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Renato Gaúcho nega ter incitado violência contra jornalistas

Treinador disse ser contra atos de violência e explicou que declaração foi para ilustrar um comportamento reverso com a imprensa

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

O empate do Grêmio nesta última terça-feira (27) ficou em segundo plano após a entrevista coletiva de Renato Gaúcho. Nela, o treinador ameaçou divulgar para a torcida uma lista de jornalistas que, na sua visão, não fazem um bom trabalho e reiterou que todos “possuem família”.

Em nota, o treinador afirmou ser contra qualquer ato de violência. Renato Gaúcho explicou que queria imaginar um cenário inverso, onde os profissionais do futebol apontassem erros na imprensa e exigissem mudanças nos veículos de comunicação.

“Não sou de fazer ameaças. Sou contra qualquer ato de violência e quem me conhece sabe muito bem disso. O que vemos cada vez mais no futebol é a total falta de respeito por parte, principalmente, de jornalistas identificados. O jogador tal é um lixo, não pode vestir a camisa desse ou daquele time. Esse jogador é uma m… Esse treinador tem de ser demitido. Entre muitas outras ofensas que são feitas todos os dias. Será que é fácil para os filhos dos jogadores, para as famílias dos jogadores, ouvir esse tipo de coisa? O que aconteceria se durante uma entrevista um profissional do futebol respondesse assim: ‘Acho que seu chefe deveria mandar você embora. Sua pergunta é muito ruim’. Foi isso que eu quis dizer”, esclareceu.

Repercussão

A declaração teve uma repercussão muito negativa. Pela manhã, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul emitiu uma nota condenando as falas de Renato Gaúcho e avalia levar o caso a outras instâncias.

“É uma fala lamentável, posto que é repleta de ameaças e fere a democracia, chegando no limite do crime de ameaça. Colocar em risco a integridade de familiares de jornalistas, além dos próprios, é de um absurdo inominável”, afirmava a entidade em um trecho.

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