Dr. Glaycon Michels explica se atividade sexual antes da competição pode prejudicar rendimento do atleta
Segundo o médico especialista em medicina do esporte, não existe nenhuma norma de proibição sobre a pratica
Lance|Do R7
Atividade sexual na noite que antecede uma prova ou um treino pode prejudicar o desempenho? Esta pergunta é muito comum no meio do esporte, e gera controvérsias principalmente quando relacionado a algumas modalidades esportivas.
Diversos estudos científicos demonstraram que a liberação de endorfinas associada ao sexo é um mecanismo que proporciona até mesmo um período de descanso mais efetivo nas horas subsequentes. Resumindo: depois do sexo, o descanso é mais reparador e a disposição física no dia seguinte é favorecida.
No entanto, para praticantes de boxe e MMA, muitos treinadores proíbem seus atletas da prática, pois os especialistas das modalidades consideram que o atleta acumula uma agressividade que poderia exacerbar o vigor físico quando se abstém do sexo durante um certo período anterior à competição.
Já no mundo fitness, existe a ideia de que o sexo antes da competição esportiva deixa o competidor menos tenso, o que melhora seu desempenho na prova.
Segundo o médico especialista em medicina do esporte Dr. Glaycon Michels, não há nenhuma regra específica no esporte quanto à proibição de práticas sexuais antes de torneios.
“Não existe uma norma de proibição sobre a pratica de sexo antes das atividades – inclusive, nas Olimpíadas de 2016, o próprio Comitê disponibilizou 450 mil preservativos para os atletas “confraternizarem” com segurança. Mas, há quem seja contrário”, afirma o especialista.
Um dos argumentos usado por treinadores é sobre o gasto energético que transar na véspera de uma disputa poderia causar, diminuindo o rendimento do atleta.
“Se a pessoa passar a noite toda fazendo sexo, isso vai refletir no resultado no outro dia porque ela não vai descansar. Mas a relação sexual em si prejudicar o rendimento é um mito. O desempenho vai depender não só da questão biológica, mas de como a pessoa está focada na competição”, pondera o Dr. Glaycon.