Cueva se manifesta pela primeira vez após denúncia de agressão da ex-esposa
Jogador foi afastado do Cienciano, do Peru, atual clube
Lance|Do R7
Christian Cueva se manifestou sobre as acusações de agressões físicas e psicológicas contra a ex-esposa, Pamela López. O pronunciamento divulgado nesta terça-feira foi o primeiro do jogador sobre o caso. Em nota, ele admitiu o comportamento violente em algumas ocasiões, mas apontou que alguns fatos narrados faltam com a verdade.
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O ex-jogador do São Paulo e Santos também declarou que convive com depressão. Além disso, ele também pediu desculpas pelos atos recentes contra a pessoa de Pamela López.
- Fui taxado de muitas coisas más, defeitos que seguramente tenho e agora me acusam de abusador, e creio que não sou. Sei que tenho uma personalidade complexa que vai além do que se pode ver e me faço e farei responsável pelos meus atos, o que não implica que deixe de me defender e busque esclarecer, diante das autoridades, os fatos que não foram contados da maneira que ocorreram ou que simplesmente não ocorreram. Por tudo isso, pelo que passou, pelo que aconteceu diferente e até pelo que não aconteceu, peço perdão - diz parte da nota publicada pelo jogador.
Aos 32 anos, o meia havia sido anunciado pelo Cienciano, do Peru, na último segunda-feira, horas antes da denúncia da ex-esposa. Ao se deparar com o caso, o clube peruano imediatamente opitou por afastá-lo de maneira indefinitiva. O comunicado aconteceu através de uma postagem nas redes sociais.
– Depois de concluir o processo interno de investigação, o jogador Christian Cueva foi afastado de maneira definitiva do clube. Essa decisão foi tomada em cumprimento estrito aos nossos valores para preservar a integridade da instituição. Reiteramos o compromisso com os princípios que guiam o clube. Rechaçamos de maneira categórica qualquer forma de violência, especialmente a violência de gênero, e não toleramos condutas que vão contra esses ideais – disse o Cienciano.
Confira o comunicado de Cueva na íntegra
"A violência é indesculpável e minha conduta, mesmo que não tenha sido espontânea, e sim uma resposta, também é.
Fui taxado de muitas coisas más, defeitos que seguramente tenho e agora me acusam de abusador, e creio que não sou. Sei que tenho uma personalidade complexa que vai além do que se pode ver e me faço e farei responsável pelos meus atos, o que não implica que deixe de me defender e busque esclarecer, diante das autoridades, os fatos que não foram contados da maneira que ocorreram ou que simplesmente não ocorreram. Por tudo isso, pelo que passou, pelo que aconteceu diferente e até pelo que não aconteceu, peço perdão.
Enquanto a busca da verdade está nas instâncias correspondentes, peço, por favor, que me deixe jogar futebol, que não me tire essa opção, pois é, junto aos meus filhos, o que mais amo e o que me sustenta.
Hoje quero abrir meu histórico médico e me submeter a qualquer perícia disponível. O faço não com o propósito de que me eximem de culpa, sim para simplesmente que veja a situação mais complexa do que parece e, que, mesmo que a gente não queira, às vezes os problemas internos ganham. Insisto que não fujo da minha responsabilidade, mas, uma vez mais, imploro para que o futebol, que é meu salva-vidas, não seja tirado de mim.
Hoje, mais do que nunca, sei que sou só um rapaz de um dos bairros mais pobres e humildes do Peru, que cresceu em meio aos problemas que milhões de garotos e jovens peruanos padecem e que teve a sorte de jogar futebol bem. Sei que ainda me resta uma chance de conseguir que isso não seja uma condenação, sim uma verdadeira honra e, tomara, um motivo de orgulho para meus filhos, não pelos triunfos, sim porque seu pai conseguiu ser, finalmente, uma pessoa melhor".