tite: Mesmo antes da grande decisão, o técnico Tite já fazia mistério sobre seu futuro na seleção brasileira. Com as saídas de Edu Gaspar para o Arsenal, e Sylvinho, seu auxiliar, para o Lyon, Adenor não se vê mais na mesma situação de antes. A popularidade em alta após as eliminatórias e pré Copa do Mundo deu lugar a vaias nas arquibancadas e reclamações por boa parte da torcida brasileira. Portanto, o futuro da amarelinha, inevitavelmente, passa pela permanência ou não de Tite. No momento, resta a dúvida se o treinador sai ou fica

Lapidar os novos talentos: Não são poucos os nomes que despontam no futebol brasileiro nessa nova geração. Prova disso é o assédio cada vez mais cedo de gigantes europeus, como Real Madrid, Barcelona, Manchester City, etc. A nova safra mescla jogadores que já vem conquistando espaço, como Vinicius Junior, Arthur, David Neres e Richarlison, mas também atletas que cabe esperar e ver o que o futuro lhes reserva, como Rodrygo. Fato é que, se bem trabalhados em seus clubes, o Brasil chega em 2022 com bons nomes em grandes centros do futebol mundial e talento de sobra

O resgate de jogador em baixa: É fato que Philippe Coutinho não vive um bom momento na carreira. Em baixa em seu clube, ele precisa reencontrar com o melhor futebol e as grandes atuações. Uma saída do Barcelona, por incrível que pareça, pode fazer bem ao meio-campo

Onde escalar Neymar: As boas apresentações de Everton Cebolinha na Copa América, atuando pelo lado esquerdo colocam uma dúvida em relação a posição que Neymar pode ocupar na seleção. As duas temporadas no PSG revelaram uma afinidade do atleta em atuar pela faixa central do campo, mas também representaram um momento de queda na carreira do jogador, que se lesionou em momentos decisivos e se viu cercado de polêmicas. Para 2022, o papel de Neymar é um grande ponto de interrogação, assim como o próprio futuro do atleta

Segurança embaixo das traves: Um grande time começa por um bom goleiro, e não há posição mais bem servida no Brasil do que o gol. Titular e reserva, Alisson e Ederson são dois dos principais nomes que a seleção brasileira tem no momento e terá em 2022. Referências no Liverpool e Manchester City, seus respectivos clubes, os dois vêm de sucessivas temporadas de ótimo retorno técnico e atuações marcantes, tendo acumulado títulos e conquistado cada vez mais o respeito de seus treinadores, companheiros e, principalmente, da torcida

A lateral direita: Ao contrário do lado esquerdo, em que o Brasil tem nomes de sobra para ocupar a posição, a lateral direita apresenta um grande desafio para o próximo ciclo de Copa do Mundo. Apesar de ter feito uma ótima Copa América, tendo sido eleito o melhor do torneio, é difícil que Daniel Alves se apresente no mesmo nível em 2022. Com 36 anos, o multicampeão já da mostras de que seu tempo vestindo a amarelinha pode estar acabando

Não se empolgar: Apesar da grandeza de conquistar uma Copa América, não se pode exagerar. O torneio não representa o nível dos desafios que as grandes seleções europeias apresentam e os resultados em competições locais podem construir uma falsa ilusão de que o que se está fazendo atualmente é o suficiente. As últimas Copas do Mundo mostraram isso para o Brasil. Em 2006, 2010 e 2014, a seleção chegava para os mundiais após vencer a Copa das Confederações. Na Rússia, os comandados de Tite vinham em alta após uma ótima Eliminatórias

*Estagiário do R7, sob supervisão de André Avelar

O Brasil se sagrou no último domingo (7) campeão da Copa América pela nona vez num Maracanã em festa. A equipe comandada por Tite bateu a seleção peruana por 3 a 1. O triunfo premia um bom trabalho, que completa três anos em agosto. No entanto, o futebol apresentado na competição não é plena motivo de felicidade. Após o título, dúvidas e certezas se apresentam ao futuro da seleção brasileira, que hoje é um enorme ponto de interrogação. Veja 7 passos que o Brasil tem que seguir depois de vencer o torneio sul-americano