Após polêmica, ONG pede exclusão de esportes equestres da Olimpíada
Questionamentos surgiram após o caso envolvendo a treinadora alemã Kim Raisner, que foi flagrada dando soco em um cavalo
Esportes Olímpicos|Do R7
Diante de casos de maus-tratos a cavalos em Tóquio 2020, a organização não-governamental "Pessoas pelo tratamento ético de animais" (PETA) enviou o pedido de exclusão de esportes equestres das próximas Olimpíadas. O debate foi incentivado após flagras de abusos da pentatleta Annika Schleu e sua treinadora Kim Raisner contra o cavalo Saint Boy.
Na ocasião, a atleta alemã chicoteou o animal, enquanto a técnica, diante da recusa do cavalo em saltar, o acertou com um golpe. Kim Raisner foi expulsa de Tóquio 2020 por decisão da União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM).
"O mundo ficou chocado quando a competidora alemã, visivelmente irritada, Annika Schleu, foi filmada esporando e chicoteando o cavalo Saint Boy depois de ele se recusar a entrar no percurso. A treinadora de Schelu, Kim Raisner, foi então flagrada agredindo o cavalo. Ela foi corretamente expulsa da Olimpíada, mas multas e suspensão não são o suficiente para proteger os cavalos de treinadores que cometam agressões similares", declarou a PETA em carta ao presidente do COI Thomas Bach.
A organização também citou outros dois casos de Tóquio 2020. O primeiro, envolvendo o sacrifício do cavalo do suíço Robin Godel, Jet Set, após sofrer uma lesão 'irreparável' na perna direita. O outro, relacionado ao irlandês Cian O'Connor, que forçou o cavalo Kilkenny a seguir na etapa apesar de apresentar sangramentos no nariz.
"Os Jogos Olímpicos são notórios por atletas humanos, não pela habilidade de aterrorizar e machucar cavalos que não escolheram competir e ao mesmo tempo fazem todo o trabalho, algumas vezes custando suas vidas", exclamou a presidente do PETA, Ingrid Newkirk.
É possível que o COI reveja a permanência da modalidade em próximas Olimpíadas. Assim como quatro novos esportes foram inseridos em Tóquio 2020, outros podem ser repensados.
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