Dois tempos distintos: instabilidade se faz presente em derrota do Vasco
Equipe de Alberto Valentim teve uma boa postura na primeira etapa, construiu a expectativa por um resultado positivo, mas não repete desempenho no segundo tempo
Lance|Do R7
O Vasco foi derrotado pelo Palmeiras neste domingo por 2 a 1 na partida que resultou no décimo título brasileiro para o Alviverde, que fez uma campanha impecável na segunda metade do Campeonato Brasileiro e levantou o caneco com certa justiça. Apesar da tarde em São Januário ter representado apenas uma rodada da competição, a atuação do Cruz-Maltino pode ser dividida em duas partes.
No primeiro tempo, foi possível ver um Vasco que, apesar de suas limitações, tentou bater de frente com o primeiro colocado, conseguindo criar algumas boas chances de gol, apesar de certa afobação no campo de ataque. Pouco importava, já que, nessa altura do Campeonato, o que realmente valia era bola na rede.
Os primeiros 45 minutos mostraram um Vasco forte na defesa, com Leandro Castan e Werley se mostrando como uma dupla de zagueiros interessante. No ataque, o destaque ficou, novamente, para Maxi López, que mostrou ter um senso de espaços dentro de campo acima da média, já que venceu várias disputas contra os dois defensores do Palmeiras ao mesmo tempo.
Com noção de suas limitações, o plano de Alberto Valentim foi esperar no campo de defesa e pressionar forte quando a bola estivesse com um volante de costas para o gol Cruz-Maltino. Deu certo, principalmente com Thiago Galhardo, que mostrou muita energia no primeiro tempo, conseguindo roubar bolas e avançar, aproveitando os espaços deixados na defesa. Quando o ataque chegava perto da área, porém, a equipe encontrou dificuldades, principalmente porque Yago Pikachu e Kelvin não estavam em um bom dia.
O Cruz-Maltino foi para o intervalo com uma ponta de esperança de que pudesse sair com um resultado positivo na etapa complementar, mas o desempenho caiu de forma exponencial. O que se viu foi um Vasco perdido em campo, sucumbindo aos ataque do Palmeiras e sem apresentar nenhuma forma de reação.
De fato, o Palmeiras voltou para o segundo tempo mais motivado e apresentando um futebol melhor, muito provavelmente porques os jogadores estavam com noção que o Flamengo vencia o Cruzeiro no Mineirão e podia colocar mais um capítulo da novela do título, mas o Cruz-Maltino pouco fez para resistir à pressão da equipe de Luiz Felipe Scolari.
Diante de sua torcida, o Vasco focou em apenas defender, mostrando, em certa parte, uma postura covarde, já que não se encontrava nenhuma possibilidade de sair em contra-ataque. No segundo tempo, a defesa do Palmeiras pouco trabalhou, pois a equipe de Alberto Valentim nem passou perto de criar uma oportunidade real de gol, sem oferecer nenhum tipo de perigo.
Alberto Valentim tocou nesse ponto em uma das respostas de sua entrevista coletiva, afirmando que essa postura de se defender não partiu de nenhum integrante do corpo técnico do Vasco, tampouco de algum dos atletas. Realmente, o Cruz-Maltino não conseguiu suportar a pressão da equipe paulista.
- A gente não queria recuar. Não teve nenhum pedido meu, nem os jogadores queriam. O Palmeiras veio procurando jogar no nosso campo - afirmou.
Agora, o Vasco permanece com 42 pontos, ocupando a 15ª posição na tabela do Campeonato Brasileiro. O risco do rebaixamento ainda existe, e o Cruz-Maltino retorna aos gramados no próximo domingo para enfrentar o Ceará, na Arena Castelão, que também briga para permanecer na elite do futebol brasileiro no ano que vem.