São Paulo tem prejuízo financeiro com eliminação na Copa do Brasil
Tricolor previa chegar às quartas de final da competição, mas foi eliminado pelo Athletico Paranaense uma fase antes
Jogada 10|Do R7

A queda do São Paulo diante do Athletico Paranaense, nas oitavas de final da Copa do Brasil, além de frustrar a torcida, representou um duro golpe financeiro ao clube. Isso porque o orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo previa a classificação às quartas de final da competição como uma das metas esportivas da temporada.
Com a eliminação precoce, o Tricolor deixou de embolsar R$ 4,7 milhões em premiação. Este é o valor que receberia caso avançasse de fase, além da receita estimada com bilheteria de um dos jogos no Morumbis.
A frustração no torneio nacional soma-se ao desempenho abaixo do esperado no Campeonato Paulista. O planejamento financeiro do clube previa que a equipe alcançaria a final do estadual, mas a eliminação para o Palmeiras, nas semifinais, também representou prejuízo.
Na ocasião, o São Paulo ficou com apenas R$ 1,65 milhão, referente à premiação da semifinal, bem abaixo dos R$ 5 milhões destinados ao campeão. A estimativa do clube é de que a eliminação no Paulistão tenha causado um impacto de quase R$ 10 milhões entre premiação e bilheteria projetada.
Vendas para amenizar crise financeira
Diante desse cenário, a diretoria tricolor vê como inevitável a necessidade de vender jogadores na atual janela de transferências. O clube já vinha considerando negociações por conta da crise financeira, mas a eliminação na Copa do Brasil deve acelerar esse processo.
Neste ano, o São Paulo já negociou os meias Michel Araújo e Matheus Alves, o atacante Wellington Rato e o lateral-direito Angelo. Além deles, Galoppo e Rodrigo Nestor estão emprestados a River Plate e Bahia, respectivamente, com cláusulas de compra vinculadas a metas, o que pode gerar mais receita ao clube. Erick (no Vitória) e Moreira (no Porto) também têm futuro indefinido ao fim de seus empréstimos.
Por ora, não há nenhuma venda encaminhada, mas a cúpula são-paulina não descarta negociar qualquer jogador em caso de proposta vantajosa. A busca por um lateral-direito no mercado também segue como prioridade.
O orçamento para 2025 prevê um superávit de R$ 44,8 milhões ao fim do ano. No entanto, o primeiro semestre já foi fechado com um déficit de R$ 31,8 milhões. Ainda assim, abaixo da estimativa negativa de R$ 45,8 milhões para o período.