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VP jurídico do Vasco revela que 777 já visava ‘se desfazer’ do Vasco

Ao lado do presidente Pedrinho, vice-presidente Felipe Carregal detalhou cronologicamente desgastes com a sócia majoritária da SAF...

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

Foto: Reprodução / YouTube BTB Sports

Durante a coletiva do presidente do Vasco, Pedrinho, na tarde desta quinta-feira (16), em São Januário, o VP jurídico do clube, Felipe Carregal, também teve a palavra. E, ao explicar cronologicamente os desgastes com a 777 Partners, sócia majoritária da Vasco SAF, ele revelou que a empresa já visava “se desfazer” de sua participação.

Inicialmente, Carregal afirmou que Pedrinho já havia ligado o alerta quanto ao possível colapso financeiro da 777 logo antes do mandatário ser eleito, em novembro passado.

“Obviamente que todos nós tínhamos total ciência da 777 no mundo. Eu trouxe uma matéria do dia 7 de novembro de 2023, do ge, cujo título é: “777 omitiu prejuízo de R$ 3 bilhões em processo de compra do Everton”. Eu pergunto a vocês: Acham que a gente ia desconsiderar uma notícia dessa? É óbvio que a gente entrou com dever de cautela. Avisei ao presidente que tínhamos que monitorar. Seria loucura nossa não acompanhar a situação da 777 no mundo”, disse Felipe Carregal.

Ele prosseguiu na linha cronológica, afirmando que a diretoria administrativa tentava melhorar a relação com a empresa. Mas que o sócio e CEO da companhia, Josh Wander, sequer compareceu à primeira reunião, que já estava até marcada.


“Eleitos, tentamos várias vezes interagir de forma mais direta com eles. Na primeira reunião, Josh não compareceu. 15 minutos depois, as pessoas da 777, um pouco sem graça, falaram que ele estava numa consulta médica. Não era para a gente ligar um alerta? Tentamos uma segunda conversa, com o representante do Josh aqui no Rio. Conversamos a relação, eles reconheceram que a relação não é boa, nós também, e eles culparam a imprensa à época, dizendo que viram na imprensa que a gente (cúpula do Pedrinho) já estava entrando mal-intencionado. A gente disse que isso era um absurdo”, seguiu.

LEIA MAIS: Advogados da 777 Partners vão recorrer após decisão da Justiça no Vasco


Objetivo da 777: se desfazer do Vasco?

Segundo Felipe revela, foi nesta conversa que a 777 deu a entender pela primeira vez que poderiam “se desfazer” do Vasco. Mais um alerta ligado para Pedrinho e cia.


“Nesta conversa, foi quando pela primeira vez que eles deram a entender que estavam dispostos a se desfazer do Vasco, de forma muito clara. Nosso alerta foi ligado. Tivemos um outro encontro com o senhor Josh. Nesse encontro fomos mais diretos e pedimos a garantia (do aporte) com base em tudo o que estava acontecendo no mundo. Essa garantia foi negada”, afirmou.

Posteriormente, a situação deteriorou ainda mais com novas notícias negativas acerta da saúde financeira da empresa estadunidense. Novamente, o associativo buscou entender a situação, mas ouviu resposta vaga.

“As notícias pioraram de forma bastante intensa. Notícias de prática de crime, de fraude em garantias. Tivemos outras várias longas reuniões para analisar o cenário, com isso já tendo sinalizado que queriam vender. Notificamos outra vez, pedindo para a 777 esclarecer. Falamos: “As consequências do seu desastre financeiro vão impactar diretamente no meu patrimônio. Eu tenho 30%”. Resposta? “É tudo mentira e eu não posso aprofundar isso porque vai impactar em outros processos que eu respondo.” Ninguém ficou tranquilo”, revelou.

Ação contra a 777

Por fim, Felipe explica a ação realizada na última quarta, que visava proteger o patrimônio vascaíno. Ele defende que não seria ideal esperar pelo terceiro e penúltimo aporte (de R$ 270 milhões), previsto para setembro, para só depois tomar uma ação.

“As mesmas pessoas que estão criticando o presidente e a diretoria com certeza iriam cobrar se em setembro o aporte não for feito. A gente tem total ciência disso. Vocês podem nos cobrar por ações, decisões, faz parte. A diretoria está sujeita a isso. Por omissão, não. Não seremos criticados por omissão e por uma razão muito clara. A partir do momento que o presidente se coloca à disposição ainda na candidatura de abrir mão de projetos pessoais, coloca sua imagem e reputação em risco, isso tira o propósito. E poucas pessoas teriam a capacidade de tomar uma decisão como essa que o presidente tomou. Cabe a nós dar parecer, dar justificativas jurídicas, mas a decisão final é do presidente porque ele é o líder”, finalizou.

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