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Entenda como funciona o acordo do Palmeiras com a WTorre na divisão de receitas do Allianz Parque

Clube e empresa firmaram uma parceria para exploração do estádio, mas divergências de entendimento estão sendo discutidas na Justiça...

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Lance|Do R7

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Palmeiras e WTorre têm divergido em relação ao contrato da parceria (Foto: Divulgação/Palmeiras)

Na última quinta-feira, veio a público a informação de que o Palmeiras cobra na Justiça quase R$ 130 milhões da WTorre referentes às receitas que a empresa não têm repassado ao clube pela exploração do Allianz Parque. Segundo a notícia trazida primeiramente pelo GE e confirmada pelo LANCE!, o Verdão pensa até em acionar a esfera criminal para ter acesso ao valor. No entanto, não é apenas esse o ponto de divergência, nem a única receita compartilhada nessa parceria.

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Desde novembro de 2014 teve início o período de 30 anos no qual a WTorre terá o direito de explorar a utilização do Allianz Parque, que foi construído no clube social da Sociedade Esportiva Palmeiras, no lugar do Estádio Palestra Itália. Somente depois dessas décadas é que o Verdão poderá administrar todas as receitas geradas pela arena. Enquanto isso, há uma divisão em contrato.

Em relação ao aluguel do estádio para eventos, além das receitas com estacionamento, lojas e lanchonetes, o Palmeiras tem um percentual definido que cresce gradativamente a cada cinco anos. Atualmente, o Alviverde tem direito a 25% da arrecadação do Allianz Parque com esses itens. Veja:


Nos 5 primeiros anos da inauguração - 20% fica com o Palmeiras

Dos 5 até os 10 anos da inauguração (atualmente) - 25% fica com o Palmeiras


Dos 10 até os 15 anos da inauguração - 30% fica com o Palmeiras

Dos 15 até os 20 anos da inauguração - 35% fica com o Palmeiras


Dos 20 até os 25 anos da inauguração - 40% fica com o Palmeiras

Dos 25 até os 30 anos da inauguração - 45% fica com o Palmeiras

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Quando o assunto é naming rights do estádio, cadeiras e camarotes, a divisão é diferente. Nesses casos o Verdão tem percentuais menores a receber diante do que está previsto em acordo. Confira:

Nos 5 primeiros anos da inauguração - 5% fica com o Palmeiras

Dos 5 até os 10 anos da inauguração (atualmente) - 10% fica com o Palmeiras

Dos 10 até os 15 anos da inauguração - 15% fica com o Palmeiras

Dos 15 até os 20 anos da inauguração - 20% fica com o Palmeiras

Dos 20 até os 25 anos da inauguração - 25% fica com o Palmeiras

Dos 25 até os 30 anos da inauguração - 30% fica com o Palmeiras

Allianz Parque - show
Allianz Parque - show

Palmeiras fica com parte das receitas em shows (Foto: Divulgação/Soccer Grass)

São essas receitas acima que o Palmeiras alega não ter recebido da construtora desde 2015, segundo ano do estádio. Segundo o clube argumentou para a Justiça, a WTorre reconhece em seus relatórios que o acordo prevê o pagamento desses valores. Dessa forma, o Verdão já tem ganho de causa em segunda instância e espera a execução judicial da dívida de R$ 127.972.784,97.

Mas não são apenas esses os repasses que estão incluídos na parceria. Quando o Palmeiras precisa jogar fora da arena por conta de shows ou eventos no Allianz Parque, a WTorre teria de pagar 50% do valor bruto da receita do jogo que precisou ser feito em outro estádio. Por exemplo: o duelo com o Cerro Porteño, no Morumbi, rendeu R$ 2.378.284,50 brutos. Assim, a construtora teria de repassar cerca R$ 1,2 milhão ao Alviverde. No entanto, isso também não tem acontecido.

A discussão, porém, não é tão simples. Isso porque há um entendimento diferente de cada uma das partes sobre esse item do contrato. Esse, aliás, é um dos temas que estão na esfera arbitral da Justiça, na qual alguns acordos foram tentados, mas nada ainda foi resolvido. Essa estagnação na arbitragem acaba pausando algumas outras discussões sobre melhorias e mudanças na arena.

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Vale destacar que as receitas dos jogos são 100% do Palmeiras. Esse valor tem ficado com o clube sem maiores problemas. Acontece que as demais ocorrências de falta de pagamento, desentendimentos na Justiça e afins, geram uma insatisfação interna. Não faz muito tempo, segundo apurou o LANCE!, as partes pareciam caminhar para um consenso sobre as divergências no contrato. Isso tudo voltou algumas casas com os acontecimentos mais recentes.

Ainda, de acordo com a apuração da reportagem, nenhuma das partes considera romper as relações totalmente ou tomar medidas mais drásticas quanto a exploração do Allianz Parque. A ideia da ala mais pacificadora é aparar as arestas, nem que seja acionando a Justiça, como tem sido feito. Mas nem os mais otimistas acreditam que a solução será tão breve quanto já pareceu.

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