Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Esporte - Notícias sobre Futebol, Vôlei, Fórmula 1 e mais

Brasileiro ídolo na Dinamarca enfrentou Messi e não torce pela Seleção: 'Jogadores são mais profissionais na Europa'

Meio-campista retornou ao Brasil após quase 15 anos no futebol do exterior

Lance

Lance|Do R7

Imagem da notícia

Cerca de 15 anos de experiências na Europa, inclusive enfrentando o histórico Barcelona de Messi e Guardiola, pela Champions League. O brasileiro Claudemir, que está no Grêmio São Carlense, carrega essa e muitas vivências no currículo. Atleta de sucesso no Copenhague, ele leva a Dinamarca no coração e vê muitas diferenças entre o futebol nacional e o europeu.

➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte

Pela relação criada durante os cinco anos que atou no país nórdico, Claudemir hoje se considera mais torcedor da Dinamarca, que enfrenta a Inglaterra pela Euro nesta quinta (20), do que da Seleção Brasileira.

— Gosto muito da Dinamarca, torço por eles e espero que possam ir longe na Eurocopa. O país merece, o pessoal também é fanático por futebol. Confesso que nos últimos anos, sim (torce mais pela Dinamarca do que pelo Brasil). Não estou empolgado em assistir e torcer pelo Brasil — revelou, em entrevista ao Lance!.


Claudemir passou por Holanda, Portugal, Arábia Saudita, Bélgica e Turquia. Ao avaliar a experiência fora do país, ele acredita que o futebol brasileiro ainda está atrasado em diversos sentidos e tem muito a evoluir, inclusive na cultura esportiva.

— Diferença é muito grande. Fora a estrutura, dão tranquilidade no dia a dia. Não tem tanta pressão de torcida, e você pode mostrar seu potencial. No futebol europeu, os jogadores são mais dedicados e profissionais, em termos táticos. Lá, não tínhamos concentração e só nos apresentávamos no jogo. Aqui, não daria muito certo — disse.


Para Claudemir, é compreensível que jogadores de elite no Brasil prefiram atuar na Europa, mesmo quando a proposta para sair nem seja tão vantajosa ou de um clube de ponta. Isso porque, ao vislumbrar a oportunidade no Velho Continente, os atletas estariam em busca de paz.

— Eles procuram o lado mental, veem que outro país terão muito mais tranquilidade e menos cobrança de torcida e imprensa. Hoje, muitos clubes no Brasil pagam quase a mesma coisa que times da Europa. Então, vão pelo lado humano, em busca de paz para jogar futebol — concluiu.


Falta de apoio aos times menores

Jogador do Grêmio São Carlense, que disputa a Série A2 do Paulistão, Claudemir enxerga que clubes fora da elite ainda sofrem muito com descaso das federações e estados. De acordo com o atleta, a falta de apoio quase inviabiliza a existência das equipes.

— Existe uma desigualdade muito grande. No Grêmio, tudo que foi prometido estão cumprindo. Joguei uma Série A2 pelo Comercial de Ribeirão e tem uma diferença muito grande para os times menores. A Série A do Paulista tem muitos times, caiu o Ituano, que tem muita diferença. Vestiários precários... Lá fora acho mais difícil acontecer, o pessoal apoia mais. Amor sentido por brasileiro é orgulhoso demais, não abrem mão das coisas. Aqui na cidade de São Carlos, se o presidente não fizer tudo sozinho, não tem ajuda da cidade, que seria positivo. Poderiam abraçar a causa. A Federação poderia fazer mais, se o presidente não bancasse, ia ser impossível disputar a Copa Paulista — explicou.

Desafiando Messi e Cristiano Ronaldo na Dinamarca

No Copenhague, Claudemir enfrentou Messi e Cristiano Ronaldo quando as estrelas "revezavam" o título de melhor do mundo. O brasileiro contou qual foi mais difícil: Barcelona 2010 ou Real Madrid 2013.

— É algo fora do normal. Pela qualidade do nosso time no ano, o mais difícil foi o Real Madrid. A gente estava em reformulação e sofremos mais. Mas são experiências que a gente guarda. (Sobre o Barcelona) No segundo jogo estávamos tranquilos, tínhamos time bom. Enfrentar o Messi, melhor do mundo... Xavi, Iniesta, Busquets. Ainda mais marcar um gol. Até hoje relembram isso em Copenhague. Chama atenção a inteligência dos jogadores, pensar rápido. Quando pensávamos que pegariámos a bola, já tinha saído do pé deles — contou.

Aos 36 anos, Claudemir passou por clubes como Club Brugge, Vizela, Al-Ahli e Braga.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.