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Torcedor é preso em clássico gaúcho com duas ocorrências de racismo

Homem de 21 anos foi identificado com auxílio de câmeras de segurança, ainda nos arredores do estádio

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

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Foto: Reprodução Jogada 10

A Polícia Civil prendeu um torcedor de 21 anos em flagrante, no último domingo, durante o clássico entre Brasil de Pelotas e Pelotas, no Estádio Bento Freitas, no Rio Grande do Sul. Detido por racismo, o homem foi abordado ainda nas dependências da arena após ser identificado, por imagens das câmeras de segurança, imitando macaco em direção à torcida do Xavante.

O jovem responderá pelo crime enquadrado no artigo 20 da Lei nº 7.716/1989, que trata de práticas discriminatórias por motivo de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.


Identificado no setor destinado à torcida do Pelotas, o homem seguiu ao Presídio Regional de Pelotas após o registro do flagrante. A Polícia Civil ainda registrou outra ocorrência nessa mesma partida, também oriunda das arquibancadas.

Ação rápida e enquadramento legal

Testemunhas acionaram seguranças do evento imediatamente após o gesto do homem, e os agentes agiram rapidamente no caso. O setor acionou a Polícia Civil no mesmo instante e, com auxílio das imagens do circuito interno, não demorou muito para identificarem claramente o autor da ofensa.


Segundo a delegada Lisiane Matarredona, que conduziu o caso, trata-se de uma ocorrência inafiançável.

“O crime é inafiançável. O indivíduo está agora no Presídio Regional de Pelotas, e o inquérito será remetido ao Judiciário o mais rápido possível”, afirmou ao portal GZH.


Segunda ocorrência

Além do caso de racismo, a Polícia Civil apura uma segunda denúncia registrada no mesmo dia e local. Uma mulher se declarou vítima de importunação sexual durante a partida, nas arquibancadas do Estádio Bento Freitas.

A corporação encaminhou a vítima para atendimento especializado e, paralelamente, instaurou um inquérito específico para apurar a conduta do suspeito. O homem ainda não teve sua identidade revelada.


Clubes se manifestam publicamente

As duas instituições envolvidas no clássico divulgaram comunicados repudiando os atos registrados no estádio. Em nota, o Brasil de Pelotas destacou que “episódios como esse ferem não apenas o espírito esportivo, mas também a dignidade humana”.

A direção do clube reiterou seu compromisso com campanhas permanentes de combate à discriminação no futebol.

O Esporte Clube Pelotas também se pronunciou por meio de nota pública. No comunicado, repudiou “todo e qualquer caso de discriminação e violência no futebol”.

A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas a tendência é que o episódio seja levado ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS). O órgão deverá avaliar possíveis sanções, conforme previsto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

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