Convidada na CPI das Apostas Esportivas, Leila Pereira defende punição pesada a jogadores
Presidente do Palmeiras falou a convite do presidente da CPI, Jorge Kajuru (PSB-GO), se dizendo também favorável ao VAR
Jogada 10|Do R7
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, falou, na tarde desta quarta-feira (4), na reunião da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado. Convidada pelo presidente da CPI, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), a mandatária respondeu a parlamentares, defendendo punições pesadas a pessoas envolvidas com casos de manipulação de resultados no futebol.
“Sem punição você não vai chegar a lugar absolutamente nenhum. A impunidade é a semente do próximo crime. Não adianta advertência, uma carta. Se você participar desses esquemas, você vai ser banido do futebol, eu não tenho dúvidas disso”, afirmou Leila Pereira no começo da audiência.
O motivo do convite feito pelo senador é para que a presidente fale sobre questionamentos deixados por John Textor, dono da SAF do Botafogo, sobre manipulação de resultados em partidas do futebol brasileiro.
Leila também defendeu o uso do VAR, pontuando que é necessário haver capacitação dos funcionários que manejam o aparato tecnológico.
“Acredito no VAR, mas acredito que existem erros e que as pessoas precisam ser capacitadas. Eu acredito que a CBF e o diretor de arbitragem estão trabalhando e muito para melhorar cada vez mais a nossa arbitragem. O VAR tem que continuar sim, mas precisamos capacitar cada vez mais as pessoas que manejam”, opinou.
Leila contesta Textor
A presidente do Palmeiras respondeu também a questionamento do Senador Carlos Portinho (PL-RJ), que questionava sobre possíveis ferramentas para evitar a manipulação no futebol. Ele defendeu a criação de ligas e cláusulas anti-corrupção para que os clubes assinem antes das competições.
“Eu não tenho a solução. Eu, como presidente do Palmeiras, não tenho solução. Aliás, estou aqui como uma vítima. Meu clube foi citado pelo John Textor como um clube que foi beneficiado por manipulação de jogos. Eu não tenho esse conhecimento. Ele não prova o que ele diz. Eu não concordo que o senhor disse que “ele não tem a responsabilidade de provar”. Eu não concordo. Quem alega, tem que provar. Se ele não tem como provar, ele não deveria ter falado para a imprensa. Deveria ter sentado com o presidente da CBF”, afirmou a mandatária do Palmeiras.