Entre altos e baixos, qual foi o saldo da fase de grupos do Fluminense no Mundial?
Tricolor garantiu vaga nas oitavas de final ao empatar último jogo
Lance|Do R7

MIAMI (EUA) — Entre erros e acertos, o Fluminense encerrou a fase de grupos do Mundial de Clubes em um jogo duro contra o Mamelodi Sundowns, que terminou 0 a 0. Nesta competição, Renato afastou a fama de boleiro e pouco estudioso, para mostrar um lado estrategista que não era muito conhecido pelo torcedor.
Classificado em segundo, o espera a definição do líder do Grupo E para conhecer seu adversário. River Plate, Inter de Milão e Monterrey jogam nesta quarta-feira (25) para definir a primeira colocação. Enquanto os dois primeiros fazem confronto direto, o Monterrey encara o Urawa Reds para tentar a vaga para as oitavas e, quem sabe, a liderança.
Fluminense 0 x 0 Borussia
Diante do Borussia Dortmund, seus comandados tiveram uma das melhores atuações da temporada, jogando com intensidade, concentração e organização. Em uma grande exibição, que não foi coroada com a vitória por conta de Kobel, goleiro alemão, o Tricolor encantou o mundo na estreia da competição.
A trinca de volantes funcionou, dando proteção na cabeça de área e combatividade no meio de campo, impedindo a construção ofensiva dos adversários. Além disso, a equipe contou com grandes atuações de Samuel Xavier, que anulou Adeyemi pela direita, e a dupla de zaga formada por Thiago Silva e Freytes, responsáveis por marcar Guirrassy, artilheiro da última Champions League.
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Fluminense 4 x 2 Ulsan HD
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Na segunda rodada, a situação foi outra. Apesar de reforçar que o foco seria a chave do jogo, o Flu parece ter subestimado o Ulsan HD, que se aproveitou e virou o jogo ainda no primeiro tempo. Este foi o ponto baixo de um duelo disputado, mas em que o time mostrou poder reação na etapa complementar.
O Tricolor foi para o vestiário perdendo por 2 a 1 e, na volta, Everaldo entrou no lugar de Ganso para pesar a linha defensiva sul-coreana. No entanto, a mexida desestruturou a equipe e o treinador precisou recalcular rota com a bola rolando. Assim, Nonato e Keno entraram para pintar o placar de verde, branco e grená, e decretar a virada.
Mesmo com a vitória, a atuação do Fluminense gerou questionamentos sobre qual time seria visto em campo até a final do Mundial: aquele que igualou forças e dominou um gigante europeu ou aquele que se descuidou diante de um oponente teoricamente inferior e que jogava por uma bola.
Fluminense x Mamelodi Sundowns
No último desafio da fase de grupos, Renato voltou a escalar os três volantes e os laterais do primeiro jogo (Samuel Xavier e Renê), na proposta de ter mais a bola e evitar desgaste. As mudanças foram na defesa, por conta da ausência de Thiago Silva, e no ataque, pois preferiu começar com Germán Cano. Precisando do resultado, os sul-africanos criaram as principais chances da partida e levaram perigo à meta de Fabio, que fez boas defesas para manter o zero no placar.
Sem a bola, o time demorou a encaixar a marcação e errou muitos botes, dando liberdade para os adversários trocarem passes no campo ofensivo. Com a bola no pé, mostrou dificuldade de construção e um certo receio em atacar, tamanha a preocupação em se defender. As substituições promovidas pelo treinador não surtiram efeito.
Keno entrou em um jogo em que o time pouco teve a bola; Lima e Thiago Santos foram à campo pois Nonato e Martinelli, pendurados, não poderiam levar outro amarelo ou ficariam fora das oitavas de final. Lima também entrou, mas pouco trabalhou a bola.
Oitavas de final
Ainda sem saber quem enfrentará, as possibilidades são Monterrey, do México, River Plate, da Argentina, e Inter de Milão, da Itália. A partida será no dia 30, em Charlotte, na Carolina do Norte, e Renato, junto de sua comissão terão alguns dias para armar sua estratégia.
Enquanto o oponente ainda não está definido, o Tricolor pode aproveitar o tempo para definir como pretende jogar no mata-mata do Mundial de Clubes.