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'Vou a Tóquio brigar por medalha', confia mesatenista Hugo Calderano

Dono de duas medalhas de ouro no Pan de Lima, em 2019, atleta está recuperado de lesão e se prepara para a segunda Olimpíada

Esportes Olímpicos|Do R7

Hugo Calderano é uma das grandes esperanças brasileiras em Tóquio
Hugo Calderano é uma das grandes esperanças brasileiras em Tóquio

Atual número 7 do mundo no tênis de mesa, o brasileiro Hugo Calderano está classificado para os Jogos de Tóquio 2020 e tem uma carreira de fazer inveja para muitos dos seus adversários. Com apenas 17 anos, em 2013, ele foi o mais jovem campeão de uma etapa do Circuito Mundial e o primeiro a vencer etapas dos Mundiais juvenil e adulto no mesmo ano.

Em 2014, ganhou a medalha de bronze na Olimpíada da Juventude, na China. Já em 2016, na Olimpíada do Rio, o carioca que mora na Alemanha chegou às oitavas de final e igualou o melhor resultado do país na história da modalidade. Nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, Hugo garantiu três medalhas, duas de ouro, no individual e nas duplas, e uma de bronze na disputa por equipes.

Depois de uma temporada no Brasil para tratar uma lesão no ombro, ele retornou recentemente à Alemanha, onde já conseguiu voltar ao ritmo de preparação para chegar ao Japão em grande forma.

Em entrevista ao Time Nissan, Hugo falou sobre seus treinos, expectativas e desafios para a sua segunda participação no maior evento poliesportivo do mundo, que tem início neste mês: "Eu voltei há algumas semanas para a Alemanha após um período no Brasil tratando uma lesão no ombro. Nesse retorno, já consegui treinar em um bom ritmo. Até meu embarque para o Japão vou tomar bastante cuidado com lesões e procurar manter um ritmo de treino com bastante intensidade para chegar lá o mais preparado possível", disse o atleta.


Ele acredita que a experiência de 2016 pode o ajudar nesta edição. No Rio de Janeiro, foi eliminado nas oitavas de final e igualou o feito de Hugo Hoyama, que tinha o melhor resultado do país em Olimpíadas até então: "Procuro não ter muitas expectativas. Sigo focado no que tenho que fazer para chegar ao Japão o mais preparado possível. Para mim isso é o mais importante. Não posso controlar o que os outros fazem, mas é claro que o meu objetivo vai ser brigar por uma medalha. Então, quanto mais eu estiver focado nas coisas que eu preciso fazer, melhor. Acredito que em 2016 eu consegui jogar num nível muito acima do que eu tinha na época justamente pela parte mental, que acredito ser uma peça-chave para o sucesso nessas grandes competições. Eu espero conseguir achar essa concentração e motivação no Japão também, mas acredito que elas virão naturalmente."

O brasileiro comentou sobre qual acredita que será o seu maior desafio. "Eu tenho a certeza que mesmo antes de partir para o Japão eu vou ter muitos desafios e vou ter que estar preparado para encará-los. Um deles, a lesão no ombro, eu já superei. Perder um mês de treino faltando um pouco mais de dois meses para o maior evento esportivo não foi fácil, mas mantive a cabeça fria, tive muita confiança no trabalho de preparação feito ao longo dos últimos anos e felizmente consegui contornar esse obstáculo. É difícil prever tudo que vai acontecer, mas o importante é estar pronto para reagir rápido frente aos desafios que com certeza vão aparecer, pois são comuns em grandes eventos esportivos como esse.


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