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Um mês de Lage no Botafogo: variação tática, bom ambiente e foco na gestão

Com oito jogos, treinador português mostra estilo parecido com Luís Castro, blinda elenco e torna equipe mais ofensiva

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

Jogada10
Jogada10 Vitor_Silva

Faz 41 dias que Bruno Lage desembarcou no Rio de Janeiro para se apresentar ao Botafogo. No entanto, o treinador completou um mês à frente da equipe apenas no último fim de semana. Afinal, a SAF tratou o processo de transição com cuidado para não causar prejuízos à excelente fase alvinegra. E deu certo. Com poucas mudanças e perfil semelhante ao de Luis Castro, o português ainda não perdeu em oito partidas.

O discurso de Lage na apresentação foi em tom de continuidade. Ciente das comparações, preferu não arriscar e, pouco a pouco, acrescentou suas ideias de jogo. Abaixo, o Jogada10 lista alguns dos pontos mais interessantes da teoria e da prática do técnico de 48 anos.

‘GESTÃO PERFEITA’

A expressão “gestão perfeita” é frequente nas entrevistas de Bruno Lage. Ele foi favorável a ter os dias de adaptação e observação, mantendo Cláudio Caçapa e Lúcio Flávio à frente do elenco na primeira semana em que esteve no CT Lonier. O português, aliás, recorre ao termo para ressaltar que vem conseguindo preservar os principais jogadores, em meio às duas competições, com eficiência.

“Temos feito uma gestão perfeita, somado pontos, passamos uma eliminatória e usamos 25, 26 jogadores na totalidade. Lembro que contra o Cruzeiro (0 a 0 no Mineirão), muita gente criticou que fizemos só um chute a gol. Hoje compensamos, fizemos 17 e três gols. Treinador vai estar aqui sempre sendo criticado. O que me deixa feliz é olhar e sentir uma enorme confiança das pessoas que trabalham comigo. Só um grande time consegue fazer o que esse time fez hoje durante os 90 minutos”, disse, após a vitória sobre o Internacional.


MINUCIOSO AO EXTREMO

Uma das características marcantes de Bruno Lage é ser altamente detalhista. Essa gestão de jogadores é realizada com base na minutagem exata que cada jogador deve ter, de acordo com a avaliação do departamento de saúde. Ou seja, a comissão técnica planeja o tempo das substituições e só mexe em caso de emergência pelo resultado ou estraégia do adversário.

Números do Botafogo com Bruno Lage

8 jogos – 3 vitórias e 5 empates = 60% de aproveitamento


12 gols pró – artilheiro do período:

6 gols contra – três jogos não vazado


Reforços: Mateo Ponte (lateral-direito), Valentín Adamo (atacante) e Diego Costa (atacante)

Saídas: Lucas Mezenga (zagueiro), Breno (meio-campo) e Gustavo Sauer (meia-atacante)

MAIS OFENSIVIDADE

Talvez o aspecto mais relevante, em campo, desde a sua chegada tenha sido a maior agressividade do time. Hoje, o Botafogo tem mais a posse de bola, se expõe um pouco mais e, por isso, aumentou a média de gols marcados e também sofridos. Por sua vez, as últimas três partidas mostram que a consistência defensiva voltou. Afinal, nos 360 minutos mais recentes, o time só levou um gol – e foi em falha de Lucas Perri. Claro, o goleiro tem crédito de sobra porque garantiu um pontinho, fora de casa, contra São Paulo e Cruzeiro.

“Já joguei contra equipes dele. São sempre equipes com dinâmicas ofensivas muito boas e acho que, se for dado o tempo, pode demonstrar o que o Luís Castro demonstrou. São treinadores que vieram de equipes bases de clubes grandes, como o Porto e o Benfica”, disse o meia português Bruno Fernandes, do Manchester United, em entrevista recente à ‘ESPN’.

BLINDAGEM DA GAROTADA

Frequentemente, Bruno Lage também aproveita para tirar a pressão da garotada alvinegra. Com anos na base do Benfica, o técnico sabe como formar um jogador corretamente e prefere não expor nomes como Hugo, Segovinha, Diego Hernández e Janderson. Todos, por sinal, vem tendo espaço. Entretanto, não são titulares e não entram com o peso de resolver.

Dessa forma, inclusive, foi favorável a chegada de Diego Costa para substituir Tiquinho e ainda espera pelo experiente zagueiro Bastos (ex-Lazio e Al Ahli), que espera regularização do visto de trabalho em Angola.

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