Com diploma na mão, Julia Bergmann busca sonho olímpico com a Seleção feminina

Ponteira, de 22 anos, se formou em Estudos Interculturais e Física, pela Universidade de Georgia Tech, e é uma das armas do Brasil...

26/05/2023 - 15h01 (Atualizado em 29/03/2024 - 06h36)

Esporte e educação. Duas palavras que sempre caminharam juntas para a ponteira Julia Bergmann. A atacante, de 22 anos, se formou no início do mês de maio em Estudos Interculturais e Física pela Universidade de Georgia Tech, nos Estados Unidos.

Na sequência, se apresentou à Seleção Brasileira, em Saquarema, no Rio de Janeiro, para o início dos treinamentos para a Liga das Nações. Julia vive um momento de transição na carreira e disputa em 2023 sua primeira temporada profissional. Antes disso, ela quer ajudar o Brasil a garantir um lugar nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

A disputa da Liga das Nações é o primeiro passo da temporada. O Brasil estreia contra a China às 6h (de Brasília), da próxima quarta-feira (31).

- Foi uma conquista poder juntar o esporte com a educação. Se eu conseguir influenciar uma pessoa a estudar e jogar ao mesmo tempo, já estou satisfeita. Foi um aprendizado muito grande dentro e fora das quadras. Evoluí muito como pessoa nesses quatro anos e passei por situações difíceis que me fizeram mais forte. Mudei minha rotina em quatro anos e o resultado foi recompensador - garantiu Julia Bergmann, que comentou ainda sobre seu momento atual e destacou a importância dos três jogos-treinos contra o Japão no processo de formação do grupo do Brasil. No primeiro jogo-treino, na quinta-feira, cada seleção venceu dois sets, e no segundo, nesta sexta-feira, o Brasil levou a melhor por 3 sets a 1.

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- É um período de ajustes. Joguei na liga universitária que tem um ritmo diferente, com treinos uma vez ao dia. Esses jogos-treinos contra o Japão estão sendo ótimos para minha adaptação. Nessa primeira semana vamos jogar com times fortes. Vou precisar de paciência com meu corpo para conseguir voltar, mas a evolução tem sido boa - explicou Julia Bergmann.

Na etapa inicial da Liga das Nações, em Nagoya, no Japão, o Brasil encara China, Holanda, República Dominicana e Croácia entre 31 de maio e 4 de junho. Para a partida de estreia contra a China, Julia Bergmann espera dificuldades, mas mostra confiança em um bom desempenho do Brasil.

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- Vai ser um jogo difícil. A China tem um time alto, forte e bom de defesa. Jogar contra o Japão nos prepara para esse tipo de partida. Aprendemos bastante com elas em cobertura de boqueio e sistema de defesa. Estamos vendo o que podemos ajustar para chegar bem na estreia contra a China - afirmou Julia Bergmann.

Sobre o futuro, Julia promete dedicação na vida de atleta profissional.

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- Primeiro quero jogar essa Liga das Nações, depois o Pré-Olímpico e buscar essa vaga para os Jogos Olímpicos. O sonho de qualquer atleta é participar de um Jogos Olímpicos e comigo não é diferente. Depois quero jogar em uma liga, com as melhores equipes do mundo. Quero começar essa vida profissional e me dedicar totalmente ao voleibol - finalizou Julia Bergmann.

Além de Julia Bergmann, o Brasil conta na primeira semana da competição com as levantadoras Macris e Naiane, as opostas Kisy e Lorrayna, as ponteiras Ana Cristina, Tainara e Maiara Basso, as centrais Carol, Diana, Lara e Lorena e as líberos Natinha e Laís.

LIGA DAS NAÇÕES

31/05 – Brasil x China, às 6h (horário de Brasília)

01/06 – Brasil x Holanda, às 6h (horário de Brasília)

03/06 – Brasil x República Dominicana, às 0h40 (horário de Brasília)

04/06 – Brasil x Croácia, às 0h40 (horário de Brasília)

Quem são os atletas do Time Brasil classificados para os Jogos Olímpicos de Paris 2024?

Os atletas do Time Brasil estão com foco total para chegar na melhor forma aos Jogos de Paris 2024. Ao todo, 43 vagas estão garantidas para os brasileiros, mas muitas classificações são decididas meses antes do início do evento. Confira os nomes e as modalidades de esportistas que já carimbaram o passaporte para a capital francesa

Do atletismo, Alison dos Santos se recuperou de lesão e, depois de participar dos 400 m rasos durante a Liga Diamante de Silesia, na Polônia, conquistou o índice olímpico, que permite a classificação de um atleta. Pelo calendário, o velocista buscará disputar os 400 m com barreira e o revezamento 4×400, se o Brasil se classificar

O Brasil também estará representado na marcha atlética com Caio Bonfim. O atleta, de 32 anos, conquistou o índice olímpico ao vencer um evento de nível ouro do Circuito de Marcha Atlética, em Varsóvia, na Polônia

Daniel do Nascimento, da maratona, é mais um atleta com o passaporte carimbado para Paris. Danielzinho, como é conhecido, foi o primeiro brasileiro do atletismo a alcançar o índice olímpico

No arremesso de peso, Darlan Romani está classificado. O catarinense foi o único atleta a conseguir a vaga pelo Troféu Brasil de Atletismo, competição disputada em Cuiabá, em Mato Grosso

Única mulher do atletismo com vaga garantida, Érica Sena participará nas disputas da marcha atlética em Jogos Olímpicos pela terceira vez na carreira. A conquista aconteceu no dia 3 de junho, no Grand Prix de La Coruña, na Espanha

Rafael Pereira, dos 110 m com barreiras, bateu o recorde sul-americano e, no Meeting de Lucerna, na Suíça, garantiu vaga para Paris 2024

Pelo ciclismo BMX, Paola Reis desembarcará em Paris em julho de 2024 para o evento. A campeã do Pan-Americano de Ciclismo BMX, no entanto, pode ficar fora da competição, caso não preencha os critérios de classificação do Time Brasil

Isaac Souza, atleta de saltos ornamentais, participou do Mundial de Esportes Aquáticos de Fukuoka, no Japão, e conquistou uma vaga para o Brasil. "Eu não consigo explicar o tamanho da minha felicidade. Vou para mais uma Olimpíada representar meu país, e isso é inexplicável", disse o carioca, que disputará a Olimpíada pela segunda vez na carreira

Também atleta de saltos ornamentais, Ingrid Oliveira carimbou o passaporte para Paris 2024 ao se classificar para a final da plataforma de 10 m no Mundial de Esportes Aquáticos de Fukoka

Depois de Rio-2016, Tóquio-2020, o time feminino de rúgbi do Brasil estará pela terceira vez seguida nos Jogos Olímpicos. Invictas, as atletas conquistaram a competição Pré-Olímpica de Rugby Sevens

Ao chegar à final da Copa América de 2022, as meninas da seleção brasileira de futebol feminino garantiram a participação em Paris 2024. Treinadas por Pia Sundhage, elas venceram a Colômbia por 1 a 0 e levantaram a taça. O time brasileiro participou de todas as edições da Olimpíada e, em Tóquio 2020, foi eliminado nas quartas de final

Filipe Toledo venceu a etapa de J-Bay do Campeonato Mundial de Surfe e matematicamente se classificou para os Jogos de Paris 2024. Em Tóquio, o surfista não competiu

Matematicamente, a surfista Tatiana Weston-Webb conquistou a vaga olímpica. Ela foi destaque das primeiras etapas do Circuito Mundial de Surfe da temporada de 2023 e consolidou a classificação, por competir contra outras 18 surfistas, de seis nacionalidades. Segundo os critérios olímpicos de classificação, são permitidas apenas duas surfistas por país

A primeira vaga individual para o Brasil veio do tiro esportivo, com Philipe Chateaubrian. Ele venceu o Campeonato das Américas da CAT na pistola de ar 10 m masculina. No entanto, a vaga conquistada pelo atleta é para o país, e não para o esportista

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 começam no dia 26 de julho de 2024. A cerimônia de abertura acontecerá no rio Sena, o mais famoso da capital francesa. Uma das maiores discussões do COI até o início das competições é referente à presença (ou não) dos atletas russos e bielorrussos no evento esportivo, por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia

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