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Mensagem exposta por ex-mulher sugere relação íntima de Maradona com médica acusada de homicídio

Conversas entre médicos, réus no julgamento da morte do astro, indicam um possível envolvimento entre a psiquiatra e o ex-jogador

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

Foto: Julian Finney/Getty Images

Mensagens privadas entre a psiquiatra Agustina Cosachov e o psicólogo Carlos Díaz trouxeram novos desdobramentos para o — conturbado — julgamento da morte de Diego Armando Maradona. Expostos pela ex-mulher do astro, Verónica Ojeda, os diálogos sugerem uma possível relação íntima entre a médica e o ex-jogador. A doutora, contudo, nega com veemência qualquer envolvimento que extrapolasse limites profissionais com seu paciente.

Verónica tornou públicas as mensagens nas redes sociais no último final de semana: “você transou com o gordo, sua canalha!!!!”, iniciou Díaz. Agustina, então, respondeu: bem haha terapia é terapia. Cada um com seu gosto”. A ex-parceira de Diego já tinha conhecimento prévio do diálogo e decidiu expô-lo em meio às audiências sobre a morte do astro, a fim de expor comportamentos inadequados da equipe médica – réu no julgamento.

Como dito, o processo judicial que apura responsabilidades pela morte de Maradona segue em curso nos tribunais de San Isidro, na Argentina. Cosachov, Díaz e outros cinco profissionais, incluindo o médico pessoal Leopoldo Luque, respondem por homicídio culposo — acusação que envolve negligência no tratamento do ex-jogador, morto em novembro de 2020.

O que diz a médica?


Agustina Cosachov, réu e peça-chave no processo, se posicionou rapidamente diante da divulgação das mensagens. A psicóloga usou seu perfil nas redes sociais para se defender e dizer que as falas estavam fora de contexto. Além disso, ela reiterou o teor sarcástico da conversa com Díaz.

“O que está sendo dito sobre uma suposta relação íntima com meu paciente é absolutamente falso. Também vejo como profundamente injusto. Nunca mantive, nem manteria, qualquer tipo de relação com um paciente que não fosse estritamente médico-paciente”, escreveu a psiquiatra.


Cosachov também destacou que a conversa exposta era privada e ocorreu num contexto de forte pressão midiática. De acordo com ela, o episódio aconteceu em novembro de 2020, quando circulavam boatos na imprensa sobre uma suposta nova mulher na vida de Maradona. “Diante do estresse, da pressão e da exposição injusta, recorri à ironia para descomprimir a acusação contra mim”, relatou.

“Peço respeito. Não apenas por mim, mas também pelo meu ex-paciente, Diego Armando, e por sua memória. Essa desinformação gerou rumores que, infelizmente, estão ressurgindo e sendo distorcidos hoje”, concluiu Agustina.


Morte de Maradona

julgamento que investiga as circunstâncias da morte de Diego Armando Maradona, ocorrida em 25 de novembro de 2020, tem revelado, além de aspectos médicos e jurídicos, uma intensa disputa familiar que vai além da esfera penal. Embora a audiência em curso, realizada em San Isidro, na Argentina, trate da suposta negligência médica, paralelamente se desenrola um embate em torno dos direitos comerciais sobre o nome do ex-jogador.

Durante os depoimentos, o advogado Fernando Burlando, que representa as filhas Dalma e Gianinna, e Eduardo Ramírez, defensor de Diego Armando Junior, expuseram o cerne do conflito: a utilização da marca “Maradona” pela empresa Sattvica S.A., presidida por Rita Maradona, irmã do ídolo. Trata-se de uma empresa acusada de se beneficiar de um contrato considerado fraudulento pelos filhos do ex-camisa 10 da Argentina.

Durante a quarta semana do julgamento, um perito bioquímico afirmou que não havia vestígios de álcool ou drogas ilícitas no organismo do ex-jogador. Segundo Ezequiel Ventosi, responsável pela análise das amostras de sangue, urina e saliva do ídolo argentino, os exames não indicaram presença de cocaína, maconha, MDMA, êxtase ou anfetaminas.

Ainda assim, foram detectadas cinco substâncias ligadas a medicamentos antidepressivos, anticonvulsivantes, antipsicóticos e para controle de náuseas. A causa da morte, segundo laudos anteriores, foi um edema pulmonar decorrente de insuficiência cardíaca. O astro estava em recuperação domiciliar após passar por uma neurocirurgia em novembro de 2020.

Atualmente, sete profissionais de saúde — entre médicos, enfermeiros, uma psiquiatra e um psicólogo — estão sendo julgados por homicídio com dolo eventual, acusação que implica conhecimento prévio do risco de morte. O processo, iniciado em 11 de março, deve se estender até julho. Uma oitava acusada será julgada separadamente.

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