O empate sem brilho e sob chuva que classificou o Botafogo às oitavas de final da Sul-Americana, ao menos, teve o destaque do retorno de Gatito Fernández. Afinal, a partida contra o Patronato, no Nilton Santos, serviu para o goleiro paraguaio voltar a jogar após oito meses. E o antigo titular não escondeu que estava ansioso, de tanto que aguardou pelo momento.
“Vou ser sincero que estava um pouco ansioso. Pareceu ser uma estreia, acaba sendo algo especial depois de muito tempo. O grupo me ajudou muito, nossa base é isso, todo mundo está me ajudando. O importante é colocar o Botafogo em primeiro (lugar) e é isso que todo mundo pensa aqui”, afirmou, na saída de campo, ao canal Paramount+.
Em novembro de 2022, Gatito, de 35 anos, sofreu uma luxação no ombro esquerdo e passou por cirurgia. Desde abril, já vem treinando com o grupo e, no fim de maio, foi relacionado pela primeira vez desde então. Porém, só agora ganhou uma chance, já que a equipe foi praticamente toda reserva na estreia do técnico Bruno Lage. Tudo porque, no duelo de ida, o Botafogo fez 2 a 0 e encaminhou a classificação.
Gatito vai ter que esquentar o banco
Mesmo sob aplausos da torcida após a boa atuação, o goleiro vai voltar ao banco de reservas a partir da próxima partida, contra o Santos, domingo, na Vila, pelo Brasileirão. Afinal, Lucas Perri vem tendo uma temporada espetacular e é um dos pilares da defesa que sofre raros gols desde a arrancada do início do segundo semestre.
Ciente da situação, Gatito só pensa em ajudar no que for possível. E agradeceu por viver mais uma noite de carinho e idolatria dos alvinegros.
“Acho que isso é algo muito importante, todo jogador sonha com esse carinho e respeito. É recíproco esse carinho por todos esses anos que estou aqui. É continuar apoiando meus companheiros e jogadores aqui no Botafogo”, completou.
O paraguaio é o estrangeiro com mais jogos na história do clube, somando mais de 200. Ele chegou à General Severiano em 2016 para substituir Jefferson e, hoje, tem contrato até dezembro. Aliás, os números poderiam ser bem maiores. Mas Gatito passou por um problma crônico no joelho que o tirou de ação por cerca de um ano e meio, entre duas operações e mais o tratamento.
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