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Betinho Marques: Mudar uma forma de jogar prevê dias difíceis para o Galo

Plantio e identidade de jogo não é pastel. E Milito está há seis jogos no comando do Atlético e só apagou incêndios

Jogada 10

Jogada 10|Do R7

Foto: Foto: Divulgação/Atlético Mineiro

Gabriel Milito está há seis jogos sob o comando do Galo e só apagou incêndios. Na última peleja contra o Criciúma, um empate indigesto contra um oponente histórico por 1 a 1. O argentino se mantém invicto após estrear e vencer o Mineiro nas finais contra o Cruzeiro. Além disso, não teve fôlego e já iniciou a Libertadores com duas vitórias, sendo o melhor brasileiro na competição continental até o momento. De qualquer forma, estava previsto que haveria muitas turbulências na implantação do seu trabalho na Cidade do Galo. O processo demanda tempo, ajustes e sintonia fina com outros departamentos, mas, ainda sim, tem 66,67% ou 12 pontos conquistados em 18 disputados.

Desempenho

Com Scolari o papo era de que mesmo vencendo não havia desempenho, o time era estático e jogava mal. Contra o time de Santa Catarina, Milito propôs uma ideia clara de jogo, apesar de encontrar um adversário fechado, o que era natural.
O Galo de agora se desloca mais rapidamente, os atletas mudam de posição, dão opções entre as linhas, o corpo de quem está sem a bola se orienta para dar linha de passe ao portador e o time tem posse objetiva, finaliza muito e o jogo é visível e frutífero. Porém, o tomou um gol em falha coletiva e o resultado se foi, deixando um amargo gosto.
É passional e natural ficar angustiado com a repetição de cenas como perder pontos “bobos” em casa para um time que mal teve oportunidades. Contudo, se o atleticano quer algo consistente, perene e que colha frutos, precisará saber que nem sempre os “louros” serão tão breves como na rápida conquista do Mineiro.

Milito e o desafio  no Galo


Há uma disputa cruel e, pode ser que a construção passe por um 2024 de evolução, não necessariamente em taças, mas de identidade, mesmo que elas sejam o anseio e que possam ocorrer com o fortalecimento do vestiário técnica e humanamente. Mas é vital lidar com realidades firmes de plantio e colheita.
As turbulências e a maturidade de todos em não desgastar os ambientes é uma meta para um clube gigante, ansioso, mas que precisa acreditar em consistência de projetos.
A crítica aos erros são muito necessárias, mas talvez tenham que parar na crença de que há uma semeadura e, quem sabe, valha pesquisar quanto tempo ficou Klopp sem ganhar taças no Liverpool e Ferguson no United para algo histórico se consolidar.
Acreditar é evoluir e saber que erros novos virão. Apenas o pastel frito fica pronto com brevidade. O processo é difícil, mas muito animador.

Galo, som, sol e sal é fundamental.

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