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Arnaud Demare vence mais uma etapa do Giro da Itália de ciclismo

Francês já havia vencido duas etapas e levou também a desta sexta-feira, a sétima da ediçao de 2020 do Giro da Itália, deixando Sagan em segundo. Português lidera na Geral

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Arnaud Demare está voando baixo no Giro da Itália. Embora não tenha condições de ser campeão da classificação geral (por tempo, leia mais abaixo). O francês da Groupama está arrasando nas provas planas, sendo o melhor sprinter da competição. Nesta sexta-feira, venceu a etapa 7, plana ente Matera e Brindisi, de 143km, com o tempo de 2h47min28s. Foi a terceira conquista do campeão francês nesta edição do giro. E como no seu primeiro triunfo, deixou o eslovaco Peter Sagan (grande astro da Bora) em segundo lugar, com mesmo tempo e uma bike atrás. O australiano Michael Matthews (Sunweb) terminou em terceiro.

A etapa, como esperado, teve o seu ápice no quilômetro final, quando os sprinters se posicionaram para a chegada. Demare alçou para a liderança e não deixou Sagan chegar perto, conseguindo uma vitória sem sustos.

Demare está disparado na liderança entre os velocistas (a camisa lilás, ou ciclamino). Com o segundo lugar, Sagan manteve-se como vice e segue com o jejum de vitórias: não vence etapa alguma desde julho de 2019.

Almeida na liderança

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Como a prova foi em final plana e todos os ciclistas chegando em bloco no pelotão do líder não houve alteração na liderança da classificação geral, com o português João Almeida (Quick-Step) em primeiro lugar, com 43s de frente para Pello Bilbao, espanhol da Bahrain.

Neste sábado rola a etapa 8, entre Giovinazzo e Trieste (200km) com uma montanha categorizada no meio do percurso e tendência de vitória de um ciclista da fuga. Mas não será surpresa se um velocista ou mesmo alguém que brigue pela classificação geral triunfar.

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Recuperação do acidente

O ciclista italiano Luca Wackermann (da equipe Vini Zabu, convidada para o giro), que sofreu um grave e inusitado acidente na etapa de terça-feira, passa bem e não corre riscos. Ele se lesionou porque um helicóptero que fazia as imagens aéreas da prova voou muito baixo e isso gerou uma rajada de vento que fez um banner da prova atingir em cheio o ciclista, que caiu inconsciente e com fraturas no rosto e costela.

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Entenda o ciclismo

P: Por qual motivo um ciclista como Demare, que venceu três das sete etapas do Giro da Itália até agora, não tem chance de título? E como João Almeida, que não venceu etapa alguma, é o líder?

O ciclismo estrada tem algumas nuances e uma delas é que aquele que é considerado o campeão geral, é quem completa as 21 etapas no menor tempo. Já cada etapa tem um vencedor. E as etapas possuem características. Há aquelas de montanha, as planas e o contrarrelógio. No contrarrelógio, cada ciclista larga sozinho e disputa individualmente sem trabalho de equipe. Normalmente cada equipe tem um superrelogista, mas apenas duas ou três etapas possuem estas características.

Há as etapas planas (oito a dez das 21 etapas são assim). Nelas, todos chegam juntos no pelotão. Aqui, reinam os velocistas. Afinal, eles se posicionam no último quilômetro e saem em desabalada carreira pelos primeiros lugares (uma vitória vale 50 pontos o segundo lugar, 30 e vai decrescendo até a posição 15, que vale um ponto).

Só que, como todos os pilotos chegam no mesmo pelotão, todos recebem o tempo do líder (até para evitar acidentes e fechadas). Assim, ao ver a lista de chegada, o primeiro colocado teria, por exemplo, 2h10min20s e o centésimo colocado, também. Essa provas praticamente não contam para o tempo.

E aí tem as provas de montanha (oito a dez etapas), muito mais duras e que pulveriza pelotões.

Assim, um vencedor de prova de montanha normalmente coloca muitos segundos, ou até mesmo minutos, para o segundo colocado. E aqueles velocistas que se destacam em provas planas, chegam 10, 15 minutos atrás, pois são ótimos em explosão, mas não possuem a resistência para subir montes que muitas vezes são mais íngremes do que o Pão de Açúcar, no Rio.

Assim, não adianta Arnaud Demare vencer as oito etapas planas do Giro, pois ele, numa única prova de montanha, terá um déficit de dez minutos para os escaladores e ficará muito atrás na classificação geral, como já está ocorrendo. Sua chance é de ser campeão por pontos (que também é muito relevante, mas menos glamourosa).

Por outro lado, é comum o vencedor geral nem vencer etapas. Ele precisa de regularidade, ficar entre os primeiros nas provas de montanha e chegar no bolo das provas planas. No Tour de France de 2019, o colombiano Egan Bernal (equipe Ineos) foi campeão com uma vantagem considerável para o segundo colocado Geraint Thomas (também da Ineos) e não venceu nenhuma das 21 etapas.

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