Corinthians é alvo de investigação do MP-SP sobre conexões com facção criminosa
Investigação foi motivada por declaração de Romeu Tuma Jr.
Lance|Do R7

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) investiga conexões do Corinthians com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O órgão também investiga o uso de cartões de crédito e relatórios de despesas da presidência do Timão.
A investigação foi motivada após depoimento de Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians. No dia 14 de agosto, o dirigente declarou que o “crime organizado se infiltrou” no clube, e que sofre ameaças por isso.
A informação foi veiculada inicialmente pelo GE. O promotor responsável pelo caso, Cássio Roberto Conserino, suspeita que jogadores do Corinthians tenham se hospedado em imóvel que pertence a José Carlos Gonçalves, conhecido como Alemão, apontado em outras investigações como figura de peso no crime.
Em manifestação proferida no processo na última sexta-feira, o promotor pediu explicações a Fausto Vera, Rodrigo Garro e Talles Magno. Ele quer saber se o trio realmente morou em um apartamento pertencente a Alemão, no bairro Anália Franco, na zona leste de São Paulo, e se o Corinthians participou da intermediação da locação.
Não há suspeitas que os atletas tenham participado, ou tenham conhecimento da relação dos imóveis com o crime organizado. Eles foram questionados na condição de testemunhas.
Investigações
O MP-SP investiga irregularidades no uso do cartão corporativo do Corinthians por ex-presidentes no período de 2018 a 2025. Andrés Sanchez confessou ter usado o artifício por engano em uma viagem para o Rio Grande do Norte.
Inicialmente, o clube apresentou à Justiça apenas as faturas dos cartões de crédito corporativos. Posteriormente, a diretoria afirmou ter concluído o cumprimento da requisição ao encaminhar também os relatórios de despesas da presidência. Até a noite da última segunda-feira, entretanto, a promotoria ainda não havia confirmado o recebimento dessa documentação.