Luiz Alberto de Oliveira, um dos maiores treinadores de atletismo do Brasil e do mundo, com atletas ganhadores de diversas medalhas em Olimpíadas, Mundiais e Jogos Pan-Americanos, dentre outras competições internacionais e nacionais, morreu nesta quarta-feira (30), em Doha, no Qatar, onde estava trabalhando. Ele estava internado tratando de problemas renais e teve uma parada cardíaca.
De temperamento forte e de uma competência ímpar, Luiz Alberto foi o responsável por toda a carreira do campeão olímpico Joaquim Cruz, desde convencê-lo a deixar o basquete em Brasília até levá-lo às maiores glórias do esporte, como o bronze no Mundial de Helsinque 1983, o ouro na Olimpíada de Los Angeles 1984, a prata na Olimpíada de Seul 1988 e outras muitas conquistas.
Fez o mesmo com uma grande legião de atletas, como Zequinha Barbosa, Agberto Guimarães, Hudson Santos, Sanderlei Parrela, entre muitos outros do Brasil, sem contar com diversos competidores de outros países, que ele orientou nos Estados Unidos e no Qatar. Com certeza, dezenas de atletas estão de luto neste momento, bem como os integrantes da comunidade do atletismo.
Foi técnico de supercampães como a norte-americana Mary Decker e Maria Mutola, de Moçambique.
O presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Wlamir Motta Campos, fez questão de reverenciar o treinador.
"O Luiz Alberto foi um dos gigantes do atletismo mundial, enalteceu o Brasil mundo afora, democratizando seu conhecimento, fazendo campeões em vários campos do mundo e especialmente no Brasil. Foi o primeiro e único treinador do Joaquim Cruz, do Zequinha, Agberto, Hudson Santos, Sanderlei Parrela, entre muitos outros. O Brasil perde uma grande referência. Apaga-se uma luz do atletismo, uma pessoa pela qual tinha uma elevadíssima estima, respeito e consideração. Tive o prazer e a oportunidade de conversar muito com ele, que nos apoiou nesta jornada. Que o arquiteto do universo o receba em seu descanso eterno", comentou Wlamir.
Luiz Alberto teve de retirar um rim em novembro passado e estava fazendo hemodiálise, enquanto esperava um possível transplante. Ele havia sofrido um AVC ainda no Brasil e recentemente teve de colocar seis stents. O pulmão, o coração e o fígado também foram prejudicados.
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