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Adversários no Brasileirão, Athletico estuda adotar o mesmo modelo de gestão do Cuiabá

Equipe paranaense estuda mudança após aprovação da lei do clube-empresa

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Adversários na 16ª rodada do Brasileirão, Cuiabá e Athletico-PR irão protagonizar um duelo interessante fora das quatro linhas. Clube-empresa desde a fundação, o Dourado é uma das referências do modelo de gestão empresarial no país. Já o Furacão, discute internamente a migração do modelo associativo para a sociedade anônima.

Caçula na Série A, o Cuiabá se tornou uma das sensações do Campeonato Brasileiro. Com pouco menos de 20 anos de história, conquistou o domínio no cenário estadual e se consolidou nas competições nacionais. A passagem pela segunda divisão durou apenas duas temporadas. Logo no ano de estreia, o clube fez uma campanha sólida, conquistou 52 pontos e a oitava colocação, sem correr riscos de rebaixamento. Na Série B do ano passado, permaneceu na zona de classificação durante a maior parte do campeonato, e garantiu o acesso inédito para a elite.

- A estrutura de funcionamento é a mesma desde o início, com setores responsáveis, o clube nasceu como uma empresa. Por ser uma equipe com dono, é muito mais fácil de se administrar. No Brasil, o tema está em alta, vejo muita gente discutindo sobre as associações, enxergo isso como ultrapassado, o futebol se tornou muito caro, acho questão de tempo para o modelo do Cuiabá para a ser comum no país - conta Cristiano Dresch, vice do Cuiabá.

Nesta semana, o governo federal sancionou a “Lei do Clube-Empresa”. Com as mudanças, os times terão um fôlego maior para sanar as dívidas. Já na parte desportiva, se uma agremiação optar pela mudança, cede automaticamente a vaga nos torneios oficiais. Mas nas principais divisões do país, alguns clubes já funcionam desta maneira. Na Série C, o Botafogo-SP, uma das equipes mais tradicionais do interior paulista, aprovou a terceirização do futebol no fim de 2018. Para Adalberto Baptista, idealizador do projeto, é um caminho viável para salvar a saúde financeira.

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- Tenho absoluta certeza de que a saída para as instituições vai ser a profissionalização e a transformação em uma empresa, como já foi feito aqui. Os insucessos dentro de campo podem acontecer com ou sem S/A, não é isso que vai caracterizar o desempenho em determinada competição. Mas é isso que pode, sim, estipular uma vida mais saudável e estável a médio e longo prazo, é o que batemos na tecla - comentou Adalberto.

Especialista em direito desportivo, Eduardo Carlezzo, entende que a aprovação é um avanço para o esporte no país.

- A transformação dos clubes em empresa é um processo sem volta e no qual estamos há décadas atrasados quando olhamos para o que ocorre na Europa e Estados Unidos. O modelo atual, de associação, é comprovadamente falido e para isso basta ver a situação de vários grandes clubes do futebol brasileiro. Portanto, estaremos passando nos próximos anos por uma mudança cultural e, como qualquer mudança desta natureza, terá os seus solavancos.

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