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Foi sofrido, tenso, polêmico.  Chegou o título que Tite precisava

O Brasil venceu o Peru por 3 a 1 em jogo muito disputado. Com direito a dois pênaltis, expulsão de Gabriel Jesus. A Seleção é campeã da Copa América

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Gabriel Jesus teve sangue frio no segundo gol. Lance fundamental
Gabriel Jesus teve sangue frio no segundo gol. Lance fundamental Gabriel Jesus teve sangue frio no segundo gol. Lance fundamental

Rio de Janeiro, Brasil

Maracanã

Foi mais sofrido, polêmico, tenso.

O Maracanã tremeu.

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Mas o Brasil voltou a ser campeão da Copa América, depois de 12 anos.

Sem Neymar!

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Os torcedores voltarem a soltar o coro de 'é campeão, é campeão', que estava entalado na garganta. 

O Brasil chegou a ficar 27 minutos em campo com um a menos, depois de expulsão infantil de Gabriel Jesus.

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Com muita garra, volúpia, o time conseguiu vencer o Peru por 3 a 1. Gols de Éverton Cebolinha, Gabriel Jesus e Richarlison, de pênalti. Guerrero descontou, também de pênalti para os peruanos.

O lance que decidiu o jogo foi um pênalti polêmico, interpretativo, de Zambrano em Éverton Cebolinha, aos 43 minutos do segundo tempo. O zagueiro deixou a bola e deu uma ombrada no atacante brasileiro.

Os peruanos ficaram revoltados.

O Brasil foi campeão invicto da Copa América.

Tite sabia que o ponto fraco defensivo do Peru é o direito. E por isso tratou de esconder o óbvio. Escalaria Alex Sandro ao lado de Éverton Cebolinha. E Filipe Luís, mesmo recuperado, ficou no banco..

Do lado direito, o treinador sabia que o rendimento era muito bom, supreendente com Daniel Alves e Gabriel Jesus. 

E plano tático de Tite, o Brasil precisaria usar os lados do campo, com a certeza que o Gareca trataria de superpovoar a intermediária.

O 4-3-2-1 contra o Uruguai e Chile deu muito certo. 

O sistema de cobertura peruano foi bastante aprimorado, depois da goleada que o time sofreu para o Brasil, por 5 a 0, no Itaquerão.

Mas a partida começou de forma surpreendente. 

Gareca resolveu apostar no inesperado. Colocou seu time para marcar forte a saída de bola brasileira, ainda no campo de defesa. Arthur e Casemiro não tinham espaço para levantar a cabeça.

A intenção era diminuir a velocidade com que o Brasil faz normalmente a transição da defesa para o seu campo ofensivo.

Phillipe Coutinho também estava encaixotado entre os três volantes peruanos.

Depois do susto com a ousadia, Tite conseguiu equilibrar a situação exigindo que o Brasil não só ficasse trocando passes curtos. Mas apelasse para as bolas longas, pelas laterais.

Gabriel Jesus e Éverton Cebolinha tinham liberdade do treinador brasileiro para partirem com a bola dominada para cima dos laterais Advíncula e Trauco. 

E foi o caminho das pedras.

Daniel Alves lançou Gabriel Jesus, com toda a personalidade, ele passou como quis por Trauco e fez excelente cruzamento forte, por trás da zaga.

Advíncula teve a péssima ideia de fechar o meio e se esqueceu de Éverton Cebolinha. O atacante do Grêmio não teve dificuldade alguma em bater de primeira, sem chance para o aflito goleiro Gallese.

1 a 0, Brasil, aos 14 minutos.

Éverton Cebolinha, a grande revelação do Brasil, marcou o primeiro
Éverton Cebolinha, a grande revelação do Brasil, marcou o primeiro Éverton Cebolinha, a grande revelação do Brasil, marcou o primeiro

O gol conteve o ímpeto peruano. Gareca pediu calma aos seus jogadores e que mantivessem o foco. Nada de tentar se vingar, se escancarar como o time fez no Itaquerão.

A equipe seguiu equilibrada, buscando também bolas longas, principalmente na direção de Guerrero e de Cueva, que fazia ótima partida.

Tite, por sua vez, insistia no toque de bola. A intenção era tentar atrair os peruanos para ter espaço nos contragolpes em velocidade.

Era uma partida de xadrez.

O jogo seguia tenso, mas seguro para o Brasil.

Até que aos 40 minutos, Cueva e Flores fizeram ótima tabela pela direita. O meia tentou devolver a bola, Thiago Silva já havia armado o carrinho para travar o chute. Não esperava que o toque fosse atrás de onde estava. A bola parou no seu braço.

Pênalti. 

Primeiro gol que o Brasil sofreu na Copa América. Pênalti cobrado por Guerrero
Primeiro gol que o Brasil sofreu na Copa América. Pênalti cobrado por Guerrero Primeiro gol que o Brasil sofreu na Copa América. Pênalti cobrado por Guerrero

O árbitro Roberto Vargas, do Chile, ainda foi ver o lance claro no VAR. 

E confirmou a penalidade.

Guerrero cobrou com convicção, no canto esquerdo, deslocando Alisson.

Pela primeira vez na Copa América de 2019, o Brasil sofria um gol.

Seria péssimo pelo lado psicológico para a Seleção ir para o vestiário com o empate.

Foi quando Roberto Firmino roubou a bola na intermediária com um carrinho e tocou para Arthur, que chegou de supresa. Do volante, o toque foi perfeito para Gabriel Jesus, livre entre a zaga peruana.

Frente a frente com Gallese, goleiro que defendeu seu pênalti no Itaquerão.

Com sangue frio e convicção, o atacante do Manchester City tocou no canto direiito, sem chance para o goleiro peruano. 

2 a 1, Brasil, aos 47 minutos do primeiro tempo.

Lance fundamental na partida.

A estatística mostrava que o Brasil teve 62% de posse de bola, contra apenas 38% dos peruanos. Mas faltou efetividade. Foram quatro arremates para cada seleção.

Esse é um defeito crônico.

Faltam arremates, principalmente de fora da área, da Seleção Brasileira.

O segundo tempo começou com o Peru mais adiantado, tentando conter a saída de bola brasileira. Corria atrás do empate.

Tite era conservador.

Deixou o time mais atrás, buscando apenas os contragolpes.

Faltava ousadia.

O Peru buscava a pressão nas triangulações e bolas levantadas para a área.

As divididas estavam mais ríspida.

A expulsão infantil de Gabriel Jesus. Brasil com um a menos por 27 minutos
A expulsão infantil de Gabriel Jesus. Brasil com um a menos por 27 minutos A expulsão infantil de Gabriel Jesus. Brasil com um a menos por 27 minutos

Gabriel Jesus já havia sido advertido por Tite para se acalmar. Mas não adiantou. Em um lance bobo, na intermediária peruana, ele deu uma entrada forte em Zambrano e toma o segundo cartão amarelo, que vira o vermelho. 

Expulsão infantil.

Ele saiu chorando, chutando garrafa d'água, dando soco na cabine do VAR. Empurrando seguranças. Foi para o vestiário revoltado.

A realidade é que deixou o Brasil com um jogador a menos, faltando mais de 20 minutos para a decisão acabar.

Como era de esperar, Gareca mandou seu time avançar.

Tite tratou de tirar o apagado Roberto Firmino. Colocou a velocidade e a força física de Richarlison. Em seguida, tirou Phillipe Coutinho, muito egoísta hoje, e colocou Militão na lateral direita. Daniel Alves passou a ser mais um volante.

O Peru adiantava ainda mais as suas linhas.

O jogo virou pura tensão.

Até que em uma jogada corajosa, Éverton Cebolinha invade a área, adianta a bola. Mas Zambrano resolve dar uma ombrada desnecessária no brasileiro. Lance intepretativo. O pênalti foi marcado por Roberto Vargas.

O pênalti polêmico, desnecessário de Zambrano em Éverton Cebolinha
O pênalti polêmico, desnecessário de Zambrano em Éverton Cebolinha O pênalti polêmico, desnecessário de Zambrano em Éverton Cebolinha

Richarrlison cobrou, marcou.

Eram 44 minutos do segundo tempo.

E a Copa América de 2019 estava acabada.

Conquistada.

Sem Neymar.

O título que Tite tanto precisava chegou...

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