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Dudu fará o 99º jogo no Allianz e diz se aumentará a marca em 2019

Recordista em todos os quesitos em casa, o atacante teve proposta milionária da China recusada no meio do ano e termina 2018 mais valorizado

Lance

Lance|Do R7

Dudu teve proposta no meio do ano e termina a temporada ainda mais valorizado
Dudu teve proposta no meio do ano e termina a temporada ainda mais valorizado

Antes do primeiro treino do Palmeiras como campeão brasileiro de 2018, Dudu atendeu ao LANCE! ainda desfrutando da conquista e de uma temporada marcante. No domingo, contra o Vitória, o atacante fará o seu 99º jogo no Allianz Parque, ampliando mais uma de suas marcas no estádio. E a expectativa é se ele conseguirá atingir a centésima partida na casa alviverde.

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Em julho, o Guangzhou Evergrande (CHN) lhe ofereceu um salário de mais de R$ 2 milhões por mês, além de R$ 32 milhões em luvas no momento da assinatura do contrato. O Palmeiras recusou a oferta, com a promessa de que ele poderia sair no futuro. E depois de ser o craque da campanha campeã do Verdão, dificilmente não haverá novos interessados - tanto o clube quanto o jogador dizem que até o momento não existe nenhuma oferta oficial.

A situação do camisa 7, recordista de tudo no Allianz Parque (é quem mais atuou, com 98 jogos, venceu, com 70 vitórias, balançou as redes, com 27 gols, e deu assistências, com 24 passes para gols), desperta na torcida a apreensão de sua continuidade no clube. Ainda que evite cravar o que fará no futuro, o ídolo palmeirense continua falando em ampliar marcas e conquistar a Libertadores.

Confira abaixo a entrevista exclusiva com Dudu:


LANCE!: Como foram os três dias de comemoração do título brasileiro, com você sendo considerado o craque da conquista?

Dudu: Foi tranquilo. Curtimos no domingo, fiquei mais em casa com a família. Agora, vamos comemorar com o grupo. Fico feliz. Foi um ano difícil, a gente precisava conquistar um título para o Palmeiras e para a torcida, por tudo que vivemos. Não chegamos às finais de Copa do Brasil e Libertadores por detalhes que faltaram, mas é comemorar o título e tudo que fizemos.


O que tem de diferença entre os times campeões brasileiros em 2016 e 2018?

Não tem muita diferença. Naquele ano, também fizemos uma grande campanha com o Cuca. Agora, com o Felipão, fizemos uma excelente campanha. Foi merecido. O Brasileiro é difícil, ganha o melhor time e o melhor elenco.


Em 2016, você foi colocado como um dos melhores jogadores, junto de Moisés e Gabriel Jesus, por exemplo. Em 2018, é disparado o maior destaque. Qual é a avaliação que você faz do seu desempenho?

Foi excelente, a equipe toda. Sempre prego que, em um time forte e um elenco forte, vai destacar as individualidades. Fico feliz com a minha participação no título. Quando entrei em campo, era dar meu melhor e, graças a Deus, estou conseguindo.

Qual foi o jogo mais marcante na campanha?

Não sei, fizemos vários jogos bons. Um jogo bom foi contra o São Paulo, em que pegamos mais confiança. Jogamos contra 60 mil pessoas, ganhamos lá, onde tinha um tabu que quebramos. Ali, acreditamos mais que poderíamos ser campeões.

O Paulo Turra diz que o tipo de treino deles incentiva as individualidades, sem limites de toques. Você concorda?

Acho que sim. O futebol brasileiro nunca foi de dar dois toques na bola, é drible, do meio para frente ficar à vontade. É o que o Felipão e o Turra passam para a gente, dão liberdade para fazermos o que quiser na frente. Deu muito certo.

Desde o título, você já ouviu muito o "fica, Dudu". Mas, no meio do ano, muita gente achava que seu ciclo já tinha acabado. Como reage ao clamor da torcida?

A torcida é, às vezes, impaciente quando as coisas não acontecem. É coisa de gente apaixonada, mas, graças a Deus, dei a volta por cima, pudemos vencer o título para deixá-los felizes. Quando o Palmeiras entra, é para brigar por título, conseguimos isso neste ano e esperamos, no ano que vem, ser melhor ainda.

Você, provavelmente, será eleito o melhor do campeonato e deve ser novamente assediado. O que te segura aqui?

Cara, não estou pensando nisso. A gente pensava no campeonato, agora quero comemorar, curtir as férias, porque o ano é desgastante, de cobrança. Temos de deixar isso para as pessoas que são responsáveis. Estou feliz no Palmeiras, tenho contrato até 2022, com uma estrutura dos maiores do Brasil. Estou feliz aqui. Espero cumprir meu contrato.

O Guangzhou oferecia financeiramente algo muito bom, mas é de uma liga periférica. Agora, com você novamente em destaque, e até pensando em Seleção, é hora de tentar ir de novo para a Europa?

Tenho de ver o que é melhor para mim, para minha família e para o Palmeiras - se chegar alguma coisa. Não tem nada. Estou feliz aqui, fiz um bom campeonato, pode surgir a chance de Seleção, mas vou seguir como sempre aqui no Palmeiras. Se tiver a chance, vou tentar de tudo para aproveitar.

Em que momento na campanha vocês viram que poderiam ser campeões?

A gente sempre acreditou que dava para ser campeão, que tínhamos um time forte e que poderia chegar lá em cima para brigar. A gente fazia contas com o Felipão e nem imaginava estar na frente faltando cinco rodadas. As contas eram para estar, neste momento, perto dos líderes, que nos cinco jogos finais tínhamos condições, e os adversários teriam confrontos diretos. Graças a Deus, chegamos aos cinco jogos com cinco pontos de vantagem para Flamengo e Inter. A gente fez um bom segundo turno, até mais do que um turno, são 22 jogos sem perder. O campeonato é muito difícil, e ficar tanto tempo sem perder é algo para se comemorar.

Qual foi a sua melhor partida? Contra o América-MG?

Acho que sim, todos falam deste jogo. Se a gente não tivesse dado aquela bobeada contra o Paraná, poderia ser campeão ali. Mas fico feliz de ter ajudado, feito gol, dado assistência no nosso estádio.

Há algum lance marcante?

Ah, tem vários, nem vou lembrar. Contra o América-MG, tem meu gol, o passe para o Bigode, o outro passe para o Bigode contra o Vasco... Aliás, ficamos tristes por ele ter se machucado no lance. É um grande amigo meu, um cara que sempre converso, moramos porta com porta. Espero que ele se recupere rápido para voltar com a gente no ano que vem, como estava neste ano.

Contra o Vitória, você vai chegar a 99 jogos no Allianz Parque. Conseguirá fazer o centésimo no ano que vem?

Fico feliz de ter os recordes do estádio, onde sempre fico à vontade, sinto-me à vontade. Espero fazer, no ano que vem, 100, 150 jogos. Como digo, estou feliz aqui no Palmeiras. Espero continuar só crescendo as marcas no Palmeiras.

Você dizia que queria ganhar uma Libertadores antes de sair daqui. Depois de chegar tão perto neste ano, o que significa a Libertadores para você?

É o campeonato que nos leva para o Mundial, que todos os times da América desejam. Chegamos tão perto e ficamos tristes. Sempre comentamos: por seis, sete minutos de bobeira, fomos desclassificados. Ainda acho que, aqui, viraríamos se a gente não tomasse o gol. É comemorar o título brasileiro, importante, e pensar no ano que vem no que erramos para não repetir.

Com todas as marcas que já tem, qual você acha que é o seu tamanho na história do Palmeiras?

Sempre me perguntam isso. Deixo para os torcedores. Não sou egoísta, não fico falando que sou ídolo, melhor jogador. Sou importante desde 2015 para o Palmeiras, fico feliz pelas conquistas que tive no Palmeiras e espero buscar mais coisas no clube. Sobre ser ídolo, fica para a torcida.

Mas você tem noção da sua importância para a mudança de patamar do clube? Foi decisivo nos três últimos títulos que o clube conquistou...

Fico feliz, agradeço a Deus. Nestes momentos em que o time precisa de mim, Ele sempre me abençoa, coloca a mão na minha cabeça, mostra a direção do gol, para fazer coisas boas ao Palmeiras. E agradeço por dificilmente me machucar, sou um jogador que atua em quase todos os jogos da temporada.

Se falassem em 2015 que, em quatro anos, você conquistaria três títulos nacionais, você acreditaria?

Não, não era o que eu imaginava, não. Mas acreditei no projeto que o Alexandre falou comigo, o presidente na época, que falou que eu poderia ser importante, conquistar títulos e chegar à Seleção. Aconteceu tudo isso. Busquei dar meu melhor pelo Palmeiras e aconteceu isso.

O Alexandre já falou com você para convencer a continuar?

Não falamos nada, porque estávamos de folga. Vamos nos ver agora. Agradeço ao carinho dele. Se todos querem que eu fique, é pelo meu trabalho, que está sendo bem feito. Vamos ver nestes tempos agora.

No ano antes de você vir, em 2014, o Palmeiras era um time contra quem os adversários pensavam em ganhar os dois jogos. Agora, vê isso diferente?

Agora, eles vêm aqui e, se somar um ponto contra a gente, ficam felizes (risos). Ficamos felizes por mudar o olhar das pessoas no Palmeiras. Todo jogador do Brasil e até de fora quer jogar aqui. Ficamos felizes por ajudar a mudar este patamar do Palmeiras para melhor. E a tendência do Palmeiras é continuar crescendo, disputando títulos, pela estrutura que temos aqui, muito forte.

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Artilheiro ou garçom? Dudu mostrou versatilidade no título do Palmeiras

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