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Chute na bandeirinha: comemoração ou desrespeito? O que pensam Arnaldo Cezar Coelho e Leonardo Gaciba

Em entrevista ao Lance!, ex-árbitros comentaram polêmica que dividiu opiniões nas últimas semanas

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Lance|Do R7

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Luciano foi advertido com cartão amarelo após chutar bandeirinha com escudo do rival (Foto: Wanderson Oliveira/PxImages/GazetaPress)

O chute na bandeirinha virou febre no futebol brasileiro. No momento da celebração do gol, vários jogadores têm causado polêmica por chutarem a bandeira de escanteio como forma de "comemoração". Raphael Veiga, do Palmeiras, Luciano, do São Paulo, e Pavón, do Atlético-MG, foram os protagonistas do assunto nas últimas semanas. Diante disso, acabam surgindo dúvidas sobre os critérios utilizados pelos árbitros em relação à punição ou não dessa prática.

+ Torcedores do São Paulo relembram caso Luciano e pedem punição a Raphael Veiga, do Palmeiras, por comemoração

Mas afinal, essa prática deve ser considerada comemoração ou desrespeito? Em entrevista ao Lance!, o ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho afirmou que o chute na bandeirinha é uma "atitude agressiva" e passível de punição, independente se for uma bandeira do adversário, do próprio time do atleta ou neutra, já que se trata de um material de campo.

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Ainda, Arnaldo acredita que nos casos em que a bandeira apresenta o escudo da equipe mandante, "o chute por parte do visitante torna-se um ato provocativo" e, consequentemente, a punição aplicada deve ser o cartão amarelo. Para o ex-árbitro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) poderia se posicionar, emitindo uma circular orientando os jogadores a evitarem esse tipo de prática.

Leonardo Gaciba, também ex-árbitro e atualmente comentarista da ESPN, assim como Arnaldo Cezar Coelho, critica a falta de uma norma específica para esse tipo de comportamento por parte da CBF, visto que o regulamento atual da entidade deixa o critério passível de interpretação.


Em relação à advertência a jogadores, Gaciba crê que o cartão amarelo só deve ser aplicado em casos de chutes em bandeiras com escudos do adversário, já que ação pode ser considerada uma "ofensa". Na partida de ida da semifinal da Copa do Brasil, na Neo Química Arena, Wilton Pereira Sampaio advertiu o atacante Luciano, do São Paulo, por chutar a bandeira do Corinthians após balançar a rede. Na súmula, o árbitro relatou o motivo da punição: "Por comemorar gol de sua equipe de forma provocativa contra a torcida adversária chutando a bandeira de campo".

- A regra não prevê nada disso (punições). Atitude conveniente é uma coisa muito subjetivo, vai de árbitro para árbitro, é interpretação. Seria importante a CBF estabelecer uma norma e deixar claro qual será o critério. Como é, por exemplo, quando o jogador tira a camisa - disse Leonardo Gaciba ao Lance!.


- O fato do Luciano claramente foi uma situação provocativa, por isso que ele foi advertido com cartão amarelo. Esse é o tipo de coisa que deveria ser normatizado, porque dessa forma os jogadores ficam sabendo e colocam isso na cabeça.

Outros dois episódios que viraram assunto nas últimas semanas foram envolvendo o atacante argentino Pavón, do Atlético-MG, e o meia Raphael Veiga, do Palmeiras. O jogador do Galo, assim como Luciano, recebeu cartão amarelo pois chutou a bandeira do São Paulo após marcar na vitória atleticana por 2 a 0, no Morumbi, pelo Brasileirão. Já o camisa 23 de Verdão chutou uma bandeirinha do Atlético-MG no triunfo palmeirense por 1 a 0, no Mineirão, pela ida das oitavas de final da Libertadores, e não foi advertido.

O cartão amarelo recebido por Luciano causou polêmica principalmente nas redes sociais. Torcedores tricolores pegaram o corte da celebração de Veiga e compararam com a do atacante são-paulino durante o clássico contra o Corinthians, questionando a falta de punição ao meia do Alviverde. Os palmeirenses defenderam a tese do cartão amarelo ao jogador do São Paulo pela provocação à torcida rival presente no estádio, o que não teria acontecido no Mineirão.

Ex-árbitros como Rodrigo Braghetto e Guilherme Ceretta também comentaram o assunto. Braghetto acredita que a prática de chutar a bandeira adversária deve ser advertida por se tratar de uma "conduta antidesportiva", que pode ser enquadrada como "falta de respeito pelo futebol" de acordo com o livro de regras da CBF. Por sua vez, Ceretta defende que o jogador deve ser penalizado em casos que conflitos sejam gerados devido à sua comemoração.

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