As mulheres que têm seus nomes marcados no esporte brasileiro
No Dia Internacional da Mulher, lembramos atletas que fizeram história pelo Brasil em diferentes modalidades, nos últimos anos.
Esportes Olímpicos|Do R7
O dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. A data é marcada pelas reivindicações de igualdade de gênero e outros temas da luta feminina, ao redor do mundo.
Em um dia tão importante, o L! listou as mulheres que alcançaram grandes feitos, foram pioneiras e deixaram seus nomes gravados na história do esporte brasileiro. Confira a seguir:
Marta
Aos 33 anos, Marta é a maior artilheira da história da Seleção Brasileira feminina, com 110 gols anotados e a terceira que mais vestiu a amarelinha, com 133 partidas disputadas. Além disso foi eleita seis vezes a melhor do mundo, pela Fifa, superando os craques Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Natural do município de Dois Riachos (AL), Marta tem passagens por Vasco, Santos, Umea IK, Los Angeles Sol, FC Gold Pride, Western New York Flash, Tyreso FF e FC Rosengard. Atualmente defende o Orlando Pride, dos Estados Unidos.
Maria Lenk
A natação brasileira deve muito a Maria Lenk, que foi a primeira sul-americana a participar de uma Olimpíada. O feito aconteceu em 1932, nos Jogos de Los Angeles. Ela é a maior nadadora da história do Brasil e única representante do país no Hall da Fama da natação. Filha de alemães que imigraram para o Brasil, Lenk tem recordes mundiais em diversas faixas etárias da categoria masters, e entrou para o Hall da Fama da Federação Internacional de Natação (Fina) em 1988, quando foi homenageada com o título Top Ten, por ser um dos 10 melhores nadadores masters no mundo. Morreu em 2007, aos 92 anos.
Diane dos Santos
Daiane dos Santos foi a primeira ginasta brasileira conquistar uma medalha de ouro em uma edição do Mundial de Ginástica. Gaúcha, de Porto Alegre, ao contrário de muitas meninas que iniciam cedo na ginástica, em média aos seis anos, Daiane descobriu seu talento tarde, aos 11. Nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999, foi prata no salto e bronze por equipes. Quatro anos depois, no Pan de Santo do Domingo, repetiu o bronze por equipes. No Mundial de 2003, em Ananheim, nos Estados Unidos, a brasileira brilhou na final do solo. Ao som da música “Brasileirinho”, Daiane superou a romena Catalina Ponor para garantir a medalha de ouro. Nesta decisão, executou pela primeira vez o duplo twist carpado, desenvolvido com o auxílio do técnico Oleg Ostapenko, seu treinador até então. Logo depois, o movimento foi batizado pela federação internacional como “Dos Santos”.
Maria Esther Bueno
Maria Esther Andion Bueno era conhecida como a Bailarina do Tênis. Antes de Guga, foi a maior jogadora do país em todos os tempos, brilhando em um esporte em que o Brasil tinha pouca representatividade. Conquistou nada menos que 19 títulos de Grand Slam e alcançou o posto de número 1 do mundo em quatro temporadas (1959, 1960, 1964 e 1966). Ela conquistou o seu 1º título de Grand Slam em Wimbledon, em 1959, aos 19 anos. No total, ganhou 589 títulos ao longo de sua carreira e entou para o hall da fama do esporte em 1978. Maria Esther morreu em junho do ano passado, vítima de um câncer, aos 78 anos de idade.
Hortência, Paula e Janeth
O trio formado por Hortênica Marcari Oliva, Paula Gonçalves da Silva e Janeth dos Santos Arcain deu muitas alegrias ao Brasil, nos anos 90. As três fizeram parta do título do Pan-Americano de Havana, em 1991, com direito a entrega de medalhas e elogios do presidente Fidel Castro, que deu início a uma década vitoriosa do basquete feminino brasileiro. Depois dessa conquista, vieram o título Mundial em 1994, na Austrália, uma medalha de prata em Atlanta 1996 e um bronze em Sidney 2000.
Rafael Silva
Rafaela Silva conquistou o primeiro ouro para o Brasil nos Jogos Rio 2016. Depois de ter sido eliminada em 2012, na Olimpíada de Londres, por aplicar um golpe irregular, recebeu uma enxurrada de insultos racistas e quase desistiu do esporte. Quatro anos mais tarde, veio a volta por cima quando a menina carioca, então com 24 anos enfileirou cinco adversárias e levantou uma contagiante torcida no Parque Olímpico da Barra, para realizar o maior sonho de qualquer atleta no planeta. Na final do peso-leve (até 57kg), a atleta de venceu por wazari a judoca da Mongólia Sumiya Dorjsuren, líder do ranking mundial, naquele ano. Nascida e criada na famosa favela Cidade de Deus, Rafaela teve a vida transformada pelo esporte, quando, aos quinze anos foi colocada pelo pai em um projeto social que ensinava judô, para evitar que o crime organizado a seduzisse.
Sandra Pires e Jaqueline Silva
O vôlei de praia estreava nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996. No feminino, a dupla favorita era formada pelas brasileiras Jaqueline e Sandra. Com 34 anos, Jaqueline já era ídola nos Estados Unidos, onde ajudou a fundar a primeira Associação de Vôlei de Praia Feminino no país, a WPVA. Com o anúncio da estreia oficial do vôlei de praia nos Jogos Olímpicos, Jackie resolveu formar uma dupla brasileira e encontrou a jovem e talentosa atleta Sandra Pires, então com 22 anos. As duas venceram praticamente todos os torneios da modalidade nos Estados Unidos e no Brasil. Nos jogos de Atlanta, o favoritismo era evidente. Jackie e Sandra enfrentaram as americanas Hanley e Harris nas semifinais e venceram por 15-8. Na final elas reencontraram as brasileiras Mônica e Adriana, a quem venceram com dificuldades por 12-11 e 12-6, tornando-se as primeiras mulheres brasileiras a conquistarem uma medalha de ouro. Também foram foram eleitas pela FIVB, a melhor dupla de vôlei de praia da década de 90.
Maurren Maggi
No dia 22 de agosto de 2008, Maurren Maggi cravou o seu nome na história do esporte brasileiro, no Estádio Ninho do Pássaro, em Pequim, na China. A atleta saltou 7,04 metros no primeiro salto e as adversárias não conseguiram mais superá-la. Assim Muarren garantiu o primeiro ouro olímpico de uma brasileira em esportes individuais, diante de cerca de 90 mil pessoas.
Aida dos Santos
Durante 32 anos, Aida dos Santos foi a brasileira com melhor desempenho na história dos Jogos Olímpicos. O quarto lugar no salto em altura, foi realizado nas Olimpíadas de Tóquio, em 1964 só foi superado pelo ouro da dupla Jaqueline e Sandra no vôlei de praia. Aida também foi a primeira mulher brasileira a disputar uma final olímpica.
Bicampães Olímpicas de Vôlei
O vôlei é um dos esportes que mais produziu personalidades femininas no Brasil. Seria injusto citar uma em uma país de Ana Moser, Ana Paula, Leila, Fabi, Paula Pequeno, Márcia Fu, Fernanda Venturini, Fernanda Garay, Virna, Fabi Alvim e tantas outras. Antes do primeiro ouro em Pequim, a seleção feminina de vôlei tinha conquistado duas medalhas de bronze: Atlanta 1996 e Sydney 2000. Na China, as meninas alcançaram pela primeira vez a final olímpica e garantiram o ouro ao vencerem os Estados Unidos por 3 sets a 1. Quatro anos depois, boa parte do grupo fez parte também do bicampeonato, com o ouro em Londres 2012, novamente vencendo os EUA na final.
Amanda Nunes
Amanda Nunes Nunes fez história ao tornar-se a primeira mulher a conquistar cinturões em duas categorias do Ultimate Fighting Championship, o UFC (peso-galo e peso-pena). O primeiro cinturão veio logo em sua sexta luta, no UFC 200, em 2016. A brasileira surpreendeu e bateu a americana Miesha Tate com um mata-leão, no primeiro round, tornando-se a campeã do peso-galo. Em 2018, fez o histórico duelo contra a compatriota Cris Cyborg, que não era derrotada há mais de 13 anos. A Leoa precisou de apenas 51 segundos para nocautear a adversária e conquistar o cinturão do peso-pena feminino, passando a ser a primeira mulher a ser campeã de duas categorias do UFC.
Maria Elizabete Jorge
Natural de Viçosa, interior do estado de Minas Gerais, Maria Elizabete Jorge começou a praticar o levantamento de peso aos 34 anos, depois de largar o handebol. Tem no currículo o bicampeonato mundial masters 1997/98 e o bi sul-americano 1992 e 1996. Nas Olímpiadas de Sydney no ano 2000, aos 43 anos de idade, marcou seu nome na história do esporte nacional ao se tornar a primeira mulher brasileira a disputar os Jogos na modalidade de levantamento de peso. Depois, passou a treinar a Seleção masculina.
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