Aos 16 anos, Gui Khury reinventa o skate e mira Olimpíadas: 'Sonho'
Durante uma coletiva realizada nesta sexta (4) o skatista fala sobre seus planos futuros e como lida com a pressão das competições
Lance|Do R7

Com apenas 16 anos, o skatista brasileiro Gui Khury já conquistou praticamente todas as competições mundiais de skate nas modalidades Vert (Vertical) e Vert Best Trick (Melhor Manobra no Vertical), com manobras inovadoras e quebrando barreiras dentro do esporte. Agora, o jovem explora novos desafios e busca se estabilizar no Park, modalidade olímpica que sonha disputar.
Na categoria Vertical, Gui já conquistou nove medalhas de ouro, quatro de prata e duas de bronze no X-Games, sendo o adolescente com mais medalhas na história do evento. Ao todo, foram 15 medalhas nas competições.
No Park, o brasileiro ainda dá seus primeiros passos, mas que já trouxeram resultados expressivos. Gui venceu o Esquim Pro, em Porto Alegre, e também conquistou uma medalha de bronze na World Skate em Roma, na Itália, onde, pela primeira vez, realizou um 900º nesta modalidade. A manobra é natural do vertical, mas foi feita pelo jovem skatista em um momento em que precisava inovar para conseguir o pódio.
— Eu estou tentando colocar as manobras técnicas no Park, como o Flip 540 e o 900. Isso é uma coisa que me ajudou bastante em Roma, porque não tinha muito flow na pista. Mas eu tinha minhas manobras técnicas. E foi isso que me ajudou a conquistar o pódio também em Roma — afirmou em coletiva.
— Eu fiquei um pouco chateado com a minha linha, mas realmente, depois que eu prestei atenção no que o juiz falou, eu entendi um pouco. Mas na próxima vez eu vou evoluir um pouco nisso, e eu vou com um pouco mais de flow e colocar o 900 na linha, e eu acho que isso que vai ser o meu diferencial para o próximo Mundial — comentou o skatista, após revelar sua primeira impressão depois das notas dos juízes na competição.
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Próximos passos
Apesar da pouca idade, Gui Khury já demonstra saber como lidar com a pressão e como controlar os nervos antes de entrar na pista.
— Eu nem lido muito com a pressão, na verdade. Nessas competições eu fico meio nervoso também. Mas eu sei que eu consigo me dar bem, eu sei que eu vou acertar minhas manobras sempre, isso me dá força nas competições. Mas a pressão eu nem sinto muito, na verdade. Eu vou para andar de skate, já estou nas competições, já estou nos X Games, já estou no Mundial de Park. É só fazer o que eu sei fazer mais, né? Andar de skate... — afirmou o jovem de 16 anos.
Para um jovem com tantas conquistas, Gui já tem planejados seus principais objetivos para um futuro promissor no skate.
— Me dar bem nos Mundiais de Park também, minha vaga para começar o ciclo olímpico, e conseguir ficar entre os top 10 até o final do ano. Eu quero muito isso para mim, acho que seria muito bom para ser pré-qualificado para as quartas de final. Eu estou oito colocações abaixo, e eu acho isso uma meta muito boa para mim também. Quero buscar essa vaga para ir para as Olimpíadas, é um sonho muito grande meu de participar de uma competição tão grande como essa — completou.