Tannure, demitido do Flamengo, critica gestão de Bap: ‘Zero profissionalismo’
Ex-gerente de saúde e alto rendimento do clube não aprovou as escolhas de seus sucerrores no DM e disse que foram feitas por 'politicagem...
Jogada 10|Do R7

O médico Marcio Tannure, ex-gerente de saúde e alto rendimento do Flamengo, completou um mês longe do clube carioca. Afinal, sua demissão aconteceu no dia 4 de janeiro, dias após a gestão de Bap assumir o Rubro-Negro. Mas Tannure criticou as escolhas feitas na mudança, que colocaram José Luiz Runco novamente no Time da Gávea.
“O cara (Bap) diz que vem profissionalizar e traz só pessoas que estavam aposentadas, há mais de 10 anos fora do mercado. Você manda (embora) todos os funcionários que você investiu, que você educou, perdeu tempo desenvolvendo eles, paga a rescisão para eles todos, mais de 60, para jogar eles no mercado para os outros clubes. E ex-profissional do Flamengo é peça rara no mercado, não fica sem trabalho. Eu não acho isso profissionalismo. Se for numa empresa séria, ninguém vai fazer isso. Isso é profissionalismo ou pessoalismo? Coisas pessoais e você está se utilizando da máquina que não é sua para fazer justiça com as próprias mãos? São coisas muito diferentes”, disse Tannure em entrevista ao Charla podcast.
“Talvez tenha me pegado de surpresa porque foi vendido um discurso… É que nem político, depois de eleito muda. De profissionalismo não teve nada. Óbvio que tem muitas coisas erradas, acho que precisavam ser diferentes. Concordo, sem sombra de dúvida. Mas tem coisas que independentemente de tudo, os fatos estão aí. Pessoas fazem narrativas, criam personagens, mas os fatos existem: o grupo que se formou lá ganhou o que nunca foi ganho em nenhum outro clube. Por isso digo que é zero profissionalismo, para mim é politicagem”, concluiu.
Runco e Tannure trabalharam seis anos juntos no Flamengo
“Eu não tenho nada contra ninguém. Até quando o presidente (Bap) me desligou, falou: “Ele (Runco) vem como diretor, foi um acordo político”. Foi até sincero comigo nesse sentido. Eu não teria problema (em trabalhar com ele). “Ah, mas ele disse que teria problema contigo”. Eu tenho certeza que ele falaria isso. Mas vocês podem ir no RH e ver que o filho dele que pediu para sair, eu não queria, pedi para ele ficar. Estou pagando o preço de algo que eu nem fiz. Eu fui mandado embora, não foi uma escolha minha. Mas eu acho que foi o melhor para mim e o melhor para o clube. Acho que o erro foi na reposição, porque que as coisas são cíclicas”, opinou o médico.
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